Semua Bab Casada com o CEO: Quando o jogo saiu de controle: Bab 151 - Bab 160

Patrícia não queria pensar naquilo. Logo chegou ao escritório da presidência. Estava prestes a bater à porta quando ela se abriu de repente.A primeira imagem que viu foi o perfil delicado de Beatriz, com uma expressão serena. Ela estava de frente para Patrícia, mas com o rosto voltado na direção de Roberto.A voz dela soou suave e carinhosa:— Beto, vamos logo. Estou morrendo de fome~Assim que terminou de falar, Beatriz virou a cabeça e, ao ver Patrícia, não pareceu surpresa. Ainda assim, fingiu certo espanto.— Srta. Patrícia? Você também está aqui?O tom trazia uma leve estranheza, e Patrícia percebeu, por trás do olhar aparentemente cordial, um desprezo sutil e uma hostilidade disfarçada.— Beto, fiz a reserva do restaurante com antecedência. Você sabe como o Babylon funciona, só com agendamento... Mas... — Beatriz abaixou um pouco a cabeça, como se estivesse culpada. — Eu só reservei para duas pessoas. Não sabia que a Srta. Patrícia também viria.— Não tem problema. Ela não vai.

— Por que teria atrapalhado?Patrícia demorou um segundo para entender a pergunta.— Atrapalhei seu momento de romance com o André.A voz de Roberto era fria, impassível. Ele passou por ela com um olhar glacial, profundo como o fundo do mar. Gélido, assustador.Ele estava com raiva. De verdade.O corpo de Patrícia tremeu. Embora ele não tivesse gritado, o ambiente parecia ter despencado de temperatura. Era uma tensão que ela nunca tinha sentido vindo dele.Demorou alguns segundos para entender o que estava acontecendo. Então, de repente, caiu a ficha.Ele tinha ouvido tudo. Toda a conversa com André.— Não foi isso que pareceu...Ela tentou se explicar às pressas.Roberto lançou um olhar gelado em sua direção. As mãos, elegantes e nervosas, puxaram a gravata com impaciência.O botão da gola superior arrebentou com o gesto brusco, revelando um pedaço de pele firme, o peitoral levemente exposto. Sua maçã do rosto subia e descia com a respiração tensa.— Então, quer dizer que o que ouvi f

E ela? Patrícia?Uma mulher sem nome, sem sobrenome, sem qualquer respaldo... Como poderia sequer se comparar a Beatriz?Foi ela mesma quem se humilhou ao fazer aquela pergunta.Mas, no fundo, não era apenas curiosidade. Ela queria, de forma velada, lembrar Roberto da existência de Beatriz.Fazia isso quase como um último fio de dignidade, como quem diz: “Lembre-se, você tem alguém que importa.”Só que, pensando melhor, ela sabia que estava se iludindo.Se Roberto realmente se importasse com os sentimentos de Beatriz, ele jamais teria tratado Patrícia daquela maneira.Ainda mais sabendo que Beatriz claramente tinha conhecimento da relação entre eles.O desprezo no olhar dela deixava isso mais do que evidente.Roberto percebeu algo estranho em Patrícia. Seu olhar ficou levemente tenso, a testa franzida em dúvida.Beatriz era apenas sua amiga. Uma amiga a quem ele devia muito.Mas Patrícia...Elas eram de mundos diferentes. Não havia por que compará-las.Ele não entendia por que Patrícia

Roberto continuava sentado atrás da mesa, com a mão de dedos longos e proporcionais segurando uma xícara. Sua voz soava com uma pitada de preocupação:— Se estiver sentindo qualquer desconforto, não tente suportar sozinha.— Fica tranquilo. Se eu me sentir mal, você será o primeiro a saber. Eu não sou do tipo que sofre calada... E afinal, Beto, isso é uma dívida sua comigo, lembra?A voz de Beatriz era leve, clara. Como uma pena flutuando, sem peso.Mas, para Patrícia, aquela suavidade feria mais do que qualquer grito.Era como se aquela voz varresse o coração dela, fazendo-o coçar... Apertar... Quase sufocar.Ela apertou o relatório entre os dedos, respirou fundo e bateu à porta.— Entre.— Boa tarde, Sr. Roberto. Vim apresentar o relatório de progresso.Patrícia forçou um sorriso enquanto falava. Ao lançar um breve olhar para Beatriz, seu sorriso endureceu levemente.Roberto levantou os olhos do notebook.— Ok.A diferença no tom pesou fundo no peito de Patrícia.Ela se obrigou a não

Patrícia já estava exausta por causa das horas extras.Somando isso à coceira insuportável dos vergões vermelhos no braço, não teve tempo nem força para se esquivar.O elevador se abriu.Lá dentro, de pé, com a postura impecável, estava um homem alto e imponente.Roberto.Ela ficou sem ar.O que ele estava fazendo ali?Terá vindo... Buscá-la?Mas o pensamento mal surgira, Patrícia logo o reprimiu.Roberto saiu do elevador, vestindo um terno escuro perfeitamente alinhado. O rosto frio como mármore. A expressão, severa.Mas o que mais intimidava era o olhar, negro, afiado como o de uma águia, cravado na mão de André, que segurava o braço dela.— Vejo que tenho dois funcionários muito dedicados. Trabalhando até tarde pela empresa.A voz dele era gélida, como aço fino sendo puxado lentamente.Em poucos segundos, já estava diante deles, com uma aura ameaçadora.— Só que, pelo visto, esqueceram o que eu disse. Relacionamentos no ambiente de trabalho precisam ser reportados.Patrícia imediata