Patrícia sabia que aquilo não era um elogio, era um aviso para se apressar. Então, engoliu qualquer dúvida sobre maquiagem e o acompanhou, apressada, sem mais questionamentos.Enquanto caminhavam em direção ao salão do jantar, Roberto estendeu a mão para ela.No início, Patrícia não entendeu. Olhou, confusa, para a palma aberta dele, larga e firme. Então o homem murmurou, num tom provocador:— Não sabe o que fazer?Roberto nunca falava as coisas de forma direta. Ela sempre tinha que adivinhar.Hesitante, ela colocou sua mão na dele, quase sem pensar. No instante seguinte, seus dedos já estavam entrelaçados pelos dele, quentes, firmes, guiando-a para frente.Era isso. Ele queria andar de mãos dadas.Seu coração acelerou por alguns segundos, mas logo sua mente recobrou o juízo.“É só encenação. É tudo parte do teatro.”Mesmo assim, sua mente insistia em repetir aquela imagem, a dele saltando para dentro do porão, vindo resgatá-la, como uma luz atravessando a escuridão da sua vida.Ao se
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