Os dedos delicados de Helena deslizaram suavemente pela superfície da pintura, parando exatamente sobre o desenho de Carolina. Quase no mesmo instante, seus olhos se encheram de lágrimas. Ela sussurrou, com a voz trêmula: — Carolina... Minha irmã... Uma única lágrima caiu, atingindo a pintura com um som leve e abafado. Aquela era uma das pinturas que Carolina havia dado a Helena quando ela tinha acabado de voltar de Cidade H. Naquela época, Helena ainda era distante, fria, e mal dava atenção à sua irmã mais nova, que era tão apegada a ela. Mas Carolina nunca se afastou por causa da indiferença de Helena. Pelo contrário, ela ficava ainda mais próxima, mais carinhosa, mais compreensiva. Carolina era, sem dúvida, a criança mais adorável, obediente e doce do mundo. Os olhos de Helena ficaram ainda mais vermelhos e marejados. Durante o dia, na Mansão Costa, ela havia se esforçado ao máximo para manter a compostura. Mas, agora que estava em casa, não precisava mais reprimir seu
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