Inês tinha apenas nove anos quando viu Mateus pela primeira vez. A mãe dela, Michele, segurava sua pequena mão enquanto dizia, com um sorriso afetuoso: — Esse é o seu irmão. Chame-o de irmão. A garotinha ergueu o rostinho e olhou para o adolescente à sua frente, que era muito mais alto do que ela. Depois de hesitar por um momento, ela apertou os lábios e, obediente, chamou: — Oi, irmão. Mas o adolescente não pareceu gostar. Pelo contrário, o olhar que ele lançou para Inês estava cheio de desprezo e irritação. Ele bufou e disse, com uma voz fria: — Não me chame disso. Quem é seu irmão? Inês, surpresa e magoada, olhou para Michele com os olhos marejados. — Mamãe, o irmão não gosta de mim. Michele tentou disfarçar o constrangimento com um sorriso sem graça, mas não conseguiu esconder sua apreensão. Félix, o pai de Mateus, lançou um olhar severo para o filho. — Mateus, essa é Inês, sua irmã. Agora somos uma família. — Eu não quero essa irmã! — Mateus gritou. Ele aga
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