Isadora sabia que nunca teria força para enfrentar Olavo, mas só de pensar em qualquer contato íntimo com ele, já sentia enjoo. Era uma repulsa crua.As lágrimas escorreram sem que ela conseguisse segurar. Olhando fixo para ele, disse em voz firme:— Eu te odeio!Aquela frase, dita com tanta dor e tanta verdade, paralisou Olavo. Ele ficou ali, estático, ainda sobre ela, encarando aquelas lágrimas e aquele ódio escancarado. Pela primeira vez na vida, sentiu um pânico que não sabia explicar.Ele murmurou, com a voz rouca:— Você... não era isso que queria?— Some daqui!Isadora gritou com todo o ódio que ainda conseguia reunir. Nos olhos dela, não havia espaço para medo, só desprezo.O peito de Olavo doeu de um jeito estranho. Instintivamente, estendeu a mão e tocou o rosto dela. A pele gelada, molhada de lágrimas, o fez recuar. Em silêncio, saiu às pressas.Assim que a porta bateu, Isadora desabou na cama, chorando alto, sem se importar mais com nada.Maria entrou no quarto quase que im
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