Semua Bab Brindou a Outra, Enterrei o Passado: Bab 391 - Bab 400

Finalmente, Olavo perdeu a paciência e gritou:— Chega! Isso é da minha vida, não tem que se meter! Volta para casa!Sem dizer mais nada, ele se virou e saiu, deixando Fernanda parada sozinha na calçada, sem reação.Ela ficou ali, vendo o filho se afastar, as lágrimas escorrendo sem controle.Não entendia como o próprio filho pôde mudar tanto. Como ele podia tratar a própria mãe assim... por causa de outra mulher?Ao voltar para casa, Olavo encontrou Tereza na porta, com o olhar cheio de preocupação.— Você voltou, Olavo...A voz dela era mansa e suave, tentando acalmar a tensão no ar.— E a sua mãe? Ela foi embora?Olavo não respondeu. Apenas caminhou até o sofá da sala e se sentou, acendendo um cigarro.Tereza se aproximou devagar, sentou-se ao lado dele e o abraçou, apoiando a cabeça em seu ombro. Disse com a voz embargada:— Me desculpa... fui eu que deixei ela irritada. Não culpa a sua mãe, ela só quer te proteger.Olavo soltou a fumaça devagar, o olhar distante. Murmurou com a vo

Olavo recusou na hora:— Eu não vou! Não vou a lugar nenhum! Vou ficar na empresa. Quero ver quem é que tem coragem de me tirar daqui!Marcos soltou um suspiro:— Sr. Olavo, para que isso tudo? Peitar o Conselho de Administração agora não vai te ajudar em nada. Me escuta, vai ao hospital primeiro.Olavo gritou mais uma vez:— Já disse que não vou! Para de insistir! Eu conheço o meu corpo melhor do que qualquer um. Não preciso de hospital nenhum!— Sr. Olavo...Marcos ainda tentava convencê-lo, mas Olavo o interrompeu, sem paciência.— Chega! Assunto encerrado! Eu não vou sair daqui! Chama logo aquele bando de velhotes do Conselho. Quero encarar cada um deles!— Sr. Olavo, isso...Marcos ainda tentou dizer algo, mas a linha já estava muda. Olavo havia desligado.Ele ficou parado, balançando a cabeça em silêncio. Sabia que, dessa vez, Olavo estava realmente furioso. Mas ele também sabia que não podia fazer nada contra uma decisão do Conselho de Administração. Ele era apenas um secretário

Eles ficaram sentados um de frente para o outro, mas nenhum dos dois disse mais nada.A noite era suave, como um véu leve que envolvia essa cidade cheia de histórias.Isadora e Rafael caminharam lado a lado pelas ruas, sentindo o charme único do lugar.Chegaram a um cais tranquilo, onde o rio refletia as luzes da cidade, brilhando com um encanto especial.Rafael parou, se virou para Isadora, e olhou nos olhos dela com ternura e carinho.Disse, com a voz baixa e suave, carregando um leve nervosismo:— Isinha, eu tenho algo para te dizer.Isadora levantou o olhar e, ao encarar aqueles olhos profundos, sentiu o coração acelerar. Ela assentiu, incentivando Rafael a continuar.Ele respirou fundo antes de revelar o que guardava há anos:— Desculpa se é meio repentino, mas não posso mais esperar. Desde a faculdade, sempre te observei... e sempre gostei de você. Cada sorriso, cada gesto seu ficou marcado em mim.Os olhos de Isadora brilharam de surpresa.Ela viu a sinceridade em Rafael e senti

Cheia de raiva, Fernanda decidiu que precisava conversar com Olavo primeiro.Afinal, Isadora já fora sua esposa. Já foram um casal, e um vínculo assim não se apaga tão facilmente. Ela acreditava que aquela Isadora, que um dia o amou tanto, ainda podia ser convencida a voltar.Sem avisar, Fernanda foi até a casa de Olavo.Entrou com a cara fechada, os olhos frios percorrendo o ambiente. Ao não ver o filho, lançou um olhar gelado para Tereza, que estava sentada no sofá com um simples vestido branco.— Cadê o Olavo? Mande ele aparecer agora!A voz de Fernanda era cortante, cheia de autoridade. Como se a casa fosse dela e Tereza uma intrusa que não tinha direito de estar ali.Tereza se levantou devagar, com uma expressão delicada e um tanto assustada:— Sra. Fernanda, Olavo saiu para o trabalho... a senhora... por que veio de repente?Sua voz saiu suave, quase inaudível, como uma flor delicada balançando ao vento.Fernanda soltou uma risada fria, avançando em direção a ela com desprezo nos

— Mãe!A voz de Olavo soou carregada de tensão. Ajudou sua mãe a sentar no sofá, mas logo percebeu que ela já havia perdido a consciência, o corpo mole desabando para trás.— Mãe! Mãe! Acorda!Olavo a sacudia, desesperado, o medo e a impotência ecoando na voz.Tereza também ficou apavorada com a cena e rapidamente pegou o celular para ligar para a emergência.A ambulância chegou rápido, e os dois acompanharam Fernanda até o hospital.Após os exames, o médico explicou a Olavo que Fernanda havia sofrido um desmaio provocado por um pico de pressão arterial, resultado de um choque emocional intenso, e precisaria ficar internada para repouso e observação.O coração de Olavo aliviou um pouco, mas a preocupação continuava.Tereza, ao lado dele, oferecia conforto, trazendo chá e água, cuidando com carinho e atenção.Ela falou baixinho, tentando convencê-lo:— Olavo, o médico disse que a senhora ficou assim por causa da emoção. Que tal você também seguir o conselho e se consultar? Isso pode aju