As lágrimas de Tereza não paravam. Segurava firme a mão de Olavo, como se tivesse encontrado um fio de salvação.Disse, soluçando, com a voz presa pelo medo:— Amor, eles... eles são tão assustadores...O coração dele se apertou. Com paciência, a guiou:— Tereza, vai devagar, me conte... o que fizeram com você?Tereza fechou os olhos e respirou fundo, fingindo tentar lembrar daquela experiência horrível.Quando os abriu de novo, estavam cheios de pavor e inquietação, como se tivesse voltado àquela fábrica escura e abandonada.Falou, a voz trêmula:— Não me davam comida, nem água... e ainda... me batiam...Levantou o braço envolto em ataduras, soluçando:— Me chicotearam, chutaram... eu realmente achei que ia morrer, que nunca mais ia te ver...No fim, Tereza não conseguiu mais se controlar e caiu em um choro descontrolado.Olavo sentiu uma dor intensa no peito, como se mil agulhas o atravessassem, uma dor que quase tirava o fôlego.Ele a abraçou com força, mantendo-a colada ao próprio
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