All Chapters of Você Deveria Aprender a Amar Alguém: Chapter 11 - Chapter 20

A reação dele foi algo que Laura não esperava. Ele subiu rapidamente para o banco do motorista, os olhos tomados por uma torrente de emoções, fitando Laura fixamente. De repente, inclinou-se e a beijou, com tanta força que parecia querer devorá-la inteira.Ricardo sempre fora calmo e contido, raramente demonstrando emoções dessa forma. Só quando sentiu o gosto do sangue provocado pela mordida nos lábios, ele se afastou de Laura.O contorno dos seus olhos estava avermelhado e ele murmurou:— Me desculpe, me desculpe, tudo o que aconteceu esta noite foi culpa minha, por favor, não fique brava comigo.Havia uma fragilidade profunda em suas palavras, uma expressão que Laura jamais tinha visto nele, deixando-a momentaneamente atônita.Só quando o carro foi ligado é que Laura percebeu que Ricardo parecia ter mudado com ela, e uma onda de calor percorreu seu coração.Mas, antes que tivessem percorrido cem metros, uma figura apareceu na frente do carro. Vanessa abriu os braços e bloqueou o veí

Laura e Ricardo começaram uma guerra fria.Laura, de propósito, passou a evitar os horários das refeições em que ele estava presente. Quando ele ia dormir, ela ia trabalhar no escritório, e, ao terminar o trabalho, dormia diretamente ali mesmo. Os dois viviam sob o mesmo teto, mas estavam tão distantes quanto estranhos que jamais se conheceram.Talvez fosse verdade que o sentimento entre eles estava realmente se dissipando. Laura não sentiu nenhum desconforto mesmo após vários dias ignorando Ricardo; a guerra fria finalmente a fez se acalmar. Veja só, pensou ela, esta é a verdadeira essência do relacionamento deles.Todo aquele amor, toda aquela paixão, num piscar de olhos, viraram gelo. Não importava o quanto haviam se acumulado antes — depois de derretidos, não sobrava absolutamente nada.Ricardo, como todos os homens do mundo, tratava frases como "sinto sua falta" e "eu te amo" com a mesma banalidade de um "olá" ou "até logo". Que significado especial poderiam ter? O mais irônico e

No instante antes de desmaiar, ela viu a silhueta de Ricardo surgir à sua frente e ouviu vagamente Vanessa reclamando para ele novamente, mas não tinha forças para se explicar.Sua testa se franziu levemente, os lábios já haviam perdido toda a cor, e a luz brilhante e resplandecente refletia em seu rosto, tornando-o ainda mais pálido, como se fosse feito de papel.Ela usou todas as forças que lhe restavam para segurar a gola do paletó dele, a voz tremendo, rouca e baixa:— Ricardo... rápido... me leve para o hospital...Ricardo sentiu como se uma pedra de mil quilos tivesse caído repentinamente sobre sua cabeça, mergulhando-o numa escuridão total, com um gosto metálico na boca, e o coração sendo subitamente apertado e solto, apertado e solto por uma mão invisível, sem lhe dar espaço para respirar.Ele pegou Laura, que já estava inconsciente, nos braços e, quase inevitavelmente, viu algumas gotas de sangue caídas no chão, uma cena tão chocante que ele mal conseguia manter os olhos abert

Laura, no entanto, ainda se sentiu profundamente culpada:— Me desculpe, acabei te dando trabalho... Te fiz ficar aqui a noite toda.Ela sempre teve medo de incomodar os outros.— Não foi nada.Afonso respondeu rapidamente, com uma expressão indiferente.Após suas palavras, o quarto ficou mergulhado em um silêncio mortal. Laura sentiu um constrangimento como nunca antes. Ela e Afonso não eram muito próximos, sabia apenas que ele já gostara dela, mas não esperava que fosse tão persistente.Laura levantou a mão, ajeitando uma mecha de cabelo caída atrás da orelha, enquanto sua mente girava rapidamente.Que assunto ela poderia puxar para aliviar aquele clima constrangedor? Felizmente, nesse momento, alguém bateu à porta do quarto.Laura sentiu-se como se tivesse visto um salvador, soltando um suspiro de alívio genuíno, e respondeu:— Pode entrar!Mal sabia ela que todas essas pequenas reações tinham sido notadas por Afonso.Então... ao lidar com ele, ela ainda se sentia desconfortável?En

Vanessa se encostou de lado na parede ao lado do elevador, com um rapaz de pouco mais de vinte anos ao seu lado, que, sem saber o que fazer, queria ajudá-la mas não tinha coragem.O rapaz também parecia um pouco aflito, chamando suavemente o tempo todo:– Sr. Barros! Sr. Barros?Assim que eles entraram, ele se aproximou como se tivesse encontrado uma tábua de salvação:– Sr. Barros, a Srta. Souza está um pouco embriagada, pediu para eu trazê-la aqui para lhe entregar o convite de casamento...Ele nem terminou de falar, pois viu Vanessa sorrindo enquanto tirava da bolsa um convite de casamento requintado, com fundo rosa-claro e bordas em dourado rosé, exalando um leve aroma de rosas assim que foi retirado.– Ricardo Barros!Ela estava bêbada, gritando alto o nome de Ricardo:– Ricardo, por que você é tão cruel? Quem errou foi a Laura, foi ela quem não quis nos abençoar, por que você me pune e se recusa a me ver? Agora, é como ela queria, eu vou me casar, vou me casar com outro homem, e