All Chapters of Dr. Lucas, Sua Esposa Disse Que Não te Quer Mais: Chapter 131 - Chapter 140

Às cinco da tarde, o carro parou em frente ao prédio do estúdio. Valentina e Marcos desceram. Os dois haviam passado a tarde toda no mercado de materiais, mas finalmente conseguiram comprar tudo o que precisavam. Marcos abriu o porta-malas. Havia muitas coisas ali. Quando Valentina tentou ajudar a carregar as caixas, Marcos logo recusou. — Não mexa em nada. Eu mesmo faço mais viagens, não tem problema. — Não está tão pesado assim. Não precisa exagerar. — Vai com calma, você quer me preocupar de propósito? — Marcos afastou a mão de Valentina das caixas. — Você está com um bebê na barriga, então tem que se cuidar em tudo! Valentina lançou um olhar impaciente para ele. — Você está exagerando demais. — Você é que não faz ideia de como uma grávida deve se cuidar! — Marcos pegou parte dos materiais e fechou o porta-malas. Ele apontou com o queixo na direção do prédio. — Vamos. Valentina sabia que discutir seria inútil e deixou que ele cuidasse de tudo. … Quando voltaram

No terceiro dia na Villa Monteverde, Gabriel começou a fazer birra. Ele só tinha Ângela para lhe fazer companhia, e seu pai não voltava para casa havia três dias. Gabriel queria ir ao hospital para ficar com Cecília, mas seu pai não permitia. Ele não conseguia suportar a situação, sentindo-se irritado e injustiçado. Porém, o que dominava o coração do menino era o medo. Desde que voltara do hospital, Gabriel vinha tendo pesadelos quase todas as noites. Ele sonhava que seu pai e sua mãe estavam abraçando um novo bebê, enquanto ele ficava sozinho, esquecido em um canto. Naquela noite, o pesadelo voltou. No sonho, ele gritava desesperadamente chamando pelo papai e pela mamãe, mas nenhum dos dois o ouvia. Ele acordou assustado, o pequeno abajur ao lado da cama iluminava fracamente o quarto vazio. Gabriel sentiu um medo profundo. Agarrado ao boneco que Valentina havia lhe dado como presente, ele chorou sem parar. Chorou até o cansaço vencê-lo e ele adormecer novamente. Na manhã s

Ao ouvir aquilo, Valentina instintivamente olhou para os pezinhos de Gabriel, que estavam à mostra. Estavam sujos, e os dez dedinhos pequenos estavam tão vermelhos de frio que ela não conseguiu evitar franzir as sobrancelhas. A policial percebeu o olhar de Valentina, enxergando a compaixão escondida em sua expressão. Ela suspirou e tentou convencê-la: — Dá para ver que você é uma pessoa de bom coração. Mesmo que ele não seja seu filho biológico, ele te chama de mãe. Por isso, não mande o menino embora. Valentina apertou os lábios e ficou em silêncio. — Eu sei que toda família tem seus problemas. Mas os desentendimentos entre você e o pai dele podem esperar. Primeiro, cuide desse menino. Dá para ver que ele já sofreu bastante hoje. No final, Gabriel acabou ficando. Depois que os policiais foram embora, Valentina levou Gabriel até o banheiro da sala de descanso e ligou o chuveiro, ajustando a água para uma temperatura morna. — Lava os pés direito. — Valentina segurou o chuv

Lucas não teve outra opção a não ser levar Gabriel de volta para a mansão da família Montenegro. Quando chegaram à mansão, Gabriel simplesmente se recusou a sair do carro. — Papai, eu prometo que vou me comportar. Por favor, não me deixe na casa da vovó, tá bom? Lucas percebeu que algo estava errado com o comportamento do filho, mas não deu muita atenção. Ele achou que era consequência dos últimos dias em que não havia voltado para casa, deixando Gabriel sozinho com Ângela. Para uma criança, não era incomum desenvolver ansiedade de separação em situações assim. — Gabriel, eu preciso trabalhar por mais alguns dias. Enquanto isso, você vai ficar na casa da sua avó. Assim que eu terminar tudo, venho te buscar, tá bom? — Eu não quero! — Gabriel abraçou Lucas com força. — Papai, se você está ocupado, me leva para ficar com a mamãe Cecília. Eu não gosto da casa da vovó! Ela está sempre brava comigo! Joana tinha uma personalidade forte e não era muito paciente com crianças. Desde

Lívia tirou o dia de folga para acompanhar Valentina em um exame pré-natal. Elas haviam decidido ir a um hospital público diferente, onde uma antiga colega de Dra. Paula trabalhava no departamento de obstetrícia. Dra. Paula já havia feito contato com antecedência para agilizar o atendimento. Valentina precisou fazer jejum para os exames de sangue. Como era o primeiro pré-natal, coletaram oito tubos de sangue de uma vez. Assim que a coleta terminou, ela ficou tonta e nauseada, e seu rosto ficou completamente pálido. Lívia rapidamente a ajudou a sentar em um banco próximo. — Beba um pouco dessa água com glicose. Você está muito magra, e jejum com coleta de sangue pode causar reações assim. Valentina tomou alguns goles da água com glicose e, aos poucos, começou a se sentir melhor. Depois de meia hora de espera, elas pegaram os resultados dos exames e foram até o consultório da médica. Era o primeiro pré-natal de Valentina, e ela estava visivelmente nervosa. Felizmente, a médic