Durante meu tempo no hospital, muitas pessoas vieram me visitar.Todos os meus amigos e familiares apareceram. Mas o meu próprio namorado, Gustavo, só me ligou uma vez:— A menina anda chorando muito, não consigo sair daqui. Se cuida, certo? Não posso falar mais, ela não quer comer e só aceita se for eu a alimentá-la. Não tem jeito mesmo.Que tristeza. Namoramos por dez anos, e mesmo assim, para ele, a minha vida não era mais importante do que a refeição da sobrinha que nem de sangue era.E pensar que, no começo, foi ele que se apaixonou por mim, e insistiu em me conquistar.Quando rumores maldosos sobre mim começaram a circular, ele confrontou o responsável com tanta veemência que quase foi expulso da escola.Tinha um restaurante antigo na cidade, famoso pelos bolinhos de camarão que eu tanto amava. E ele, faça chuva ou sol, não media esforços para trazê-los até mim, por mais que levasse tempo.Eu era um desastre em matemática, sempre ficava para trás, era o peso da sala, e ele virava
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