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Na Explosão, Você Fugiu. No Altar, Fugi Eu.

Na Explosão, Você Fugiu. No Altar, Fugi Eu.

By:  Bella FortunaCompleted
Language: Portuguese
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No momento da explosão no laboratório, meu namorado, Gustavo Sena, correu desesperado... Mas não até mim. Ele correu até Lívia Cardoso, que estava distante do centro da explosão, e a protegeu com o próprio corpo. Quando o barulho cessou, ele a levou imediatamente ao hospital, nos braços. Nem sequer olhou para mim, caída no chão, coberta de sangue. Aquela garota que ele criou e cuidou por dezoito anos preenchia completamente seu coração. Não havia mais espaço para mim. Meus colegas me levaram ao hospital. Sobrevivi por pouco. Depois de sair da UTI, com os olhos ainda inchados de tanto chorar, liguei para meu orientador: — Professor Luís, eu pensei bem e tomei uma decisão. Aceito ir com você para o projeto de pesquisa confidencial. Mesmo que a viagem seja em um mês, e eu não possa ter contato com ninguém por cinco anos... Está tudo bem. Em um mês, eu me casaria e realizaria um sonho que eu alimentava há muito tempo. Mas agora... Eu já não quero mais.

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Chapter 1

Capítulo 1

Durante meu tempo no hospital, muitas pessoas vieram me visitar.

Todos os meus amigos e familiares apareceram. Mas o meu próprio namorado, Gustavo, só me ligou uma vez:

— A menina anda chorando muito, não consigo sair daqui. Se cuida, certo? Não posso falar mais, ela não quer comer e só aceita se for eu a alimentá-la. Não tem jeito mesmo.

Que tristeza. Namoramos por dez anos, e mesmo assim, para ele, a minha vida não era mais importante do que a refeição da sobrinha que nem de sangue era.

E pensar que, no começo, foi ele que se apaixonou por mim, e insistiu em me conquistar.

Quando rumores maldosos sobre mim começaram a circular, ele confrontou o responsável com tanta veemência que quase foi expulso da escola.

Tinha um restaurante antigo na cidade, famoso pelos bolinhos de camarão que eu tanto amava. E ele, faça chuva ou sol, não media esforços para trazê-los até mim, por mais que levasse tempo.

Eu era um desastre em matemática, sempre ficava para trás, era o peso da sala, e ele virava noites organizando meus cadernos, juntando os erros mais comuns e me explicando tudo com toda paciência do mundo.

Foi ele quem correu atrás de mim, se declarou, e disse que queria passar o resto da vida ao meu lado. Mas foi ele também quem, por causa da Lívia, me abandonou inúmeras vezes...

As feridas no meu corpo ainda sangravam, a dor me lembrava a todo momento que um homem que não me ama deve ser deixado para trás.

Enxuguei as lágrimas e, com firmeza, apaguei tudo sobre ele das minhas redes sociais. Em seguida, mandei uma mensagem para todos os convidados avisando o cancelamento.

[O casamento de daqui a um mês foi cancelado. Por favor, não se desloquem à toa.]

Vinte e cinco dias depois, ganhei alta e peguei um táxi para a casa que futuramente seria o nosso lar.

As roseiras que eu tinha plantado no jardim tinham sido arrancadas e substituídas por pés de alface. O balanço foi retirado e no lugar colocaram uma enorme placa de desenho infantil: "Casinha do Amor da Pequena com o Tiozinho."

Com dois desenhos animados se beijando no fundo.

Nem precisei perguntar para saber que, mais uma vez, a ideia era da Lívia. Não era a primeira vez que ela fazia esse tipo de coisa. Não importava o quão absurdo e ridícula a ideia fosse, Gustavo sempre a deixava fazer o que ela quisesse.

Sorri com amargura e coloquei a data de nascimento da Lívia na fechadura digital para abrir a porta e voltei para casa.

Faltavam cinco dias para minha partida com o Luís. Eu precisava arrumar minhas coisas.

Subi direto, sem imaginar que, ao abrir a porta do quarto, encontraria duas pessoas entrelaçadas na cama. Gustavo estava sem camisa, usando apenas a calça do pijama. Com o canto da boca mordido, e arranhões no peito.

Lívia, usando um vestido de alças, se aninhava nos braços dele, com o corpo colado como uma trepadeira.

No chão, uma calcinha preta de renda jogada ao lado da cama.

Achei que já estivesse preparada para tudo. Mas, ao ver aquela cena, meu sangue ferveu de raiva. Aquele era meu quarto. Minha casa. Meu casamento. Como puderam fazer isso comigo?
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