Todos os capítulos de Você Se Casou com Sua Musa, E Eu Virei Sua Obsessão: Capítulo 71 - Capítulo 80

Afinal, ela era sua única e preciosa neta. Qualquer mudança em Carol, Bianca percebia de imediato.As lágrimas escorriam pelo rosto enrugado da avó.Mas, como Carolina não havia falado nada, ela também não perguntou. Não queria tocar na ferida da neta.— Você emagreceu... No vídeo eu não tinha reparado, mas agora, de perto, está tão magrinha! — Bianca a olhava de cima a baixo, o coração apertado, e beliscou carinhosamente o rosto dela. — Lá fora você não se alimentava direito, não é?— Não, vovó, eu estou saudável! — Carolina respondeu com um sorriso.— Besteira! Você está só pele e osso!Rodrigo, que observava de lado, deixou escapar um leve sorriso, mas logo endureceu a expressão e resmungou:— Está bem. Ficar parados na porta, o que é isso? Vamos entrar.Na mesa de jantar havia uma variedade de pratos que Carolina adorava. Todos preparados com carinho pela avó e pelo chef da casa.Depois de tantos anos sem provar a comida de casa, Carolina comeu com um apetite voraz, sem conseguir p

— Sim, eu sei... — O clima parecia ter ficado um pouco pesado. Isabela respirou fundo, engolindo a emoção, e decidiu mudar de assunto. — Ah, falando nisso... Eu não esperava que, nesse tempo todo, você tivesse tanto contato com o Sr. Daniel.Assim que ouviu o nome, os dedos de Carolina, que seguravam a xícara de chá, estremeceram levemente.Logo em seguida, porém, retomou a calma e respondeu com naturalidade:— Foi coincidência.— Coincidência? Nem tanto. — Isabela passou a mão no queixo, pensativa. — Eu tenho a impressão de que o Sr. Daniel não te vê de forma comum... Carol, será que ele... Também gosta de você?— Peraí. Por que você usou esse "também"? — Porque eu começo a suspeitar que o seu noivo arranjado, o tal do Alexandre, também gosta de você. Ah, falando nisso... — Isabela deu um sorrisinho maroto. Ela puxou da bolsa duas entradas e as sacudiu diante da amiga. — Olha só, ingressos para a exposição de arte. Foi o Alexandre quem me deu. Vai acontecer daqui a duas semanas. Voc

As pessoas percebiam, ainda que de forma sutil, que havia algo diferente no ar entre aqueles dois.Isabela, por sua vez, fitava-os com os olhos brilhando."Que par perfeito!"Carolina agradeceu, pegou a faca do bolo e, ao cortar a primeira fatia, foi aplaudida com entusiasmo. O clima de alegria iluminou ainda mais o seu sorriso.Ela finalmente estava de volta à Cidade A, de volta à família, de volta aos amigos.Era tão bom.Depois de cortar o bolo, Carolina serviu primeiro algumas fatias às crianças presentes. Entre tantos amigos, era natural que alguns já fossem casados e tivessem filhos, e naquele dia levaram os pequenos para a festa.Enquanto os adultos mostravam pouco interesse em comer bolo, as crianças estavam animadíssimas. Mesmo que não lhes faltasse comida em casa, o simples fato de dividir aquele doce com vários coleguinhas, em meio a uma atmosfera tão festiva, tornava a experiência completamente diferente.Um dos meninos, ao receber sua fatia, estava tão empolgado que esbarr

Naquele instante, o semblante de Daniel estava levemente frio, como se estivesse de mau humor.Alexandre sentiu uma pontada de culpa lhe subir ao peito e, quase sem perceber, lançou um olhar a Carolina. Foi então que reparou: Carolina também olhava para Daniel.E, nos olhos dela, havia algo que ele não sabia decifrar, uma mistura de sentimentos que o desconcertava."O que teria acontecido entre os dois, durante aquele tempo na Cidade J?"O peito de Alexandre se apertou.— Entrem no carro. — Ordenou Daniel, a voz gélida.Ao pronunciar aquelas palavras, não olhou para ninguém em específico. Parecia claro que o convite, ou a ordem, era para ambos.— Mano, eu… — Alexandre tentou protestar, mas bastou um único olhar de Daniel para que sua voz se calasse de imediato.— Sr. Alexandre, então vá com o Sr. Daniel. — Disse Carolina suavemente. — Eu peço para o motorista vir me buscar.Antes que Alexandre pudesse responder, Daniel retrucou, em tom cortante:— Srta. Carolina, não cheguei ao ponto d

— Hã? — Daniel arqueou as sobrancelhas. Dessa vez ele realmente achou graça, rindo de leve com irritação. — Não precisa. A exposição dele nunca careceu de ajuda.— Então por que me contou isso? — Murmurou Carolina baixinho.— O que disse, Srta. Carolina?— Nada. — Ela forçou um sorriso.— Srta. Carolina, mesmo com esse sorriso forçado você continua linda… Mas eu prefiro o seu sorriso de verdade.Os lábios de Carolina se retraíram imediatamente.Que papo era aquele de sorriso verdadeiro e falso?Pronto. Não sorriria mais.Pouco depois, o carro parou diante da mansão da família Queiroz.Carolina virou-se para ele, despedindo-se educadamente:— Obrigada por me trazer, Sr. Daniel. Vou entrar.Assim que ia abrir a porta, ouviu a voz dele:— Espere.— Que?— Não se esqueça do jantar. — A seriedade com que disse a frase a deixou sem reação.Carolina, claro, não esqueceria. Mas o tom tão solene de Daniel a deixou desconcertada.— Não vou esquecer, fique tranquilo, Sr. Daniel.Dito isso, ela de