All Chapters of Amor Falso, Herança Verdadeira: Chapter 71 - Chapter 80

— Srta. Bianca, por favor, não seja indelicada com a nossa convidada de honra! — Disse o recepcionista ao lado, impedindo-a de avançar.— Convidada de honra? Ela? Uma gerentezinha de projeto que só conseguiu subir graças ao Grupo Siqueira e ainda por cima cospe no prato que comeu... Que tipo de convidada é essa?! — Bianca finalmente perdeu a pose e gritou, descontrolada.— Sr. Renan — Ayla bateu levemente no próprio casaco e franziu as sobrancelhas com um ar de desagrado —, a sua empresa agora permite que qualquer pessoa sem educação venha negociar parcerias?— Desculpe, Srta. Ayla! — O homem ao lado suou frio ao ouvir isso e imediatamente sinalizou para o recepcionista que estava com Bianca.— Srta. Bianca, com licença, pedimos que retorne em outra ocasião. — Disse ele rapidamente.— Me retirar? Isso é uma piada? Eu fui convidada pelo Sr. Freitas! Eu vim aqui hoje para assinar contrato! — Bianca gritou, perdendo completamente a cor do rosto, sem acreditar no que ouvia.Por que uma sim

Tão dolorido assim, e ainda trabalhou até de madrugada?— Desculpa te dar trabalho... — Ayla murmurou contra o peito dele, a respiração leve.Ela realmente estava sem forças, mas por algum motivo, o corpo de Daniel era tão quente, tão confortável... Ser carregada assim por ele fazia a dor parecer bem menos intensa do que antes.— Você não precisa me pedir desculpas.— ...Mas eu... agora só consegui falar com o Sr. Daniel... — Ayla parecia falar consigo mesma, voz tão baixa que mal dava para ouvir.Mas Daniel ouviu cada palavra com clareza. No mesmo instante, sentiu um desconforto apertar o peito, arrependido por ter falado com tanta rispidez antes.— É natural que me procure — Disse ele, em tom grave, mas com muito mais gentileza.Lá fora, a chuva caía com força. Daniel tinha saído às pressas e sem guarda-chuva. Usou o próprio paletó para proteger Ayla, garantindo que ela chegasse seca até o carro.Ele, no entanto, ficou completamente encharcado.Mas Ayla parecia ter chegado ao limite.

Mais cedo, ela havia sentido uma cicatriz redonda no ombro esquerdo de Daniel. Achou que tinha sido engano, mas agora que ele colocava a camisa, conseguia ver nitidamente.Não era grande, mas parecia profunda.Para alguém como Daniel, nascido em berço de ouro, uma cicatriz dessas era algo raro.— Uma vez, durante uma conferência internacional, houve um ataque terrorista. Levei um tiro no ombro esquerdo. — Daniel disse com frieza, como se estivesse contando algo rotineiro.Mas aquelas poucas palavras deixaram Ayla em choque.Tiro? Ataque com arma de fogo? Aquilo devia ter doído demais.Ela refletiu por um momento e comentou:— O senhor é realmente incrível, Sr. Daniel.— Incrível em quê? — Daniel olhou para ela.E ele, que sempre ignorava elogios, agora queria ouvir o que Ayla tinha a dizer.— É que... o senhor parece conseguir lidar com tudo com muita calma. Seja no trabalho, seja na vida pessoal... Já eu, não suporto dor, guardo rancor. Se fosse comigo, uma ferida dessas, até hoje eu

Gustavo ficou em silêncio. Bianca, então, se agachou para implorar:— Me dá só mais alguns dias. Se eu não conseguir ajudar a empresa, aí sim você pode dar as ações para a Ayla.Enquanto ela estivesse ali, aquela vadia da Ayla jamais conseguiria colocar as mãos em nada, nem do Grupo Siqueira, nem da família Siqueira!Incapaz de resistir às insistências constantes de Bianca, Gustavo acabou assentindo.Mais um tempo. Talvez, quando Ayla percebesse que seus esforços não davam resultado, acabasse se rendendo por conta própria.Mas desta vez ele estava realmente furioso....No Grupo Fonseca, à tarde.— Os dados da parte C do projeto não estão batendo. Rebeca, leva a equipe e confere de novo a segunda metade.— Tudo bem.Ayla acabara de revisar uma parte do trabalho com o time, quando o telefone sobre a mesa tocou.Ela atendeu direto. Era da recepção: um cliente importante pediu para a ver pessoalmente.— Cliente? Quem?Ayla não lembrava de ter marcado nada para hoje.Os investimentos já es

A ponta dos dedos de Ayla mal tocou o tule da roupa branca, e a avó Cardona já puxou ela, fazendo-a girar meia volta diante do espelho. Os olhos da senhora brilharam:— Você está vendo como esse corte valoriza você? A linha dos ombros ficou perfeita, e se ajustar um pouquinho mais a cintura vai ficar impecável. Ah, Srta. Ayla, será que pode fazer um favor para esta avó aqui?Ayla mal teve tempo de assentir, e a avó já segurava a mão dela com carinho, passando os dedos de leve:— A futura esposa do meu neto, tem quase a mesma estatura que você, só que é muito tímida.— Olhe esses modelos… nós dois já estamos velhos demais para entender o gosto dos jovens. Você pode experimentar para ajudar a gente a ver qual fica melhor nela? Pode ser?O avô completou, num tom afável:— Isso mesmo, Srta. Ayla. Nessa idade, a nossa visão já não acompanha as tendências. Você é jovem, entende de estética, vai ajudar muito a gente a não comprar algo errado e depois deixar a menina descontente.Ayla encarou