Eu estava tomada por raiva e desespero, mas, para minha surpresa, meu marido não se mostrou furioso. Pelo contrário, suspirou fundo e disse com uma doçura melancólica.— Amor… Eu sei que, nos últimos anos, minha capacidade naquela parte da vida caiu muito. Quase nunca consigo te satisfazer. Foi você quem sofreu com isso.Olhei para ele, o coração apertado, sem saber como reagir.— Não. — Respondeu com firmeza. — Não culpo você. Na verdade…Ele me puxou para perto, fazendo-me sentar-se ao seu lado, o braço envolvendo-me com força. Então, com um olhar sério, revelou o que guardava:— Naquele dia, eu percebi que não estava sozinha. Não sou ingênuo, amor. O seu jeito, a sua expressão… E, além disso, eu cheguei a ouvir os sons, mesmo que abafados. Eu sabia que havia alguém com você.— Então… Por que não me deteve. — Fitei-o, atônita, sem acreditar no que acabara de ouvir.Um leve constrangimento passou pelo rosto dele antes de responder.— Minha primeira reação foi querer tirar satisfações.
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