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Aulas Proibidas
Aulas Proibidas
Author: Outono fresco

Capítulo 1

Author: Outono fresco
Meu nome é Taís Ribeiro. Aos 30 anos, eu dava aulas de piano em domicílio e tinha um apetite sexual voraz.

Na cama, meu marido ainda tinha certa habilidade. Mas, com o tempo, ele envelheceu e já não me satisfazia como antes. Um vazio corporal me tomava cada vez mais.

No início, essa sensação aparecia apenas à noite. Aos poucos, começou a me dominar também durante o dia. Eu sentia uma urgência quase insuportável de ser preenchida.

Para aplacar aquela inquietação constante, comprei uma calcinha com corrente de pérolas. Ao andar,o atrito me dava um alívio superficial, era como coçar uma ferida por cima do curativo. Mas eu sabia que aquilo nunca seria suficiente.

Quando éramos mais jovens, eu e meu marido exploramos demais a intimidade. Meu corpo foi estimulado até um limite extremo e, quanto mais eu era provocada, mais exigia. Agora, sem conseguir me satisfazer com frequência, como poderia me conformar?

Além disso, o aluno para quem eu estava dando aulas ultimamente era um universitário cheio de vigor. Chamava-se Daniel Pereira. Tinha cerca de um metro e oitenta, corpo definido pela musculação e um rosto bonito.

Sempre que eu chegava à casa dele, ele surgia voltando da academia. Estava sem camisa, o tronco marcado à mostra. O cheiro intenso de hormônios vinha como um soco no rosto e eu não conseguia me conter. A primeira imagem que brotava na minha mente era eu me agarrando ao peito dele, arrancando-lhe a calça e montando por cima, perdida entre desejo e necessidade.

Naquele dia, quando cheguei para a aula, percebi Daniel um pouco abatido. Inclinei-me sobre ele para guiá-lo com as mãos no teclado, mas ele não conseguia se concentrar. Errou várias notas seguidas.

Eu mesma também não estava totalmente no meu estado normal. Não era por acaso. Ele estava novamente sem camisa, a pele bronzeada ainda coberta por gotas de suor. O calor que emanava de seu corpo me atingia, e o cheiro salgado, carregado de testosterona, subia direto ao meu nariz.

Ao me inclinar para ajudá-lo, vi de perto os músculos do peito, inchados pelo esforço do treino. Uma vontade súbita me atravessou: “Queria lamber aquela pele.”Esse pensamento ousado surgiu em minha mente no instante em que...

Tón! Daniel pressionou uma tecla com força demais e, de repente, levantou-se.

Levei um susto, ainda mais quando suas costas duras se chocaram contra meu peito. Não doeu. Pelo contrário, percorreu-me um arrepio prazeroso, um formigamento inesperado.

Apesar da distração, não deixei de me preocupar.

— O que houve, está se sentindo mal? — Perguntei.

— Não é nada... Acabei de terminar um namoro, estou de cabeça quente. Professora, que tal descansar um pouco? Vou para a academia dar uns socos no saco de boxe e, quando eu me acalmar, voltarei para praticar piano de novo. Vou repor em dobro o tempo que perdi.. — A voz dele tinha uma educação impecável.

É claro que eu não teria motivo algum para recusar.

Assim que saiu em direção à academia, sentei-me no banco onde ele estava há pouco. Só de lembrar o contato fugaz entre nossos corpos, meu corpo inteiro começou a esquentar, como se uma febre suave tivesse tomado conta de mim.

Pensei no que a ex-namorada de Daniel teria na cabeça. Como podia abrir mão de um rapaz tão bonito, com aquele jeito de quem parecia saber exatamente como satisfazer uma mulher?

Lembrei-me do volume considerável que marcava a sua bermuda quando olhei sem querer. Aquilo me pareceu promissor... Era grande o suficiente para me preencher por inteira.

A cada pensamento, meu coração acelerava mais. Tornei-me incapaz de ficar imóvel. A casa estava silenciosa, sem ninguém além de nós dois. Trêmula, deixei que minhas pernas se esfregassem suavemente uma contra a outra sob o piano, tentando aliviar aquela necessidade urgente que latejava em mim.

Mas era apenas um alívio passageiro, não chegava ao fundo do problema.

Peguei o celular e mandei uma mensagem para meu marido:

“Amor, eu quero você.”

A resposta dele veio quase instantaneamente:

“Gosta de me provocar enquanto dá aulas, hein?”

Sorri sozinha e escrevi de volta:

“Claro... Foi você quem me ensinou a ser assim.”

Ele devia estar ocupado, porque não respondeu mais. Essa troca rápida de provocações elevou o fogo do meu desejo. O pior de tudo é que não conseguia me conter..

Do ginásio improvisado da casa vinham os sons graves dos socos de Daniel, grunhidos cheios de força. Aquilo atiçava ainda mais o fogo em mim. Já não consegui segurar a urgência no corpo. Com o celular ainda na mão, fui até o banheiro.

Para minha surpresa, a porta não trancava direito.

Hesitei por um instante diante do que estava prestes a fazer. Mas logo pensei: “aquele era o lavabo da ala de hóspedes, os donos da casa quase nunca o usavam”.

Dominada pelo calor que me queimava por dentro, sentei-me no vaso sanitário. Ergui devagar a barra do vestido e me deixei levar pelo impulso.
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