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Capítulo 5

Author: Xandra Leme
— Entrou escondida? Você quer nos fazer passar vergonha diante do Diretor Pacheco?

— Diretor Leite, essa é sua amiga?

Eder, vendo que eu não olhava diretamente para ele, apertou as mangas da camisa e respondeu, calmamente:

— Não.

Ao ouvir isso, Rosana se animou, olhando para mim com arrogância:

— Tire a pulseira e suma daqui!

Eu a encarei com um olhar de desprezo, e ri, sarcástica:

— Tem certeza que quer que eu vá embora?!

Rosana, perdendo a compostura, lançou-me um olhar furioso e gritou:

— Pare de fingir! Tire logo essa pulseira!

Dizendo isso, veio para puxar a pulseira do meu braço à força.

Afastei sua mão que se aproximava e dei um passo para trás, tentando evitar seu toque.

De repente, alguém me fez tropeçar.

Caí no chão, atordoada.

Rosana pisou no meu braço e arrancou a pulseira do meu pulso, à força.

— Esse lixo, tratando como se fosse joia.

Meu braço doía sob o peso de seu pé, e meu pulso sangrava, a pele machucada.

Mas eu apenas olhava, atônita, para a pulseira quebrada e as pedras preciosas espalhadas pelo chão.

— Levem-na daqui, joguem-na fora! — Rosana ordenou, altiva.

Imediatamente, várias pessoas se aproximaram. Vendo que vinham segurar meus braços e pernas, comecei a me debater, apavorada:

— Parem, eu sou da família do Robson...

Antes que eu terminasse, Rosana me deu um tapa no rosto.

— Vai inventar de novo que é amante do Diretor Pacheco? Você? Se enxerga!

Ainda insatisfeita, Rosana me deu outro tapa, do outro lado.

Quando voltei para o Brasil, não pretendia me preocupar com ela.

Não havia necessidade.

Mas agora, eu faria com que ela pagasse por isso.

Eder se agachou diante de mim, tentando tocar a ferida no meu pulso, mas desviei instintivamente.

Ele me olhou friamente:

— Thais, já terminou o seu show?

— Hoje você veio com essa pulseira, vestida desse jeito só para me ver bem-sucedido e, com ciúmes, chamar minha atenção, não foi?

— Se você me pedir, eu aceito você de volta.

Dei uma risada fria, encarando-o:

— Eder, você acabou!

Eder franziu a testa, pronto para responder, mas percebeu que o ambiente ficou subitamente silencioso.

Os convidados começaram a se ajeitar e se dirigiram para a entrada.

Eder rapidamente me puxou para cima e murmurou:

— O Diretor Pacheco chegou. Comporte-se.

— Fique tranquila, já me divorciei da Rosana.

"Que absurdo."

Massageando meu braço machucado, só conseguia achar aquele homem abominável.

"O divórcio deles não me dizia respeito."

Nesse momento, Robson entrou carregando o filho nos braços, cercado por todos.

Ao chegar ao salão, o menino quis descer do colo do pai.

O garotinho, lindo como um anjinho de porcelana, desceu e imediatamente chamou a atenção de todos. A babá veio logo atrás, atenta a cada passo, temendo que ele caísse.

Eder então se virou para mim e disse:

— Thais, se você parar de causar e provocar a Rosana, posso perdoar seu sumiço nesses três anos.

— Posso te dar uma chance, se quiser me dar um filho, um filho só nosso.

Não respondi. Queria chamar a atenção de Robson e do menino em meio à multidão.

Finalmente, Robson, seguindo os passos do filho, veio até mim.
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