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A Todos, Meu Adeus

A Todos, Meu Adeus

Oleh:  CocadaTamat
Bahasa: Portuguese
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Era meu aniversário. Eu achei que ele fosse me levar à praia para ver os fogos de artifício, mas ele levou outra mulher e a filha dela. — A Bruna tem uma filha, não é fácil para ela. Seja compreensível. Ela não conhece o caminho e tem muita bagagem. Vou levá-las ao hotel primeiro. — Ele falou isso com a maior leveza, como se estivesse explicando algo trivial. Era justamente essa leveza que fazia até mesmo a minha raiva parecer exagerada. Ele colocou as duas no carro, colocou pessoalmente o cinto de segurança da criança e, sorrindo para mim, disse: — Eu já volto, não fica imaginando coisa. Fiquei parada à beira da estrada, vendo eles partirem como se fossem uma família de verdade. A noite caiu, e a brisa do mar estava gelada. Eu ainda estava esperando, até que um vídeo da Bruna apareceu na minha tela. Ele estava abraçando a filha dela, na praia, assistindo à queima de fogos. Aquela cena era a surpresa que eu mesma tinha preparado para o meu aniversário. Nos comentários, só tinha: [São perfeitos juntos, uma família tão feliz] Alguém perguntou por que ele não tinha ido me buscar. Ele sorriu e respondeu: [A Camila tem bom temperamento, ela não vai se irritar] Naquele instante, meu bolo virou uma poça de glacê derretido. No fundo, ele nunca foi verdadeiramente cruel, ele só me tinha por garantida, como se eu o fosse esperar para sempre. Mas ser ignorada com delicadeza por tanto tempo esfriou meu coração. As ondas quebravam na costa, uma após a outra, e com elas se quebravam também as minhas últimas ilusões. Desta vez, eu não vou mais esperar ele voltar.

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Bab 1

Capítulo 1

Eram as férias de aniversário na praia que eu tinha planejado para mim mesma por um mês inteiro. Eu achei que, pelo menos naquele dia, ele se lembraria de mim.

Reservei com antecedência a casa de praia, escolhi o restaurante, até marquei um jantar especial de onde daria para ver os fogos de artifício.

Eu pensei que seria uma viagem romântica, só minha e do Rodrigo.

No dia da partida, a campainha tocou. Quando abri a porta, quem estava ali era a amiga de infância, Bruna, com a filha de quatro anos no colo.

— O Rodrigo disse que queria me levar para conhecer melhor a praia e deixar a pequena sair um pouco para tomar um ar fresco.

Bruna vestia um vestido de gaze branco, sua maquiagem estava impecável, carregava uma bolsa de grife no ombro. Parecia mais que ia gravar um comercial em vez de sair de férias.

— Eu até disse que não era uma boa ideia, que podia atrapalhar a viagem de vocês e os seus planos. Mas o Rodrigo disse que você tinha concordado. — Ela acrescentou com um sorriso.

Fiquei paralisada por um instante. Eu nunca tinha dito isso.

Quando desci, o carro do Rodrigo já estava parado na porta. Os dois amigos dele estavam no banco de trás, e a filha da Bruna estava apoiada no banco do passageiro, esticando os bracinhos para ele:

— Tio, me pega no colo...

— Com calma, não vai cair. — Ele riu, a levantou e a incentivou com cuidado.

Naquele momento, a doçura dele me pareceu estranha, como se fosse um desconhecido.

A porta do carro se abriu, e todos os assentos estavam ocupados. O ar ficou carregado por um silêncio constrangedor. Um dos amigos logo se levantou:

— Quer saber? A gente pode descer. Não deixa a Camila esperando sozinha.

Bruna balançou a cabeça na hora, com uma voz suave e cheia de consideração:

— Deixa isso para lá. Eu e a Belinha não vamos mais. Vão vocês primeiro. Vai estar muito sol para a Camila ficar parada sozinha. — Ela fez uma pausa e completou, num tom ainda mais brando. — A Belinha estava tão animada para os fogos de artifício de hoje à noite. Rodrigo, lembra de tirar bastante foto e vídeo para me mandar, está bem? Ela quer ver.

Por um instante, toda aquela "compreensão" pareceu perfeitamente oportuna, e eu, de repente, virei a inconveniente.

— Chega, sem esse empurra-empurra. — Rodrigo franziu a testa, já impaciente. — Não é longe. Eu vou levar as duas primeiro. — Depois disso, ele olhou para mim e suavizou a voz. — A Bruna está com a criança, não tem como ser diferente. Me espera aqui, está bem? Eu já volto.

Fitei-o, sentindo minhas mãos se apertarem devagar. Aquela certeza no rosto dele, a certeza de que eu não ficaria brava, de que eu sempre seria compreensiva, me sufocava.

— Rodrigo. — Chamei baixinho, esperando que ele percebesse que são as férias do meu aniversário. Mas ele apenas suspirou baixo, como quem tenta acalmar uma criança sensível.

— Camila, não fica assim, está bem? Ela está com a filha, é complicado. Você sempre foi a mais compreensiva.

Ele hesitou por um segundo, como se tentasse convencer a si mesmo de que era temporário e que voltaria logo.

Naquele instante, senti meu nariz arder.

Então o "compreensiva" era apenas a desculpa perfeita que ele usava para me deixar de lado.

Os amigos dele trocaram olhares, e um deles arriscou:

— Rodrigo, talvez seja melhor levá-la junto. O sol está muito forte. Não é bom deixar ela aqui esperando sozinha.

— Não se intromete. — A voz dele ficou bem mais fria.

— Está tudo bem, de verdade. — Bruna rapidamente tentou suavizar tudo com um sorriso. — Não briguem por minha causa. Não tem problema ela esperar um pouco. — E, virando-se para mim, ela ainda me deu um aceno gentil. — Obrigada pelo esforço, viu? Ainda mais nesse calor. Se fosse eu, desmaiaria no sol. Você é muito paciente.

Olhei para ela e, por trás daquele sorriso gentil, vi claramente um traço de triunfo.

Rodrigo fechou a porta. O carro partiu em alta velocidade, levantando areia e uma brisa fria vindo do mar.

Fiquei ali, parada. O sol estava escaldante, tão forte que tudo à minha frente ficou branco. O suor escorria pelo meu pescoço. Eu nem sequer tinha trazido água.

Minha sombra esticada no chão pela luz do entardecer parecia a sombra de alguém que estava sobrando. Quase liguei para ele, para pedir que voltasse logo. Mas, ao me lembrar da frase "seja compreensiva", guardei o telefone. Eu queria ver se ele realmente ia voltar.

De repente, meu celular acendeu, era uma atualização da rede social da Bruna. Eles já tinham chegado à praia. No vídeo, o Rodrigo segurava a filha dela no colo, alimentando as gaivotas. No seguinte, ele se inclinava para arrumar o cabelo dela, bagunçado pelo vento. A legenda dizia:

[O dia mais feliz da Belinha]

Os comentários eram só:

[Combinação perfeita]

[Parecem uma família de verdade]

Ela não negou nada, só deixou um emoji sorrindo.

Naquele momento, a luz da tela era quase insuportável. Olhei para aquela cena "feliz", sentindo meus dedos ficarem tensos aos poucos. Meu coração parecia ter sido assado pelo sol, seco e ardente. O vento passou pelo meu rosto, trazendo um gosto salgado e amargo. O sol queimava tanto que minha visão ficou turva, eu estava quase tendo uma insolação.

O celular repousava silencioso na minha mão, a tela piscando sem parar. Encarei a tela e senti meu peito apertar. Meu dedo deslizou sozinho até o botão de discagem. O nome "Rodrigo" apareceu. Eu queria perguntar: "Quando você volta?". Mas, no fim, apenas encarei aquele nome, em silêncio. Eu só queria saber se ele ia se lembrar de mim.

O vento soprou outra vez, trazendo o cheiro do mar e uma brisa fria. Um frio que descia da minha pele até o fundo do meu coração. Foi ali que eu entendi que aquela seria, provavelmente, a última chance que eu daria a ele. E também a última vez que eu ia ter alguma esperança nele.
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