Alguém explicou o motivo e os detalhes do ocorrido para Raquel, e ela ficou completamente chocada. — Helena, Helena, você está bem? — Raquel correu até Helena, segurando suas mãos e inspecionando-a de cima a baixo com um olhar preocupado. — Você se machucou? Helena balançou a cabeça, indicando que estava bem. Ao lado delas, Gabriel mantinha um olhar frio e penetrante, carregado de desconfiança. — Foi você quem os convidou? — Gabriel perguntou, sua voz baixa, mas cheia de uma raiva que qualquer um podia perceber. Raquel balançou a cabeça rapidamente. — Não fui eu! Eu mal conheço ele! A mandíbula de Gabriel ficou ainda mais tensa. — Não foi você? Então como ele conseguiu entrar no navio? Raquel respondeu em um tom ansioso: — Gabriel, eu juro que não fui eu. Convidei alguns amigos de Cidade D, mas Jacó não estava entre eles. Deve ter sido algum dos meus amigos que o trouxe. Gabriel estreitou os olhos, sua presença dominadora parecia sufocar Raquel. — Mesmo que tenh
Gabriel inclinou levemente a cabeça, e seus olhos, afiados como lâminas, perfuraram Verônica. — Seu pedido de desculpas não tem o menor traço de sinceridade. Verônica ficou apavorada, e as lágrimas começaram a escorrer sem controle. Entre soluços, ela olhou para Helena e implorou: — Eu errei, Helena, eu admito que errei! Por favor, me perdoa! Não deveria ter te difamado, nem te humilhado na frente de todos. Me dá uma chance para mudar, eu te imploro! Os olhos de Helena permaneceram frios como gelo. — Quero que você publique uma declaração de desculpas, com no mínimo três mil palavras, em todas as suas redes sociais. A postagem deve ficar fixada por um mês. Além disso, você vai me pagar cem mil reais como compensação por danos morais. O rosto de Verônica ficou pálido, e ela pareceu hesitar. Sua expressão era de relutância enquanto dizia: — Helena, eu tenho centenas de milhares de seguidores no Instagram e no Facebook. Eu vivo disso, ganho meu sustento com publicidades. Se
Naquele tempo, Gabriel havia acompanhado seu avô, Filippo, a um banquete em Cidade D. Até mesmo o homem mais influente da cidade tratava Filippo com extremo respeito, cedendo e sendo cordial em sua presença. A segunda vez que Jacó viu Gabriel foi três anos atrás, em um evento de negócios. Ele tinha ido acompanhado de seu pai, que estava lá para expandir contatos e fechar acordos. Gabriel, por outro lado, era o centro das atenções, cercado por uma multidão de pessoas importantes. Muitos queriam se aproximar dele, mas poucos conseguiam sequer uma chance de trocar palavras. Naquela ocasião, o pai de Jacó lhe deu um aviso claro: — Você pode fazer o que quiser por aí, mas tem uma coisa que jamais pode fazer: não ouse ofender o herdeiro da família Costa. E o pai de Jacó deixou isso bem claro: — Se você provocar Gabriel, não precisa voltar pra casa. Eu mesmo corto nossos laços para evitar que você arraste a família para o buraco. Jacó sabia que aquelas palavras não eram uma brinca
Os olhos negros de Helena brilhavam com frieza. — Quem está procurando a morte aqui é você. Percival, ao perceber a expressão sombria de Jacó, instintivamente deu um passo à frente, posicionando-se como um escudo para proteger Helena. Mas Helena estendeu a mão e o empurrou levemente para o lado. — Saia da minha frente. Quero ver até onde ele vai com essa palhaçada hoje. Helena deu um passo à frente, ficando entre Percival e Jacó. Ela lançou um sorriso gelado para Jacó e disse: — O que foi? Está com saudade da cadeia? — Vai se foder! — Jacó xingou e avançou na direção de Helena, tentando golpeá-la. Helena desviou do ataque com um movimento ágil e já estava pronta para reagir. De repente, uma perna surgiu ao lado dela e acertou um chute violento no estômago de Jacó, lançando-o longe. Um grito coletivo de surpresa ecoou entre a multidão. Os espectadores, especialmente os de Cidade D, arregalaram os olhos e levaram as mãos à boca, incrédulos. Quem teria coragem de faz
Percival lançou um olhar frio para Verônica e disse com firmeza: — Senhora, você é adulta e deveria ter consciência de que precisa responder por suas palavras. Se continuar caluniando e insultando minha amiga, vou tomar as medidas legais necessárias contra você. — Ai, que medo! — Verônica revirou os olhos, com um sorriso debochado, e respondeu em um tom cheio de sarcasmo. — Então me processa, vai! Quero ver. Verônica estava tão arrogante porque sabia que, dentro daquele navio, tinha o apoio de amigos influentes. Alguns deles faziam parte da elite de Cidade D, um grupo de jovens ricos e privilegiados que desprezavam pessoas como Helena, que, para eles, era apenas uma mulher pobre e fútil, preocupada em ostentar bolsas falsas. Além disso, Verônica sabia que Helena tinha problemas com Jacó. Desde que ele saíra da detenção, sua primeira frase havia sido: "Eu vou acabar com ela." E, para completar, Verônica tinha certeza de que Chloe, a mulher que havia demonstrado habilidades sur
Depois de passar um tempo aconchegante no quarto, o celular de Helena começou a tocar.Gabriel lançou um olhar frio para o aparelho antes de dizer:— Desliga.Helena o lembrou:— Estamos aqui para participar da festa de aniversário dela.Então, ela atendeu o telefone.A voz de Raquel soava tranquila, sem qualquer sinal de aborrecimento:— Helena, vocês não podem ficar no quarto o tempo todo! Venham aproveitar a festa. Convidei também a Júlia e a Inês. Acabei de vê-las subindo a bordo.— Tudo bem, já estamos indo.Helena desligou o telefone e olhou para Gabriel.— Vamos sair. A Júlia e a Inês também estão aqui.Gabriel, com o humor levemente perturbado pela interrupção, respondeu com um seco:— Hmm.No primeiro andar, o salão principal era amplo, iluminado por um enorme lustre de cristal que irradiava luxo e sofisticação. Sob a luz brilhante, grupos de pessoas estavam reunidos, conversando, rindo e brindando.Todos os convidados já haviam chegado, e o navio começava a deixar o porto, de