Diante do comentário de Olavo, Tereza apertou os lábios, tentando conter a resposta.Olavo olhou para ela, mas acabou não dizendo mais nada. Apenas virou as costas e voltou para o quarto sozinho.Depois disso, Tereza se jogou de cabeça em uma maratona de cursos domésticos.Ela se inscreveu em tudo que aparecia pela frente: desde confeitaria francesa até culinária oriental, passando por técnicas de organização doméstica de alto padrão. Praticamente preencheu todo o tempo livre tentando se reinventar.Ela se enrolava entre panelas e fornos, queimava os dedos, errava nas receitas. Mas, ainda assim, não desistia.Almir entrou na cozinha e perguntou ao ver a cena caótica:— Mana... o que você está fazendo? Você não detesta cozinhar? Desde quando mudou de ideia?Tereza, agachada diante do forno, tentava tirar uma fornada de biscoitos completamente queimados da assadeira.Sem levantar os olhos, respondeu:— Estou aprendendo a cuidar do Olavo. Ele está trabalhando tanto ultimamente... quero fa
Mas o Grupo Syna era um verdadeiro mistério.Marcos informou:— Sr. Olavo, consegui levantar algumas informações sobre o Grupo Syna. Mas o passado deles é muito nebuloso. Quase nada do que encontramos é realmente relevante.Olavo disse com firmeza:— Continue investigando! Quero saber exatamente com quem estamos lidando.Na casa, Tereza observava Olavo com os olhos cheios de ciúmes e um ressentimento difícil de disfarçar.Por acaso, ao mexer nos álbuns digitais dele, acabou encontrando capturas de tela com notícias sobre Isadora. Na hora, a raiva tomou conta dela.Não conseguia acreditar que Olavo ainda guardava imagens de Isadora. Aquilo a deixava completamente insegura.Estava claro que, no coração dele, ainda existia um lugar reservado que ela nunca conseguiria ocupar. Um lugar que ainda pertencia a Isadora.Determinada a mudar essa realidade, Tereza decidiu agir. Faria Olavo esquecê-la de uma vez por todas e se entregar de verdade a ela.Passou a imitá-la sutilmente, especialmente
Isadora vinha se dedicando totalmente à preparação para a licitação do Grupo Syna. Trabalhava até tarde todos os dias e mal tinha tempo para descansar.O assistente alertou com preocupação:— A senhora precisa cuidar da sua saúde. Sem saúde, não adianta nada... não dá para continuar se esgotando assim.Ela respondeu com um leve sorriso:— Pode deixar, eu sei até onde posso ir. Assim que essa fase passar, vou tirar uns dias para descansar de verdade.O assistente assentiu e saiu discretamente do escritório.Pouco depois, uma voz familiar ecoou na porta.— Isinha, ainda está trabalhando?Ela levantou o olhar e viu Rafael parado ali, sorrindo com aquele jeito calmo e carinhoso de sempre.Ela perguntou surpresa:— Rafa? O que você está fazendo aqui?Rafael disse, aproximando-se com passos leves:— Vim ver como você está. Você anda se esforçando demais, precisa descansar um pouco.— Eu sei, Rafa. Mas está tudo sob controle, de verdade.Ele disse, revelando um pote térmico nas mãos:— Trouxe
Isadora foi ganhando cada vez mais respeito da equipe, que passou a reconhecer seu talento.Uma das colegas elogiou:— Sra. Isadora, você é incrível! Trabalhar ao seu lado tem sido uma verdadeira escola para mim.Ela respondeu com humildade:— O mérito é de todo mundo. Sem o esforço de vocês, esse projeto nunca teria saído do papel.Outra colega comentou:— A senhora está sendo modesta! Todo mundo sabe que esse resultado só foi possível por sua causa.Isadora sorriu, mas logo retomou o foco:— Chega, nada de me elogiar. Ainda temos trabalho pela frente. Vamos continuar firmes, esse projeto precisa ser nosso!— Sim, senhora! — Disseram em coro, cheios de entusiasmo.Do outro lado, Olavo estava sozinho diante da janela de vidro da sala. Segurava uma taça de vinho tinto, mas a vista noturna da cidade não conseguia preencher o vazio que crescia dentro dele.O olhar dele atravessava o vidro como se pudesse buscar, na escuridão, aquela presença que há muito não estava mais ali.— Isadora...
Marcos contou a Isadora como o Grupo Carvalho estava se preparando. Avisou logo que Olavo estava determinado a vencer e que eles tinham que ficar atentos.Ele avisou:— Sra. Isadora, eles contrataram vários especialistas e montaram uma proposta quase impecável.— Entendi. Obrigada por me avisar.Marcos perguntou:— E agora, o que pretende fazer?O olhar dela era firme:— Que venham. Se eles vêm com força, nós respondemos à altura. Também vamos preparar nossa proposta com o máximo de cuidado. Não podemos deixar o Olavo levar essa.A equipe de Isadora mergulhou de cabeça no projeto. Trabalharam noite adentro por vários dias, afinando cada parte da proposta. Ela mesma acompanhava tudo de perto, cobrando atenção a cada detalhe — não aceitava erros.Ela disse, com energia:— Obrigada pelo esforço de todos! Vamos conquistar esse projeto!— Sim, senhora! — Responderam todos em coro.Enquanto isso, Olavo tentava ligar para Isadora novamente. Mas, mais uma vez, ninguém atendeu. O silêncio do ou
Ela abriu a geladeira e, ao ver os ingredientes variados dispostos ali, ficou com dor de cabeça só de pensar no que cozinhar.Murmurou para si mesma:— Aff, melhor pedir comida pronta mesmo.Pegou o celular e escolheu alguns pratos que Olavo costumava gostar.Quando a comida chegou e foi disposta sobre a mesa, se aproximou de Olavo com um sorriso carinhoso:— Olavo, preparei os seus pratos preferidos. Vem experimentar um pouco?Ele olhou para a comida sem qualquer entusiasmo. Respondeu, seco:— Não estou com fome. Come você.— O que foi, Olavo? Está se sentindo mal? — Perguntou, preocupada.— Estou bem. Pode deixar, não precisa se preocupar comigo.O olhar frio dele só fez Tereza se sentir ainda mais magoada. Com um nó no peito, se perguntava o que tinha feito de errado.— Você ainda está chateado comigo? Sei que não devia ter falado da Isadora, mas só queria o seu bem...— Não estou bravo com você. Só não estou num bom dia.Tereza disse suavemente:— Entendo que você esteja passando p