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Capítulo 0002

Penulis: Laura Santos
Mais uma vez a ligação foi cortada.

Nunca imaginei que Magnus acreditaria tão facilmente nas palavras de Mirella, achando que quem sofrera o acidente fora minha mãe, e que eu pedia dinheiro para comprar apartamento para meu irmão.

Com o monte de comprovantes de pagamento na mão e a enfermeira esperando na porta, sentia raiva e desespero.

Tentei ligar de novo, mas fui bloqueada.

Todas as formas de contato estavam bloqueadas.

Ele dizia estar ocupado, mas na hora de me bloquear, não achou perda de tempo?

Quem estava na sala de emergência era a mãe dele!

Mesmo sem provas, ele acreditou em Mirella!

Segurei minhas emoções para não perder o controle no hospital.

A vida da sogra era prioridade. Pedi ajuda a alguns amigos, juntei o valor emprestado e paguei o hospital.

Ao voltar para a sala de emergência, estava suada de nervoso.

De punhos fechados, fitava a luz vermelha da porta, rezando para que minha sogra sobrevivesse.

Ela sempre me tratou muito bem, sabendo da situação da minha família, que preferia homens, e me considerava como filha.

Depois de se divorciar cedo do pai de Magnus, criou o filho sozinha, mas nunca foi possessiva.

Pelo contrário, respeitava nosso espaço, morava em outro apartamento e só vinha aos finais de semana, sempre trazendo comidas que adorávamos.

Desta vez, foi porque Magnus comentou que sentia saudade de conservas que ela fazia. Ela preparou e trouxe imediatamente, sofrendo o acidente ao voltar para casa.

Morávamos tão perto, era só atravessar a rua.

Ouvi de quem ajudou a levar minha sogra ao hospital que o motorista estava bêbado e em alta velocidade. Ela foi arremessada, sangrando muito.

Lembrando das palavras da enfermeira, uma angústia me invadiu.

O médico saiu da sala e balançou a cabeça:

— A cirurgia foi muito tardia, fizemos tudo que podíamos. Ela ainda está consciente, mas...

— Pode entrar para se despedir.

Desabei, caindo no chão, chorando.

Mas não podia perder tempo. Levantei cambaleando e entrei no quarto.

Minha sogra estava cheia de tubos.

Horas antes, sorria e prometia trazer bolinho de tapioca na próxima visita.

Agora, estava pálida, deitada.

Ao me ver, forçou um sorriso:

— Lídia, você veio? E o Magnus?
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