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Capítulo 2

Penulis: Eloy Guedes
Depois que Mateus saiu, coloquei a Pulseira de Jade Imperial na caixa de joias.

Cada caixa de joias podia guardar vinte pulseiras.

Aquela era a quinta caixa já cheia.

Três anos atrás, pela primeira vez, surgiram rumores na empresa de Mateus sobre ele estar flertando com uma menina nova.

Naquele dia, ele largou o trabalho imediatamente e voltou para casa às pressas para me dar explicações.

Disse que era apenas teatro, uma necessidade do ambiente profissional, e que, em toda a sua vida, só me amava.

Para demonstrar seu arrependimento, ele comprou a primeira pulseira para me agradar.

Aquela pulseira valia apenas vinte mil.

Mas, quando a recebi, fiquei realmente feliz, pois aquilo representava a atitude de Mateus e também mostrava que ele conhecia meus gostos.

Com o tempo, porém, ele passou a me dar cada vez mais pulseiras, cada uma mais cara que a anterior.

Aos poucos, já não consegui mais sorrir.

Foi há meio ano, no meu aniversário, que recebi a octogésima pulseira.

Naquele momento, com o coração já morto, prometi a mim mesma: quando completar cem pulseiras, pedirei o divórcio.

Meia hora depois, ouvi no meu celular a voz manhosa de Natália, cheia de charme.

— Mateus, você chegou? Estava com tanta saudade de você...

Era o software de escuta instalado no celular de Mateus, que captava tudo em tempo real e transmitia para o meu celular.

Mateus realmente tinha ido encontrar Natália.

— Não foi você que pediu para eu vir te fazer companhia? Quanto você bebeu?

A garota resmungou e respondeu, fazendo charme:

— Te enganei, não bebi nada, só não quero que você fique com sua esposa!

Do outro lado, houve alguns segundos de silêncio, e a voz de Mateus soou um pouco fria.

— Natália, não fale assim dela.

Natália bufou com desdém, parecendo contrariada:

— Já entendi, nem mesmo quando ela não está posso falar mal dela. Se ela soubesse o quanto você a defende, ficaria tão feliz, não é?

As palavras da garota vinham carregadas de irritação.

Mateus soltou um suspiro pesado e a puxou para perto de si:

— Não fica brava, vem cá me dar um beijo.

Ouviu-se uma série de beijos pegajosos e demorados.

Com o som de uma porta se fechando, o software de escuta ficou subitamente em silêncio.

Provavelmente, os dois tinham entrado no quarto.

Meia hora depois, suas vozes começaram a se ouvir, ainda fracas.

— Mateus, você já resolveu aquilo que me prometeu? Bolinha já morreu faz três dias...

Natália falou manhosa, com a voz cheia de expectativa.

— Uhum. — Mateus hesitou, mas o tom continuava carinhoso. — Amanhã eu vou com você, lembre-se de ser discreta, não deixe a Mirella saber.

Franzi o cenho com força.

Bolinha era o cachorro da Natália.

Ele morreu?

O que Mateus prometeu para ela? E ainda fez questão de que eu não soubesse?

Antes que eu pudesse entender, Mateus pegou o celular de volta e entrou no quarto.

Continuei ouvindo os sons transmitidos pelo software de escuta.

Eles fizeram amor três vezes aquela noite.

Fiquei encarando o teto, de olhos abertos até o amanhecer.

Já fazia muito tempo que eu ouvira falar de Natália.

Ela era colega de ensino médio e primeiro amor de Mateus.

Os dois eram muito próximos na época da escola, mas, quando o relacionamento se tornou público, os pais de Mateus se opuseram.

Ouvi dizer que a mãe de Mateus, Isabela, fez uma investigação sobre Natália naquela época.

Ninguém sabe o que ela descobriu, mas Isabela decidiu por conta própria impedir o namoro.

Mateus resistiu por meio ano, mas Natália acabou cedendo antes e, naquele mesmo ano, foi enviada por Isabela para estudar no exterior.

Mateus entrou em depressão por alguns anos; só começou a superar Natália depois que me conheceu.

Eu pensava que, quando ele se casou comigo, já tinha superado completamente aquele relacionamento.

Mas, ao que tudo indica, superestimei a mim mesma.

Abri novamente a foto do registro de imóvel que Natália tinha enviado.

Nestes três anos, Mateus tinha comprado várias coisas para as meninas novas, bolsas, colares, sapatos, mas nunca tinha comprado um imóvel.

Era a primeira vez que ele fazia isso.

Na manhã seguinte, Mateus voltou para casa.

Quando viu as olheiras em meu rosto, sentou-se ao meu lado na cama, me abraçou e falou com ternura:

— Amor, não dormiu bem essa noite?

— Uhum. — Massageei as têmporas, um pouco relutante ao toque dele. — Pode fazer um miojo pra mim? Estou com muita fome.

— Claro, você é minha esposa.

Mateus apertou meu rosto com carinho, como se nada tivesse acontecido na noite anterior, e foi para a cozinha.

Aproveitei e peguei rapidamente o celular dele, abrindo a conversa com Natália.

O histórico de mensagens mais recente era de dez minutos antes:

[Vai me buscar para irmos ao cemitério da mãe dela depois de terminar com ela?]

[Sim, segredo, não conte para ninguém.]

[Fica tranquilo, Mateus, não vou contar~ Te amo~]

Por algum motivo, aquela troca de mensagens me gelou até os ossos.

O que os dois iriam fazer no túmulo da minha mãe?

Assim que terminei de tomar café, Mateus disse que precisava voltar para a empresa.

Não confiei e fui até uma copiadora imprimir o dossiê do caso que Isabela investigou sobre Natália e depois fui de carro até o cemitério.

Duas horas depois, assim que entrei no cemitério, vi de longe os dois parados diante do túmulo da minha mãe.
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