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Capítulo 5

Penulis: Sra. Deep
Cristiano achava que ela estava fazendo drama por causa do retorno de Mariana.

Achava que tudo aquilo era só mais um jogo, uma tentativa de fingir desinteresse para atrair atenção.

Mas não.

Ela havia realmente pegado o registro civil, preparado o acordo de confidencialidade e, além disso, estava acompanhando de perto as mudanças na nova lei de divórcios.

Aquilo o deixou intrigado.

Curioso, até.

Também queria ver até onde ela iria com aquilo e que tipo de exigências absurdas faria sob o pretexto do divórcio.

Mas, ao ouvir a pergunta dele, Tatiane apenas o encarou, incrédula.

Era difícil imaginar o que se passava na cabeça de Cristiano.

Como alguém podia vê-la com tanto desprezo assim?

Eles simplesmente não conseguiam mais se comunicar.

E, pela primeira vez, ela entendeu que talvez nunca tivessem conseguido.

As ideias que ele tinha sobre ela estavam cravadas a fogo, e nada do que dissesse poderia mudar isso.

Tudo bem.

Já não importava mais.

Por fim, olhou para ele e, com voz cansada, disse.

— Se é isso que você acha, então tá. Só me diz quando tiver tempo, e a gente resolve isso de uma vez.

A serenidade dela o desarmou.

O sorriso irônico sumiu do rosto de Cristiano, substituído por um olhar frio e silencioso.

Tatiane esperou uma resposta.

Ele continuou imóvel.

Mudo.

— Tá bom... — Murmurou ela. — Descansa. Me avisa quando puder.

Virou-se e caminhou até a porta.

Estendeu a mão para a maçaneta.

De repente, sentiu o pulso ser agarrado com força.

Antes que pudesse reagir, Cristiano a puxou de volta com um movimento brusco.

Ela tropeçou, tentou se equilibrar, e o encarou de perto, os olhos presos aos dele, o coração disparado entre o medo e a raiva, entre o que não devia mais sentir e o que ainda doía demais.

Ser puxada daquele jeito a irritou na mesma hora.

Mas, ao lembrar do dia em que Cristiano a carregara para fora do incêndio, a raiva se dissolveu no peito.

Tatiane esfregou o pulso avermelhado e perguntou com calma.

— Tem mais alguma coisa?

Ela havia pensado nisso tantas vezes.

Tentara entender em que momento tudo entre eles desandara, por que ele parecia odiar tanto a própria esposa.

Cristiano enfiou as mãos nos bolsos, desviou o olhar e soltou uma risada curta, debochada.

A risada, porém, soou amarga.

Virou-se de novo para ela, inclinando levemente o corpo para a frente.

O olhar dele era duro.

Cruel.

— E então, Tatiane? Quem é o felizardo? Qual é o playboy que teve coragem de me botar um par de chifres?

Tatiane o encarou em silêncio.

As palavras caíram como pedras.

"Se é pra falar de traição, quantos pares de chifres você já não me fez usar?"

Pensou, mas não disse.

Cristiano caminhou até a mesinha, pegou o maço de cigarros e o isqueiro.

Acendeu um cigarro e foi até a janela.

A fumaça se espalhou devagar ao redor dele.

O corpo ereto, os ombros largos, o ar arrogante e distante.

Mesmo de costas, Cristiano parecia inacessível.

E era justamente isso que a feria.

Tatiane respirou fundo e, num tom suave, explicou.

— Você sabe que ninguém teria coragem de me envolver num escândalo com você por perto. Eu só repeti o que você disse. Não tem mais nada pra pensar. Quando tiver tempo, vamos resolver logo o divórcio. Assim sua mãe para de te cobrar e você pode respirar em paz.

Ela era a ferida.

E, ainda assim, tentava aliviar a dor dele.

No fim das contas, tinha razão.

Quem ama primeiro, perde primeiro.

Ao ouvir o pedido dela novamente, Cristiano permaneceu de costas.

O cigarro aceso entre os dedos, o corpo imóvel diante da janela.

Até o silêncio parecia frio.

Ele não respondeu.

Tatiane também não disse mais nada.

Abriu a porta em silêncio, justamente quando Lorena ia bater.

— Mãe. — Tatiane exclamou, surpresa.

Lorena espiou para dentro, olhou para o rosto da nora e perguntou, preocupada.

— Tati, o Cris está discutindo com você? Ele está te maltratando?

— Não, mãe. A gente não brigou. — Tatiane sorriu de leve.

— Se vocês não brigaram, por que abriu a porta? — Lorena franziu a testa, desconfiada.

— Eu ia descer pra pegar um copo d’água. — Respondeu Tatiane.

— Tá, então vai lá.

Tatiane saiu, virou à direita e desceu as escadas.

Lorena entrou no quarto com o rosto fechado.

Cristiano finalmente se virou.

Com o ar preguiçoso de sempre, encarou a mãe.

— Mãe, por que você não fica pra dormir aqui também? Assim você me vigia e vigia ela vinte e quatro horas por dia.

Lorena ignorou a provocação.

Segurou o braço dele e apertou com força.

— Cristiano, não exagera. A Tati já aguentou muita coisa, já se sacrificou demais por você. Não seja tão sem noção. Nem tão ingrato. — Os olhos dela brilhavam de indignação. — A Tati é gente como a gente. Tem sentimento, pensa, fica triste. Você passa o dia na rua, volta frio, não olha pra ela... Como espera que ela viva? Que imagem você quer que tenham dela? Se você empurrar a Tati pra longe, vai se arrepender amargamente.

Cristiano cerrou o cenho com o beliscão e afastou a mão da mãe.

— Lorena, quando é que você vai parar com esse hábito de puxar as pessoas? Não é a sua carne, não dói?

— Se você nem sente dor, por que eu ia ficar te puxando? — Lorena disse, cortante. — Te dou um aviso, Cristiano: nada de ficar enrolado com a Mariana. Se você fizer a Tati passar vergonha de novo, eu faço a família Rocha pedir esmola pelas ruas.

— Que tipo de feitiço a Tatiane te fez, hein? — Ele baixou o olhar para ela.

— E que feitiço a Mariana fez em você? Uma esposa dessas, dedicada, e você a despreza pra correr atrás daquela mulher. Perdeu o juízo? — Lorena não hesitou.

Enquanto o repreendia, deu-lhe leves toques na cabeça com o dedo.

Cristiano afastou a mão dela, irritado.

Nesse instante, Tatiane subia as escadas, segurando o copo d’água.

Ao ouvir os passos, Lorena mudou de expressão num segundo.

Do semblante bravo a um sorriso doce.

— Tati, pegou a água? Que bom. Vai descansar, filha. Amanhã tem trabalho cedo.

Esperou até vê-la entrar no quarto e só então fechou a porta.

De novo, ficaram apenas os dois.

Cristiano ainda massageava o braço onde ela o beliscara.

Mais tarde, já sob a vigilância indireta de Lorena, Tatiane perguntou, quase num sussurro:

— Eu posso dormir no sofá, tudo bem pra você?

Cristiano não respondeu.

Pegou o pijama e foi direto para o banheiro.

Ela o observou por um momento.

Exausta de tentar conversar.

Exausta de tentar resolver o que dependia dos dois e sempre esbarrar no silêncio.

Quando ele terminou o banho, Tatiane entrou no banheiro, lavou-se rapidamente e, ao sair, ainda desinfetou tudo, com medo de que ele implicasse por ela usar o mesmo espaço.

De volta ao quarto, colocou tampões de ouvido, ajustou a máscara sobre os olhos, enrolou-se numa manta fina no sofá e adormeceu em silêncio.

Estava cansada demais para qualquer discussão.

Do outro lado do cômodo, sentado à escrivaninha, Cristiano levantou os olhos do notebook e a observou.

O corpo pequeno, encolhido, a respiração leve.

"Cristiano, você vai jantar em casa hoje? Fiz sopa pra você."

"Cristiano, olha o pôr do sol, tá tão bonito."

"Cristiano, você gosta de mim?"

As vozes suaves ecoaram na memória dele.

Olhando as costas de Tatiane, pensou em tudo aquilo em que um dia acreditou.

"Se não fosse o que o meu avô me disse... Se não fosse o que eu descobri... Se eu não tivesse lido aquele diário..."

Talvez ainda acreditasse que o amor dela era verdadeiro.

Nos dias seguintes, Lorena não foi embora.

Instalou-se de vez no Residencial Solaris.

O ar em casa ficou pesado.

Cristiano vivia sob pressão.

Tatiane, à beira de um colapso.

Todas as noites, dormia no sofá.

Quase sempre acabava caindo.

Cristiano acordava, sabia que ela tinha caído, mas apenas a olhava de canto.

Não se levantava.

Não estendia a mão.

Ela também fingia não perceber que ele estava acordado.

Um casal que chega a esse ponto já não tem muito o que salvar.

Até que Karine voltou da viagem de trabalho e a chamou para jantar fora.

Pela primeira vez em dias, Tatiane conseguiu respirar.

No restaurante, contou tudo o que vinha acontecendo.

Karine bateu na mesa, indignada:

— Eu te avisei, Tati. Disse que o Cristiano não prestava. Você não me ouviu, e agora tá aí, sofrendo. Se pelo menos tivesse ficado com o meu irmão mais velho, com o Alexandre, tudo seria diferente.

— As pessoas só aprendem quando batem de frente com a parede. Só entendem a dor quando se machucam de verdade. — Tatiane sorriu de leve.

Por um instante, seus pensamentos voltaram ao passado.

Cristiano a tirando no colo do meio do incêndio.

Os dois cabulando aula juntos, pulando muro, assistindo a shows escondidos, jogando sinuca pela madrugada.

Ele a levava a fazer muitas coisas que ela não ousava fazer nem sequer imaginar.

Todas as lembranças bonitas da juventude dela estavam ligadas a Cristiano.

Como não se apaixonar?

Ela acreditou que era recíproco.

Por isso, quando o avô perguntou se preferia Alexandre ou Cristiano, respondeu sem hesitar.

"O Cristiano."

Tatiane respirou fundo, apoiando o rosto nas mãos.

— Além disso, eu tinha medo do seu irmão mais velho. Desde criança. Ele sempre foi sério demais, mais rígido até que meu pai. Toda vez que eu via o Alexandre, me escondia.

A voz dela soava cansada.

— E o meu segundo irmão? Esse, sim, é o cúmulo da cara de pau. Vive na farra e ainda tem coragem de te acusar de ter outro. É sempre assim: quem vive na sujeira acha que todo mundo é igual. Me diz, o que o Cristiano tem de tão especial? Ele já era assim antes do casamento. Por que você foi tão teimosa? — Karine revirou os olhos.

Tatiane teve vontade de desaparecer.

Acabou rindo sem graça.

— Eu era muito nova. Muito ingênua. Achei que conseguiria mudar um homem como ele.

— Pois é. Levou um choque da vida. Aprendeu do jeito mais difícil. — Karine suspirou.

Tatiane não respondeu.

No fundo, sabia que Cristiano nem sempre parecera tão frio.

A frieza veio depois do casamento.

Talvez porque ela não fosse a esposa que ele esperava.

Talvez porque, de algum modo, tivesse atrapalhado a felicidade que ele dizia buscar.

Ela deu um sorriso pequeno, mais amargo do que doce.

Karine percebeu e pousou a mão sobre a dela.

— Chega, Tati. Não fica remoendo, não. Hoje à noite eu te levo pra relaxar um pouco.

Depois do jantar, Karine levou Tatiane a um bar.

Assim que entraram, os amigos de Karine as cumprimentaram com entusiasmo.

Tatiane, desconfiada, perguntou:

— Kari, é isso que você chama de "relaxar um pouco"?

— Claro. O meu querido segundo irmão não adora sair pra se divertir e sumir de casa? Pois agora é a sua vez. Quero ver se ele continua tão tranquilo quando souber que você também saiu pra curtir. — Karine arqueou a sobrancelha, com malícia.

— Você superestima demais a importância que eu tenho pra ele. — Tatiane soltou uma risadinha descrente.

Karine fez sinal para que ela se sentasse e colocou um copo diante dela.

— Para de pensar nele por uma noite, Tati. Você precisa tirar esse homem da cabeça, senão vai adoecer.

Tatiane pegou o copo.

Sabia que Karine só queria ajudá-la.

Mesmo sem jeito para aquele ambiente, tentou se soltar um pouco.

Karine chamou alguns rapazes, universitários, para um jogo de copos e adivinhações.

No começo, Tatiane ficou tímida.

Depois, acabou entrando na brincadeira.

Por alguns instantes, esqueceu o peso de tudo.

Do outro lado do salão, um grupo de homens bebia e ria alto.

Um deles, ao notar Tatiane, arregalou os olhos.

— Ei, não é a Tatiane? Aquela que vive grudada no Cristiano?

— É ela mesma. E a Karine tá junto. — Confirmou outro. — Tatiane num bar... Deixou de ser a esposa certinha?

— Aposto que foi a Karine que arrastou.

— Espera. Não vai lá ainda. Vou filmar.

Ele pegou o celular e começou a gravar discretamente.

— Olha só quem resolveu se revoltar... A santa do Cristiano! — Disse ele, pegando o celular e gravando. — A mulher que sempre engolia tudo agora quer fazer motim?

— Tenho que mostrar isso pro Cristiano.

Assim que terminou de tirar as fotos e gravar o vídeo, o homem não hesitou nem por um segundo: enviou tudo pra Cristiano na mesma hora.

No Residencial Solaris, sob o olhar atento de Lorena, Cristiano chegara em casa às sete em ponto.

Trancado no escritório, trabalhava em silêncio diante do notebook quando o WhatsApp começou a vibrar várias vezes seguidas.

Sem dar importância no início, pegou o celular.

Ao abrir as mensagens, o semblante mudou.

Mais de dez notificações do mesmo contato.

Ele abriu as fotos.

O maxilar travou.

Tatiane.

No bar.

Rindo.

Rodeada por rapazes.

Copos erguidos, apostas, brincadeiras.

Um brilho leve nos olhos dela.

Cristiano soltou um riso curto, frio.

“Eu chego cedo pela primeira vez, e ela resolve sair pra se divertir.”

Os vídeos chegaram em seguida.

Tatiane jogando, rindo tímida, mais solta do que ele se lembrava de ter visto em muito tempo.

Para alguém que sempre parecera tão contida, ela sabia se soltar com facilidade na companhia certa.

A raiva subiu.

Ele saiu do aplicativo e discou o número dela.

— O número que você chamou está desligado. Por favor, tente novamente mais tarde.

Cristiano apertou o celular com força.

Tentou de novo.

A mesma resposta.

Na terceira tentativa, jogou o aparelho contra a parede antes de a gravação terminar.

O silêncio do cômodo pareceu mais pesado.

Inspirou fundo.

Caminhou até a janela.

Lá fora, o jardim do Solaris estava quieto.

Nenhum farol.

Nenhum carro se aproximando.

Acendeu um cigarro, tragou com força, soltou a fumaça num jato curto.

Ficou ali, imóvel, até finalmente ver um carro branco cruzar o portão.

Tatiane.

Apagou o cigarro e se virou.

Lá embaixo, Tatiane saiu do carro.

Ainda no jardim, puxou a blusa para perto do rosto.

Sentiu o cheiro de bebida e fumaça.

Fez uma careta, sacudiu a roupa, tentando livrar-se do odor antes de entrar.

Quis ter voltado mais cedo, mas Karine estava animada, e ela acabou ficando um pouco mais.

Dentro da casa, tudo estava quieto.

Todos pareciam dormir.

Tatiane subiu as escadas em silêncio, passos leves.

Estava prestes a abrir a porta do quarto de hóspedes quando ouviu, atrás de si, uma voz baixa e fria, vinda do corredor:

— Onde você estava? E por que não atendeu o telefone?
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