_até que ele não é de se jogar fora_ fico chocada com sua a cara de pau.
_o que você quer?_entro na frente dele como se pudesse escondê-lo dela.
Ele é meu, eu vi primeiro!
_eu que deveria está perguntando isso à você!
_ué, eu pensava que você não estava aqui para ser minha babá_ respondo.
_Você quer ser demitida, Carolina? Eu posso agora mesmo ligar para Cassandra e dizer a ela o quando você está aproveitando a festa_ela debocha e estou prestes à levantar a mão para dar um tapa na cara dela.
_então Carolina é o seu nome_ ele pega minha mão antes que eu a levante e diz baixinho no meu ouvido, sua voz me faz voltar o mesmo transe de antes_peço que não suma da minha vista durante a festa, Carolina_ ele sorri antes de me soltar e sair para a festa me deixando com Melissa.
Se eu tinha alguma dúvida se ele estava flertando ou só estava sendo gentil comigo, agora eu tinha certeza.
Mal a enxergo na minha frente, eu queria nesse momento pegar ela pelo aquele cabelo lambido e esfregá-la como um pano de chão pelo chão da sala. Mas sinceramente eu não teria coragem de sujar o chão com Melissa.
O chão não merecia ser tratado dessa forma.
Ela continua com o sorrisinho de vitória no rosto e eu com o restinho da paciência que Deus me deu, pergunto o que ela quer comigo.
_só queria lembrar que estamos aqui à trabalho, não estamos aqui de férias, você não pode ficar se agarrando com um empregadinho por aí...
Meu celular começa a vibrar dentro da minha bolsa, estava com todo meu ódio focado em Meliissa que nem percebi quando o gato italiano colocou lá dentro antes de ir embora. Pego meu celular e o nome de Mari aparece na tela.
_...aonde você vai? Eu não terminei_ Melissa diz quando me vê saindo para a festa.
_e nem precisa terminar, quem é minha chefe é a Cassandra, não você Melissa!_ ela faz uma carranca e eu saio para o jardim para atender a ligação.
***
Ligação on
_estou te falando, Mariana!_digo mal contendo a minha animação_tenho a impressão que vou sair daqui hoje casada!
_só você Carolina para achar que o homem estava apenas sendo gentil depois de te prençar contra um espelho!
_ai Mariana! Eu ainda tô toda me tremendo! Que homem é esse, hein?
_ouvir você falando dele assim, me dá até curiosidade. Não tem nenhuma foto dele não?
_acho que tem uma, vou te enviar depois porque agora eu não consigo me concentrar em absolutamente nada!
_ai amiga, você está me deixando ainda mais curiosa, o que esse homem tem que te deixou assim? Você sabe o nome dele?
_não sei, não tive oportunidade de perguntar mas assim que eu ver ele vou perguntar.
_Carolina toma cuidado com ele, você nem o conhece muito bem, ele pode ser um canalha e não o homem que aparenta ser.
_eu sei Mariana, vou ser cuidadosa. Agora tenho que desligar senão Melissa vem aqui reclamar da duração das ligações que faço para você.
_ela está tão chata assim? Digo, era de se esperar que ela ficasse se achando porque Cassandra a pediu que cuidasse de tudo.
_sim, ela está insuportável! Pior do que antes!
_e a festa como está? Você já conseguiu alguma informação?
_Mariana eu posso ter desencalhado dessa vez, você acha mesmo que estou me preocupando com o trabalho ou festa?
_mas você só viajou por causa do trabalho!
_sim, eu já terminei o trabalho que a megera da Cassandra mandou eu fazer, decorei quase todos os nomes da lista. Sinceramente acho que isso não valeu de nada porque ela pediu que Melissa cuidasse de tudo mesmo. Então acho que mereço um pouco de descanso.
_e você acha que vai encontrar descanso com esse italiano gato? Você sabe como são os italianos...
_ok Mariana! Agora eu tenho mesmo que desligar, mais tarde eu te ligo para contar as novidades, tenho que procurar aquele italiano gato que sumiu por culpa de Melissa, beijos.
Ligação off_me pergunto quem seria esse tal italiano gato que a senhorita procura_ ouço alguém atrás de mim, eu conheço essa voz.
Me viro para ficar de cara com o próprio "italiano gato", algo nas suas mãos me chamam a atenção e me pergunto o quanto ele ouviu da minha conversa com Mari.
_eu achei que você gostaria de provar essa sobremesa_ele me entrega a taça e eu agradeço.
_você ouviu..._começo a falar mas ele me interrompe e só não acho que ele seja um idiota porque ele é muito gato.
Me custa muito acreditar que esse cara seja um idiota. Deus eu te suplico, tem que ter sobrado algum homem que preste nesse planeta.
Eu ainda acredito que resta uma pequena porcentagem de homens que prestam e sigo acreditando que esse homem incrivelmente gato na minha frente faça parte dessa pequena porcentagem._sabe Carolina, me pergunto se você é tão doce quanto essa sobremesa_ ele pega a colher da minha taça e a leva à boca saboreando o doce antes de continuar_ eu realmente gostaria de te o prazer de saber qual é o seu sabor.
Senhor, peço-te que não deixes que minhas pernas falhem nesse momento!A forma como ele passa a língua pela colher é quase um crime e me esforço em erguer meu queixo que se encontrava no chão nesse momento.
Coro pensando em alguns minutos atrás, ele com certeza tinha ouvido parte da minha ligação.
Não se acanhe Carolina, não é todo dia em que você tem a chance de transar com um italiano gato e gostosão, então acho que por hoje não tem problema em você ser um pouco piranha.Deus estava me recompensando por passar praticamente uma semana inteira presa em um lugar horrível?
Sinceramente, não sei entretanto gosto de pensar que esse seja o caso.Me sentindo ousada, tiro a colher das suas mãos e pegando um pouco de sobremesa coloco em minha boca.
Um beijo indireto mas bem que poderia ser direto, né Carolina?Mesmo querendo me atirar aos braços desse italiano gato eu tinha que ser furtiva, eu poderia sair desse casamento namorando e não queria estragar essa chance sendo atirada demais. Eu poderia sair daqui até noiva!
Tá viajando demais Carolina!Mesmo que eu não saia da Itália com um noivo ou namorado, eu poderia pelo menos receber alguns beijinhos de consolação.
Certo, Deus?Fecho meus olhos sentindo o doce da sobremesa na minha boca, faço alguns sons para demostrar o quanto gostei do sabor. Imito a reação dele e chupo a colher, quando abro os olhos me deparo com ele me fitando com desejo.
_eu também adoraria saber o seu sabor_ o provoco mais um pouco.
Sou surpreendida quando ele enlaça um dos braços na minha cintura e me puxa para mais perto. Com a outra mão ele aperta meu queixo.
_não sei se gosto de ser provocado assim..._seu rosto fica perto do meu.
_então, o que você pensa em fazer à respeito?_ele inclina mais a cabeça deixando nossas boca à centímetros uma da outra.
_sabe Carolina, não sou muito de falar e sim de agir_ ela anda para frente fazendo com que meu corpo o acompanhe e agradeço por está em uma parte do jardim distante dos convidados.
_ah, é mesmo? Então, o que você pretende fazer comigo?_ainda estou andando, deixando ele me levar sem olhar para trás e me assusto quando bato em uma parede fria.
_muitas coisas indevidas, das quais só acontecem entre quatro paredes_ ele apoia o antebraço na parede em cima da minha cabeça e me vejo encurralada.
_só entre quatro paredes?_repito mesmo sabendo que nem todas pessoas cumprem essa "regra". Me faltava saber se ele era uma dessas pessoas.
_bom, as vezes acontecem fora dessas quatro paredes_ o meu italiano gato agora está brincando com uma mecha da minha franja enquanto eu me encontro literalmente encurralada por ele.
O que esse homem tem que me faz ficar tão sugestiva à coisas que eu nunca teria coragem de fazer em público?_sim, já ouvi falar que lugares inusitados são excitantes_respondo tentando não me perder em seus olhos.
_já ouviu falar? Você nunca fez nada parecido alguma vez?_ seus olhos descem e encaram a minha boca por longos segundos.
_não, nunca teria coragem de fazer algo tão indevido assim em público_digo e ele guarda a mecha do meu cabelo que estava brincando atrás da minha orelha _e você já fez algo assim?
_Digamos que eu sou quase um mestre dos lugares inusitados_ eu sorrio da sua comparação e ele acaricia a minha bochecha com as costas da mão.
_é uma pena que eu nunca vou sentir essa sensação_ brinco sabendo aonde aquela conversa me levaria.
_não seja por isso, eu posso..._ele se inclina para falar no meu ouvido, sua mão desce pelo meu pescoço passando pelo meu ombro, costas, cintura e parando na minha bunda.
_Luigi!_uma voz atrás do meu italiano gato me faz saltar de susto.
Então quer dizer que o nome do meu gato é Luigi._acho melhor ser algo muito importante_ele se vira para olhar o outro cara e dá alguns passos em sua direção.
A roupa de ambos são parecidas e presumo que ele também trabalhe durante a festa._é aquele probleminha..._ o cara me olha por alguns segundos e volta a sua atenção ao meu italiano gato.
_é importante..._o cara olha novamente para mim e percebo que ele não vai dizer nada enquanto eu estiver aqui.
Luigi olha para mim e eu ando um pouco para ficar ao seu lado._não se preocupe eu vou procurar Melissa, tenho que falar com ela sobre algumas coisas. vocês podem conversar aqui.
Coloco uma das minhas mãos no ombro dele e o provoco sussurrando em seu ouvido. Bom, dois podem jogar esse jogo.
_Então quer dizer que seu nome é Luigi? Interessante_ desliso a minha mão que estava no seu ombro pelas suas costas e dou uma leve apalpada em sua bunda_ me faça um favor e não fuja durante a festa, eu posso encontrar outro italiano gato por aí.
Diferente da reação do cara, Luigi sorri e dou uma piscadela para ele antes de ir embora. Mesmo não querendo olhar para a fuça de Melissa eu realmente tinha que perguntar sobre o trabalho.
Volto para onde ela me deixou sozinha quando chegamos mas nem sinal da puxa saco, decido procurar no último lugar onde a deixei falando sozinha e a encontro aos beijos com um italiano.
Rapidamente retiro o celular da bolsa e começo a tirar algumas fotos da cena, essas fotos vão me servir bastante num futuro não tão distante.
_sabe Melissa, o engraçado é que eu não posso nem flertar com alguém mas você pode ficar se esfregando pelos cantos_ olho para o belo jovem com quem ela estava se pegando.
Ele parecia mais novo que ela mas isso não era da minha conta, eu agora tinha provas do quanto ela estava se "esforçando" no trabalho e poderia usá-las em meu benefício.Melissa olha para mim e depois para o meu celular apavorada. Não que eu seja uma pessoa ruim, porém chantagear Melissa com essas fotos é uma jogada de mestre.
Eu estava me sentindo uma protagonista de novela mexicana que estava prestes à começar a se vingar das pessoas que lhe fizeram mal._Carolina o que você..._ela ainda agarrada ao jovem começa a falar mas eu a interrompo.
_não! Não pare por minha causa. Diferente de você Melissa, eu não gosto de arruinar a pegação alheia dos outros. Podem continuar à vontade, eu já achei o que estava procurando, beijos_ mando um beijinho para ela e saio para a festa com um sorriso triunfante.
Bebo algumas taças de vinho branco enquanto ando pelo jardim pensando nos meus próximos passos, se pelo menos eu tivesse essas fotos uma semana antes, eu poderia ter feito muito mais coisas do que ficar esperando em uma fila de banheiro.
Fico triste em saber que manhã mesmo eu iria voltar para o Brasil. Eu não queria voltar, eu nem ao mesmo sair para visitar um ponto turístico, nem comi uma pizza ou até mesmo beijei um italiano.
Isso me faz lembrar de Luigi, meu italiano gato.Onde ele está?Passeio mais um pouco ao redor e não vejo nem sinal do meu italiano gato. Fico olhando os convidados que parecem um pouco impacientes e me pergunto se é normal atrasar num casamento da máfia italiana.
Será que a noiva ou o noivo fugiu do casamento? Acho pouco provável se um deles conseguisse fugir e passar pela aquela muralha de homens ao redor da propriedade. Seria impossível.
Meu celular vibra e eu noto que Mari me enviou uma mensagem me cobrando a foto do meu italiano gato.
Mensagem on:
Mari: Carolina, cadê a foto hein?Carolina: desculpa, eu já tinha até me esquecido. Eu vou te enviar depois porque agora tenho um babado para te contar!Mari: pode começar a abrir a boca!Carolina: eu vou te ligar e m****r umas fotos que eu tirei. Você vai amar as fotos!Mensagem offEntro dentro da propriedade novamente para procurar um lugar reservado para fofocar com Mariana e colido com alguém na porta. Para a minha alegria era Luigi, porém ele agora estava todo molhado de vinho branco ou poderia ser champanhe.
Não sei se amaldiçoou ou agradeço pelo meu jeito desastrado. A camisa branca de Luigi está grudada ao seu corpo e me apresso em pegar um guardanapo para tentar limpar sua camisa.
E de quebra, aproveitar para tocar no seu tanquinho.A mancha parece ficar maior à cada esfregada que dou com o guardanapo, algumas pessoas ao redor estão nos olhando, com certeza me julgando por ser tão desastrada. Tomara que ele não perca o emprego por minha causa, eu me sentiria muito culpada.
_desculpa, eu não queria..._olho para o seu rosto e aquele mesmo sorriso que me faz derreter brilha no seu rosto.
_Não precisa se desculpar, eu sei que foi mero acaso_ ele pisca para mim e sinto minha pressão cair. Posso jurar por sua expressão que ele até gostou dessa situação.
_vem comigo eu tenho uma receita ótima para tirar mancha de roupas brancas_ ele segura minha mão me levando para o fundo do jardim.
Mas o meu vestido é preto.Luigi me pergunta algo, mas estou atenta demais na cena a nossa frente. Fiorella estava brava porque Lucca interrompera sua sessão de fotos com Aurora, aparentemente a filha da Giulia tinha herdado sua obsessão por fotografar e ficava a coisa mais fofa brava. As mãozinhas juntava as pontas dos dedos e sacudiam com velocidade, enquanto as palavras saiam diretas.No fundo, mais especificamente debaixo da mesa dos aperitivos, Tomás se escondia com Chiara e polenguinho, ambos dividindo um prato enorme de bem-casado. Matteo andava pelo espaço procurando a filha sumida, Mari se juntava a uma conversa super animada entre minha mãe, Cassandra e Laura. O resto dos convidados curtiam o vinho e dançavam levemente.Me senti em casa, como um final de festa onde ninguém quer ir embora, onde a conversa é fácil, onde um puxa o outro e logo estão três dançando desajeitados, onde um sempre causa risada em outro e onde você se sente uma peça encaixada no quebra-cabeça montado. Não falta ninguém, não fal
Um ano depois...Eu deveria estar brava por estragarem um vestido tão caro, entretanto me desmonto diante desses pares de olhinhos verdes suplicantes. Solto um longo suspiro, ultimamente vinha dando muitos suspiros e fazendo muitas contagens até dez. E me agacho para ficar na altura dos gêmeos segurando uma caixa branca, como sinal de paz por terem tirado a paciência da mamãe, outra vez.- Desculpa mamma - eles dizem em uníssono, o que quebra qualquer argumento e qualquer resquício de vontade de lhes dar uma lição de moral - não vamos mais correr em lugares inóspitos - diz Aurora.- É impróprios, stupido - repreende Tomás, ganhando uma careta da irmã.- Ei, sem caretas e sem xingamentos. Peçam desculpas, agora - cruzo meus braços para demonstrar que não arredaria o pé daquele banheiro sem minhas vontades obedecidas. Logo, os dois pedem desculpas e se abraçam a contragosto.Por mais que me estresse com as suas brincadeiras, com o comportamento de Tomás e o temperamento de Aurora, eles
Três anos depois...Deixo a porta do quarto de Tomás entreaberta e em passos cautelosos passo por Luigi no corredor, como sempre ele me intercepta para roubar um beijo e como sempre dou um tapa no seu braço antes de entrar no quarto de Aurora.Um quarto com paredes amarelas, móveis brancos, bichinhos de pelúcia coloridos abarrotando as prateleiras e estrelinhas brilhantes grudadas no teto. Muito diferente do quarto do irmão que preferia as paredes azul escuro, móveis de madeira escura e brinquedos motorizados. Mas sem dispensar as estrelinhas brilhantes no teto, tinha sido a única coisa em comum nos quartos dos gêmeos.Me aproximo da pequena cama com cercadinho, onde a minha menininha estava quase pegando no sono. Acaricio os cabelos ondulados, dando vários beijinhos nas suas bochechas fofinhas até que caia no sono profundo. A parte mais difícil foi feita por Luigi, enquanto eu tinha cuidado do menininho elétrico. Era nosso acordo, cada um levava um gêmeo para a cama e antes que caiam
- É uma menina! Uma Marianinha! Eu gostaria tanto de vê-la pessoalmente, mas o voo atrasou e nem consegui chegar na Itália - minha mãe fala alegre, do outro lado da chamada de vídeo até seu tom mudar drasticamente - que história é essa que a senhorita continuou trabalhando mesmo estando proibida?Mariana estava com o celular na mão falando com ela, ou melhor, levando uma bronca enquanto eu segurava a recém-nascida nos braços. Mesmo grávida, ela teimou em continuar trabalhando então o esporro era bem merecido. Quando chegamos às pressas no hospital, Mari já havia dado a luz e Matteo parecia desfocado da realidade. Meu italiano gato achou melhor levá-lo para se acalmar na cafeteria, o loiro do banheiro estava mais pálido do que o normal, como se fosse desmaiar. Acho que a ficha finalmente caiu.Tinha acontecido tantas coisas nesse ano que se passou, hoje deveria ter sido apenas uma festa de aniversário infantil e agora estou segurando a filhinha da minha melhor amiga. O mundo não dá vol
Estava uma tarde fria de outono, o vento fazia com que os galhos secos soltassem folhas amarelas sobre as lápides ao redor. Algumas bem cuidadas e outras esquecidas. Meu italiano gato se agacha na frente da nova lápide com o nome de Bárbara Alessa Ferraza e deixa um buquê de rosas brancas, de lado uma pequena lápide com o nome recentemente gravado, Aurora. Luigi retirou uma rosa do buquê e o colocou sobre a pequena lápide.Me agacho e deixo um pequeno lencinho com o nome que Bárbara colocaria em sua filha, se ela existisse. Aconteceu tudo muito rápido, Luigi aproveitou a guarda baixa da loira para salvar nossos filhos mas ninguém imaginaria que ela tiraria sua vida ali. Quando pediu perdão por tudo o que tinha feito, percebi de cara que não estava bem da cabeça. Tinha o olhar perdido e parecia pertubada, oca por dentro após a morte da irmã.Luigi estava de costas, tinha respondido com sinceridade e alívio o tão sonhado "sim" dela. Ele não viu quando a garrucha foi posicionada ao lado
- Fique longe dos meus filhos, sua maluca! - Carolina abre a porta de supetão e fica imóvel quando percebe o que tenho em minhas mãos. Luigi toma a frente, considerando a garrucha e guiando sua noiva para atrás de si. Vê-lo protegendo-a de mim, me faz questionar o quanto tudo havia mudado.O meu Ézio, outrora nunca duvidaria de um ato meu, ele me conhecia e confiava até de olhos vendados. Me senti insultada, o que essa Carolina fez com a sua cabeça? Ela o tinha manipulado como bem pretendia, ela assim como todos roubou Luigi de mim.- Bárbara, abaixe a arma e vamos conversar, por favor - seu tom era contido, mas eu o conhecia muito bem para saber que estava furioso comigo - por favor, eu te conheço e você não é assim...- Assim, como? - estreito os olhos - como a Raquel, iria dizer? - Não, não. Você é diferente, não é o tipo de pessoa inconsequente...- Se realmente me conhecesse, não duvidaria - retruco.- Bárbara, você está segurando uma arma apontada para os meus filhos e espera q