LOGINDepois que tranquei a faculdade, meus pais não me pressionaram. Mas a amiga de infância do meu namorado, que sempre cultivou a imagem de ser uma pessoa superinteligente, me ligou. Eu estava ocupada aproveitando a vida no interior, cultivando uma horta, nadando no riacho, sem tempo algum para programar. Na vida passada, ela entregou, um dia antes de mim, um projeto de programação idêntico ao meu. Todos me insultaram, dizendo que eu era desavergonhada, acusando-me de plágio e fraude. Tentei me explicar, mas ninguém acreditou em mim. Depois, ela ainda fez lives, caluniando-me na internet, dizendo que eu praticava bullying no campus. Atacaram minha família nas redes sociais de maneira enlouquecida, meus pais, tentando fugir de perseguidores extremistas, acabaram sofrendo um acidente de carro e faleceram. Não suportando o golpe, saltei de um prédio alto, morta sem poder descansar em paz. Até o último instante, enquanto minha consciência se dissipava, eu não conseguia entender o que havia acontecido. Era claramente o fruto do meu próprio esforço, por que alguém conseguiu publicar antes de mim? Quando abri os olhos novamente, eu, Sílvia Simões, voltei para o dia anterior ao incidente do plágio.
View MoreDepois de dizer isso, avô Alfredo recitou um feitiço, tocou levemente a água no copo e me entregou para beber.— Beba esta Água de Ouro, e não importa qual encanto seja, nenhum terá mais efeito sobre você.De fato, assim que bebi, o colar de repente afrouxou e consegui tirá-lo facilmente.Depois, avô Alfredo pegou um frasco de poção, pingou algumas gotas no pingente do colar e falou todo contente:— Quando o encanto parasita morrer, tanto quem lançou o feitiço quanto o encanto dominante certamente sofrerão o efeito reverso.— Menina, não se preocupe, vá fazer o que precisa ser feito.Ao terminar, o gato preto de avô Alfredo miou preguiçosamente, como se dissesse: — Pode deixar, essa parte também é comigo.Quando avô Alfredo terminou de cuidar dessas coisas, vovó e mamãe já tinham preparado a comida.Nós cinco jantamos juntos, alegres e satisfeitos. Depois da refeição, avô Alfredo saiu abraçado ao gato.No dia seguinte, voltei para a escola.Assim que cheguei, Héctor me procurou para da
Do outro lado da linha, não houve resposta por um bom tempo, então desliguei o telefone.Enquanto eu ainda estava pensando nisso, minha avó e meu pai chegaram em casa trazendo um visitante.O senhor era um idoso de cabelos totalmente brancos, segurando um cachimbo antigo, e atrás dele veio um gato completamente preto.— Alfredo, esse é a minha neta querida. Veja se ela não está com alguma coisa ruim grudada nela, por favor!— Minha neta, esse é aquele grande sábio de quem te falei. Pode chamá-lo de avô Alfredo.Minha avó recebeu o senhor dentro de casa, olhando para mim cheia de preocupação.Não sei se era impressão minha, mas desde que aquele gato preto entrou junto com o avô Alfredo, não tirou os olhos de mim nem por um segundo.Obediente, contei para o avô Alfredo, sem esconder nada, todas as coisas estranhas que aconteceram comigo ultimamente.Incluindo que meus códigos foram copiados, minhas ideias roubadas, e até mesmo pensamentos recém-surgidos na minha mente pareciam ser perceb
Os colegas que antes bajulavam Mariana agora abriram o microfone para xingá-la sem piedade.— Não acredito nisso! Faltando uma hora para a competição, o programa da Mariana deu BUG, ainda apagou nossos módulos complementares e destruiu todo o nosso trabalho!— Pois é! Trabalhamos duro por um mês e ela acabou com tudo. Tentamos pedir para ela corrigir, mas não entende nada do código, ainda fez vários erros, e agora nada mais funciona!— Pelo amor de Deus, começo a suspeitar que ela copiou tudo antes, por isso nem sabe o básico!— Pelo amor de Deus, alguém me ajuda a resolver isso, estou ficando louco!!!As reclamações aumentavam, e muitos curiosos logo entraram na discussão.— Só agora vocês perceberam? Já tinham dito que ela só entrou na Universidade A porque os pais são professores e compraram a vaga pra ela.— As notas dela mal davam para entrar numa faculdade técnica, não chegavam nem perto do mínimo da Universidade A, mas arranjaram para ela uma vaga de estudante especial.— Meu De
Depois de avisar Héctor para não seguir minha ideia, deitei-me sob a cadeira de balanço no quintal e fiquei pensando em uma solução.O céu estrelado do interior era incrivelmente límpido, com pontos de luz cintilando, indicando o caminho para quem estivesse perdido.Foi nesse momento que minha avó apareceu, trazendo metade de uma melancia, e me entregou, perguntando:— Minha netinha querida, no que está pensando? Está tão distraída.Olhando para o rosto bondoso da minha avó, não tive coragem de falar a verdade. — Vovó...Ela sorriu ao ouvir isso e começou a abanar-me suavemente com o leque que tinha nas mãos.— Minha netinha, você não consegue esconder nada da vovó. Fale logo, o que aconteceu ultimamente?Minha voz saiu baixa, com um tom embargado.— Vovó, eu não sei por quê, mas as minhas coisas sempre acabam sendo roubadas por outras pessoas, e ainda me culpam por isso.— Não importa o que eu pense, ela sempre pensa igual a mim, como se, como se...Minha avó ficou pensativa por um in
Fiquei programando até o fim da tarde, quando vovó trouxe uma tigela de carne de boi bem cheirosa e sorriu para mim.— Minha netinha, por mais ocupada que esteja, tem que comer. Vovó fez essa carne especialmente pra você, vem experimentar.Fechei o notebook e me espreguicei feliz. — Obrigada, vovó, já tô até com água na boca.Desde pequena eu adorava o boi cozido da vovó, temperado na medida certa, com aquele molho feito de especiarias e caldo de osso, um aroma irresistível e sabor inigualável. Pena que desde que fui para a faculdade, mal tive chance de comer de novo.Peguei um pedaço grande de carne, pronta para comer, mas vovó bateu levemente na minha mão e me entregou uma toalha.— Menina sapeca, limpa a mão antes de comer!Rindo, limpei as mãos e foi então que vi a tela do celular acender.Quando olhei, percebi que o grupo estava em polvorosa de novo.Logo depois da minha ligação com Héctor, Mariana postou mais uma vez o próprio código do programa. Como era de se esperar, era idênt
No dia seguinte.Nossa família, nós três, viajou por nove horas de trem e depois mais duas horas de ônibus intermunicipal até finalmente chegarmos à casa da vovó.Assim que chegamos na entrada da vila, vovó já estava lá, segurando um grande cachorro preto para nos receber.— Ai, minha netinha querida, finalmente resolveu vir me ver, hein? Mas como é que ficou ainda mais magrinha?— Vovó, que saudade de você!Eu não consegui me segurar e pulei nos braços de vovó, sentindo o cheiro de sol e carinho que vinha dela, e chorei baixinho algumas vezes.Vovó achou que era medo do cachorro preto e logo a repreendeu.— Leo, para com isso, hein? Não quero que você assuste minha netinha, já pensou?Na mesma hora, parei de chorar e, enxugando as lágrimas, acariciei a cabeça de Leo.— Vovó, não foi nada, só estava com muita saudade sua e do Leo.Mas meu gesto não acalmou Leo, normalmente dócil, ela latia alto para mim e pulava tentando agarrar minha mão com as patas, como se estivesse muito aflita.V






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