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Me Casei com o Padrinho no Meu Casamento

Me Casei com o Padrinho no Meu Casamento

By:  GiuliaCompleted
Language: Portuguese
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No dia do casamento, Afonso entrou tarde no salão, de braço dado com sua primeira paixão, vestindo o traje de padrinho. O terno do noivo? Jogado de qualquer jeito no sofá, num claro sinal de desordem. — Afonso, hoje não é o nosso casamento... — Júlia. — Ele interrompeu, com uma voz fria, cheia de aviso enquanto olhava para mim firme. — Você sabe muito bem o que pode e o que não pode dizer. Seja madura, não me faça te odiar. Só pude soltar um sorriso amargo. Tudo isso aconteceu porque a primeira paixão de Afonso perdeu a memória. Desde então, todos ao redor entraram nesse teatro coletivo para ajudá-la a recuperar as lembranças. Ninguém podia permitir que ela se sentisse perturbada. Para manter a paz, Afonso até tentou me consolar, aproximando-se para um abraço e murmurando ao meu ouvido: — Juju, você entende meu lado, certo? Acenei em silêncio, e fui capaz de me desprender de tudo ao segurar a mão do verdadeiro padrinho e seguir de cabeça erguida rumo ao altar. No entanto, mais tarde, enquanto eu, grávida, fazia compras no shopping, Afonso apareceu diante de mim, com os olhos cheios de lágrimas. — Juju, não estávamos apenas atuando todo esse tempo? Como você pôde engravidar?

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Chapter 1

Capítulo 0001

No dia do meu casamento, Afonso Melo não dava sinal de vir.

Quando eu já temia que algo grave tivesse acontecido, ele entrou no salão de festas; vestia o terno de padrinho, na lapela uma flor azul- esverdeada, e, de mãos dadas, trazia Catarina Alves em um enorme vestido branco. Por um instante, eles pareciam o verdadeiro casal de noivos.

Os outros padrinhos correram e o puxaram para o canto.

— Você enlouqueceu? — Sussurrou um deles. — Além de chegar atrasado, ainda traz ela aqui?

Afonso suspirou, franzindo a testa, e respondeu:

— A Catita voltou àquele dia do nosso primeiro beijo no colégio. Ela acredita que estamos juntos desde a formatura. Eu não podia deixar ela sozinha, entende?

Catarina ficou ali, com olhar perdido e inocente, enrolando os dedos, nos quais reluzia a minha aliança.

Afonso então veio em minha direção, ainda segurando Catarina. Cobriu a mão dela com a dele e, tentando sorrir, disse:

— Juju, toda felicidade do mundo nessa nova fase.

O salão inteiro silenciou.

Encareio, sentindo a indignação quase me sufocar.

— Você me deseja felicidades? Hoje não é o nosso...

— Júlia! — Ele interrompeu, apressado. Um lampejo de pânico passou por seus olhos. Olhou para Catarina, certificando-se de que ela não havia percebido nada, e se voltou para mim com uma dureza que jamais conhecia nele.

Fiquei sem reação. Ele nunca tinha me tratado assim.

Houve um tempo em que, assustada com notícias de violência, eu chorava, e ele me embalava jurando que nunca levantaria a voz contra mim e se um dia me fizesse mal, que ele queimasse no inferno.

Aquelas promessas ainda ecoavam, mas agora ele me acusava de falta de compreensão.

— Você consegue me entende, certo? — Ele insistiu.

Demorei, mas acabei assentindo. Um traço de alívio atravessou seu rosto.

Afastei-o com delicadeza, fui até Catarina e estendi a mão.

— Srta. Catarina, desculpe, mas a aliança que está usando é minha. Pode devolvê-la, por favor?

Catarina congelou. Segundos depois, ela se pôs a chorar, olhando para Afonso com lágrimas nos olhos.

— Afonsinho, você não disse que era um presente porque recuperei a memória? Como pode ser o anel dela? Você mentiu para mim?

Atordoado, Afonso lhe enxugava as lágrimas com as costas da mão.

— Não chora, Catita. Ver você assim me mata.

Eu, a noiva, permaneci no mesmo lugar, observando meu noivo consolar outra mulher, enquanto à minha volta alguém resmungava que a culpa era minha por deixar a amiga de infância em prantos.

Um dos amigos dele se apressou em intervir:

— Foi mal, gente. Eu que me confundi. As alianças ficaram comigo e acabei misturando com o presente do Afonsinho.

Criada como princesinha, Catarina torceu a boca e, com desprezo, atirou a aliança no chão.

— Não uso anel de ninguém!

O anel rolou até parar junto ao pé de um convidado. Me abaixei para pegá-lo, no instante em que meus dedos tocaram o metal, o salto fino de um sapato se cravou na minha mão.
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