Se ouviu Raíssa rir baixinho algumas vezes:— Ha ha, eu estou...De repente, uma voz interrompeu Raíssa através do telefone.— Raíssa, aquele homem é tão bonito. E ainda dá para tocar nos músculos abdominais dele. Raíssa, vamos tocar nos músculos dele!As têmporas de Alexandre começaram a latejar com mais intensidade. Parecia que Laura finalmente tinha percebido que Raíssa estava ao telefone e se aproximou:— Com quem você está falando? É com o professor Alexandre?Ela se apertou ao lado de Raíssa, aproximou a boca do telefone e disse:— Professor Alexandre, hoje à noite a Raíssa vai dormir comigo, então não precisa esperar por ela, ok?Alexandre escutou cada palavra sem perder uma sílaba. Em seguida, pareceu ter ouvido passos ao fundo.— Raíssa, Raíssa. — Alexandre chamou várias vezes ao telefone, seus passos se apressando enquanto saía pelos portões da escola.— Hã? — A voz de Raíssa finalmente voltou a soar, ainda com um tom levemente embriagado.— Onde você está? — A voz de Alexand
Raíssa sorriu e disse:— Não tinha muito tempo livre.Laura também sabia o quanto ela era determinada, provavelmente tinha dedicado todo o seu tempo aos estudos.— Não tem problema, beba o quanto conseguir, o resto deixa para mim. Agora sou imune ao álcool.As duas comiam, bebiam e conversavam sobre assuntos cotidianos. Enquanto comiam, Raíssa percebeu que Laura a observava fixamente. Raíssa achou estranho aquele olhar:— O que foi?Ao ver o sorriso malicioso no rosto da amiga, Raíssa teve um mau pressentimento, que logo se confirmou quando ela perguntou:— Sua vida sexual tem sido bem satisfatória ultimamente, né?Se fosse outra pessoa, Raíssa talvez não se importasse tanto, mas sendo a Laura, ela ainda se lembrava da época em que a amiga assistia a mais de dez filmes pornôs por semana.O rosto de Raíssa esquentou, e ela lançou um olhar de repreensão. Laura puxou o braço dela, zombando:— Você já tem uma filha crescida, ainda vai ficar com vergonha? Conta logo! Se não se importar, pod
Alexandre lançou a ele um olhar leve. Esse olhar cheio de significados fez com que Felipe interpretasse mal:— Não tem problema, é normal os casais brigarem. Você só precisa mimá-la mais. Sua esposa gosta de jaca? Que tal levar uma jaca para casa hoje à noite? A polpa serve para agradá-la, e a casca... Bom, você pode guardá-la para se ajoelhar.Alexandre olhou para ele profundamente:— Professor Felipe, parece que tem bastante experiência.Felipe deixou escapar um lamento amargo:— Minha ex-namorada fazia exatamente isso comigo. Foi assim que desenvolvi uma inflamação no joelho.Alexandre refletiu e agradeceu mentalmente por sua esposa não ter esse tipo de gosto. Ele achava que, de fato, sua esposa era a mais gentil do mundo....— Raíssa.— Laura.Raíssa e Laura se encontraram no restaurante combinado e se abraçaram como velhas conhecidas da mesma terra natal que não se viam há muito tempo. Os outros clientes do restaurante não conseguiram evitar olhar para elas.Uma era verdadeiramen
Naquele instante, o pão e o biscoito chegaram ao mesmo tempo diante de Raíssa.Os olhos de Henrique estavam escuros como breu, como se aguardasse a escolha de Raíssa.Gael, ao perceber a situação, se apressou em dizer:— O pão do Dr. Henrique é maior, dá mais sustância. Melhor você comer.Enquanto dizia isso, ele já puxava a mão para trás. No entanto, o biscoito em sua mão foi tirado rapidamente.— Não tem problema. — Respondeu Raíssa com calma. — O lanche que pedi por delivery já está chegando. Não quero comer muito, o biscoito está na medida.Depois de falar, ela ainda fez um gesto educado com a cabeça em direção a Henrique:— Obrigada, Dr. Henrique. Pode ficar com o pão.Gael olhou para Henrique e notou sua mandíbula contraída. Pensou que, se fosse com qualquer outra pessoa, Raíssa provavelmente teria aceitado os dois e agradecido de forma educada, mas com Henrique, ela parecia nem se dar ao trabalho de disfarçar. Pelo visto, as enfermeiras estavam certas: o Dr. Henrique realmente h
Ela já tinha trocado o estetoscópio por um novo.O olhar de Henrique brilhou por um instante, com a sensação vaga de que aquele modelo de estetoscópio lhe era familiar.— Então comprou um novo estetoscópio.Raíssa percebeu que o olhar de Henrique estava fixo no seu novo estetoscópio. Como se temesse que ele o pegasse de novo, rapidamente o agarrou e enfiou no bolso do jaleco.Esse gesto incomodou Henrique profundamente. Ele sorriu com ironia:— Parece que fui eu que entendi tudo errado.Assim que terminou de falar, apertou o saco que segurava nas mãos e se virou para sair de onde Raíssa estava.Raíssa murmurou baixinho:— De fato, foi você quem entendeu errado.Mesmo que Alexandre não tivesse lhe dado um novo, ainda assim ela não aceitaria nada que Henrique comprasse. Só de pensar em andar com aquilo pendurado o dia todo já a deixava desconfortável.O escritório, antes silencioso, agora estava tomado por um clima gélido. Na porta, duas enfermeiras nem ousaram respirar. Andaram com pass
O rosto dela corou intensamente, e ela estendeu a mão para empurrá-lo.— Não se mexa.Alexandre puxou o ar entre os dentes, sentindo um calafrio, enquanto o fogo em seus olhos parecia prestes a consumi-la por completo.As lágrimas de Raíssa pareciam prestes a escorrer. Com um tom de mágoa, ela disse:— Quem deveria não se mexer é você.Apesar de também gostar de fazer esse tipo de coisa com Alexandre, a resistência dele era impressionante. Sempre que ela dizia que não aguentava mais, ele ainda estava com energia total. No final das contas, ela já não sabia quem parecia mais velho em termos de desempenho físico.A ponta do dedo de Alexandre pressionou o lábio inferior dela.— Ainda vai me chamar de pai idoso? — Raíssa balançou a cabeça com vigor. — Quer terminar mais rápido?Ela assentiu repetidamente.— Então como deveria me chamar?Raíssa respondeu quase sem hesitação:— Marido. Marido. Marido. — A voz dela saiu macia como o miado de um gato, com um leve tremor.O pomo-de-adão de Alex