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Capítulo 72
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Quando o Amor Bate à Porta Capítulo 100
Mas, na varanda, como se houvesse uma linha divisória entre luz e sombra, a silhueta alta e esguia do homem permanecia na penumbra.Ninguém sabia que ele estava respondendo àquela pergunta com toda a seriedade....Maristela chegou um pouco tarde à empresa naquele dia. Embora o horário fosse flexível, com o fim do ano se aproximando e a avaliação anual batendo à porta, todos tinham começado a se empenhar mais.Assim que se sentou em sua estação de trabalho, ainda lembrava que, dias antes, seu computador havia apresentado problemas. Chamou o técnico, mas a máquina continuava sem conserto, e ela acabou tirando o tablet da bolsa para usar.Mal tinham se passado dois minutos desde que ela se sentou, sem nem ter tirado o casaco, quando começou a reunião de rotina. O processo era sempre o mesmo. Ao final, Beatriz a chamou.Beatriz queria que ela aceitasse um trabalho particular: criar o desenho de um vestido de gala.O prazo era de quinze dias, e Beatriz já havia acertado um valor justo. Mar
Quando o Amor Bate à Porta Capítulo 99
— Onde já se viu falar assim do próprio irmão? Você não pode desejar coisas boas para ele? — Antes que Vanessa respondesse, Rafaela continuou. — Eu sei, o primo do Antônio não é o Paulo? O avô do Paulo é um antigo professor da Universidade Nova Lusitana. Aposto que ele não aceitaria uma situação dessas.Vanessa não conseguiu responder e, no fundo, também se sentia insegura. Ela segurou Rafaela pelo braço e a acompanhou até o pequeno jardim lá fora. As duas caminharam juntas.Rafaela parecia uma senhora amável e brincalhona, mas no passado havia acompanhado Marcelo pelos caminhos turbulentos do mundo dos negócios, adquirindo uma vivência e uma visão de mundo nada comuns.Vanessa ainda tentou resistir:— Estou falando só no caso de que...— Mesmo que seja no caso, não pode. Essas coisas você só pode dizer para mim. Se seu pai ouvir, ele é capaz de morrer de raiva. A pressão dele vai lá em cima....Quando Aureliano voltou para casa, Tito estava deitado no sofá. Ele levantou a cabeça para
Quando o Amor Bate à Porta Capítulo 98
Aureliano sentiu uma pontada no centro da testa. Baixou os olhos e mordeu uma maçã.Do lado de fora, a noite estava densa e escura. Apenas as luzes dos postes e o vai e vem difuso de pedestres e carros quebravam a escuridão.A claridade incidia sobre o rosto dele, profunda e fria, e sobre a maçã em sua mão, vermelha e brilhante.Eulália lhe deu a maior e mais vermelha de todas. Quanto mais ele comia, mais azeda parecia.— Diga para a mãe que, na próxima semana, não vou ter tempo, nem na seguinte. Que ela não se preocupe com esses assuntos. Quanto às moças distintas que ela indicou, eu não vou encontrar nenhuma.Vanessa achava que, naquele momento, o problema não era marcar ou deixar de marcar encontros.O problema era que seu irmão, o filho mais novo da família mais poderosa do Grupo Martins, em Serra da Lua, estava prestes a se meter no casamento de outra pessoa.— Aureliano, você tem ideia do que vai acontecer se a mamãe e o papai descobrirem isso? Isso vai ser um desastre.— Pois é,
Quando o Amor Bate à Porta Capítulo 97
A menina assentiu com a cabeça.— E do Sr. Marcos?— Gosto, sim.A mãe do Marcos era muito próxima da Sra. Juliana, pois moravam no mesmo condomínio. Quando a Sra. Juliana estava sozinha em casa e o chuveiro vazava ou a luz queimava, se o Marcos estivesse disponível, ele ia até lá para ajudar a consertar. Eulália já o tinha visto muitas vezes.Maristela imaginava que ouviria da menina uma resposta direta, porque, nessa idade, as crianças ainda não pensam de forma tão complicada quanto os adultos. Mas Maristela não esperava ver no rosto dela um traço de hesitação, como se estivesse refletindo.— Gosto do Sr. Marcos, mas do Sr. Aureliano eu gosto muito mais.Maristela ficou em silêncio.A menina continuou:— Mamãe, no meu aniversário, o Arthur e o Sr. Aureliano podem vir juntos?O aniversário de Eulália seria dali a uma semana.Ela passou a mão nos cabelos da filha.— Eulália, nesse dia vai ser sábado. Nós vamos visitar a sua bisavó.A menina ficou um pouco desapontada, mas logo voltou a
Quando o Amor Bate à Porta Capítulo 96
Aureliano estava sentado no sofá. Era pequeno, mas muito macio.Sobre ele havia uma almofada bege. A sala não era grande, mas transmitia aconchego em cada canto.Na mesa, havia um vaso transparente com flores, e na janela, havia alguns vasos com suculentas.A televisão também era pequena, ainda de modelo antigo. Na mesa, havia alguns adesivos com desenhos que meninas costumavam gostar. O ar tinha um perfume fresco e acolhedor.A superfície da mesa estava um pouco desorganizada: havia livros da menina e um cartaz feito à mão, espalhados entre várias canetas aquareláveis. Assim que chegava em casa, Eulália se apoiava ali e desenhava com muita atenção.Aureliano a observava.Eulália levantou a cabeça e perguntou:— Sr. Aureliano, o senhor quer comer fruta?Aureliano pensou em dizer "Não quero", mas acabou balançando a cabeça afirmativamente.A menina se levantou de imediato, correndo até a geladeira. Ao correr, o rabo de cavalo balançava de um lado para o outro, uma graça que só.Ela abri
Quando o Amor Bate à Porta Capítulo 95
Dentro do condomínio, poucas pessoas sabiam que ela e Gabriel haviam se casado e se divorciado, e que tinham tido um casamento por acordo. Não era exatamente um assunto de que as pessoas pudessem falar com orgulho a qualquer momento, especialmente para as pessoas mais velhas, que dificilmente entenderiam.Em vez de gastar palavras tentando explicar, ainda mais para quem não queria ouvir, ela sabia que não adiantaria nada."Você pode se explicar o quanto quiser, mas, se for para senhoras de setenta, oitenta anos, elas não vão acreditar."Com o tempo, Maristela passou a se concentrar apenas em viver bem a própria vida. As palavras maldosas, ela simplesmente escolhia não ouvir.Quando chegaram à porta de casa, Eulália, de repente, sorriu para ela, como se achasse que a brincadeira de agora há pouco tivesse sido divertida.No mundo puro e inocente da menina, ver a mamãe empurrando o Sr. Aureliano para a frente era como participar de um jogo.Maristela também sorriu, esticou o dedo e tocou
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