Ao levantar o pé, pisou em um coelho cor-de-rosa, gordinho, de tom suave, com duas orelhas compridas. Nas costas do coelho, havia um par de asas de abelha.Aureliano se lembrava bem daquele brinquedo. Silvana gostava especialmente dele. Ele dizia que era um coelho mutante, uma coisa esquisita, sem pé nem cabeça. Era feio, ainda por cima com asas nas costas.Silvana então ficava em silêncio, o encarando com os olhos arregalados. Ela adorava aquele coelhinho, e ele falava mal de propósito, só para provocar.Eles foram a um cinema, e tinham aquelas máquinas de pegar bichinhos de pelúcia. Ele conseguiu pegar esse para ela.Silvana queria muito o brinquedo, ficava puxando o braço dele, toda manhosa. Ela foi tão exigente que até aquele treco feioso ela acabou por devolver.Naquela noite, Aureliano ficou tão irritado que ligou para ela. Descobriu que o número tinha se tornado inexistente. Ela terminou tudo de forma limpa, sem levar nada, e desapareceu como se nunca tivesse existido.Durante e
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