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Tarde Demais Para Lamentar, Agora Sou Minha Própria Rainha
Tarde Demais Para Lamentar, Agora Sou Minha Própria Rainha
Penulis: Isis Rocha

Capítulo 1

Penulis: Isis Rocha
Cláudia Azevedo, amante de Eduardo Pereira, estava grávida.

No celular de Sabrina Soares, aparecia um exame de gravidez que Cláudia havia lhe enviado. Durante três anos de casamento, Eduardo e ela sempre usaram métodos contraceptivos, simplesmente porque ele dizia não gostar de crianças e não querer que ela passasse pela dor do parto. Na época, ela acreditava piamente que aquele homem a amava perdidamente.

Agora, pensando bem em tudo isso, percebeu que não passava de desculpas esfarrapadas de Eduardo!

Um brilho gelado surgiu nos olhos de Sabrina enquanto segurava firmemente o celular, e o arremessou com força contra a foto de casamento na parede.

No segundo seguinte, o vidro da moldura se estilhaçou e a foto despencou, como o casamento deles, que já estava completamente despedaçado!

...

No salão de leilões Atlântica de Areal, lustres de cristal derramavam uma luz dourada como chuva de estrelas, banhando todo o ambiente num brilho majestoso que fazia qualquer pessoa suspirar de admiração.

Obras de arte refinadas decoravam as paredes enquanto vitrines repletas de antiguidades raras completavam a atmosfera, mostrando claramente que aquele não era um leilão qualquer.

O evento já havia passado da metade quando os lances ecoavam sem parar pelo salão, cada peça despertando disputas ferozes entre os presentes que não economizavam dinheiro.

Nas rodadas anteriores, Eduardo havia arrematado praticamente todas as joias mais cobiçadas da noite.

Colares deslumbrantes, pulseiras que brilhavam como fogo e brincos que pareciam capturar a luz das estrelas iam sendo cuidadosamente dispostos diante de Cláudia, que os contemplava como uma criança diante de doces numa vitrine.

— Sr. Eduardo, não sei nem como agradecer por tantas joias lindas! — Murmurou Cláudia com aquela vozinha melosa que já se tornava sua marca registrada.

Suas mãos deslizavam pelas peças preciosas com a delicadeza de quem tocava pétalas de rosa, mas seus olhos brilhavam com uma ganância que ela mal conseguia disfarçar.

Cada uma daquelas joias valia mais do que ela conseguiria juntar trabalhando a vida inteira, e agora Eduardo as entregava para ela como se fossem flores colhidas no jardim.

— Fico feliz que tenha gostado. — Respondeu Eduardo, se inclinando ligeiramente e um sorriso discreto brincando em seus lábios.

Então, ele tirou um cartão preto do bolso e o estendeu para ela com elegância.

— Daqui a dois meses você vai para o exterior ter o bebê. Já acertei tudo com a melhor equipe médica que existe.

O sorriso radiante de Cláudia murchou na mesma hora, como uma flor que perdia as pétalas, e uma sombra de descontentamento passou por seu rosto antes que ela conseguisse controlá-la. Mordeu o lábio inferior enquanto sua voz saía num fio quase inaudível:

— Será que não posso ter o bebê aqui mesmo? Sozinha lá fora, sem conhecer ninguém, fico com medo...

— Lembre-se do seu lugar! — A voz de Eduardo cortou o ar como uma lâmina gelada, e seus olhos se estreitaram numa advertência que não admitia réplica.

O tom gélido fez o coração de Cláudia dar um pulo no peito. Percebendo que havia pisado em terreno perigoso, ela rapidamente mudou de postura, assumindo aquela expressão de cordeirinha que sabia que funcionava.

— Claro, Sr. Eduardo. O senhor sabe o que é melhor. Vou fazer tudo certinho como o senhor mandar!

Por fora, ela era de uma pura docilidade, mas por dentro suas engrenagens mentais já estavam funcionando a todo vapor.

Ela havia imaginado ingenuamente que a gravidez seria sua carta na manga para conquistar Eduardo de vez e fazer Sabrina sair de cena, mas a realidade mostrava que as coisas não eram tão simples assim.

Mesmo assim, não havia motivo para desespero. Cláudia pegou o cartão preto sabendo que o filho em seu ventre era seu maior trunfo, e ela tinha mais de um ás na manga para fazer Sabrina cair fora por conta própria!

Foi naquele momento que as portas pesadas do salão se abriram devagar, e o rangido dos gonzos ecoou pelo ambiente silencioso, fazendo todas as cabeças se virarem para ver quem estava chegando.

Uma aparição vermelha e deslumbrante surgiu na entrada, cortando a respiração de mais de um presente.

Sabrina desfilava num vestido vermelho que parecia ter sido pintado em seu corpo, cada curva realçada pelo tecido dançava ao ritmo de seus passos. Os saltos altíssimos faziam suas pernas parecerem quilométricas, enquanto os cabelos ondulados caíam pelos ombros como uma cascata dourada que balançava hipnoticamente.

A maquiagem caprichada realçava seus olhos profundos que pareciam guardar segredos perigosos, enquanto os lábios vermelhos se curvavam num sorriso que misturava mistério e ironia numa combinação devastadora. Ela irradiava uma sensualidade felina que fazia lembrar uma deusa que havia descido dos céus para causar estragos entre os mortais.

Eduardo sentiu a testa franzir automaticamente quando reconheceu a esposa.

Ficou claro que ele não esperava vê-la ali, já que Sabrina sempre demonstrava uma aversão profunda por aquele tipo de evento social.

Já Cláudia sentiu uma onda de ciúme tão intensa que quase a sufocou quando seus olhos pousaram em Sabrina.

A elegância natural daquela mulher e sua beleza estonteante, e o jeito como ela comandava a atenção de todos sem nem tentar, faziam Cláudia se sentir como uma cópia barata tentando competir com a original.

Os punhos se fecharam involuntariamente enquanto pensamentos amargos tomavam conta de sua mente. Por que diabos algumas pessoas nasciam com tanta sorte? Berço de ouro, beleza de revista e ainda por cima casada com um homem como Eduardo, enquanto ela tinha que suar sangue por cada migalha de felicidade que conseguia arrancar da vida.

Sabrina atravessou o salão com a tranquilidade de uma rainha em seus domínios, seus passos ecoando no silêncio que se instalava com sua chegada.

Ela puxou uma cadeira atrás de Eduardo e se acomodou com movimentos fluidos, completamente alheia aos olhares que a acompanhavam ou fingindo não percebê-los.

Com sua chegada, o pequeno alvoroço que havia se formado foi morrendo naturalmente.

O leiloeiro no palco, percebendo que era hora de retomar o controle, exibiu seu sorriso mais profissional enquanto erguia uma caixinha de veludo negro que brilhava sob as luzes do salão.

Quando a caixa se abriu lentamente, foi como se um pedaço do céu estrelado tivesse sido capturado e se transformado em joia. O colar de diamantes que surgiu valia uma fortuna, com uma pedra central que parecia ter roubado o brilho da lua e pequenos diamantes ao redor que cintilavam como uma constelação inteira presa em ouro branco.

Os olhos de Cláudia se arregalaram tanto que pareciam querer saltar das órbitas, um brilho cobiçoso tomou conta de seu olhar enquanto ela engolia em seco. Instintivamente, olhou para as joias espalhadas em seu colo que minutos antes a enchiam de orgulho, mas que agora pareciam bijuterias baratas perto daquela obra-prima.

O coração disparou no peito enquanto ela se inclinava na direção de Eduardo, com os olhos súplices como os de uma criança pedindo um brinquedo novo.

— Sr. Eduardo... — Cláudia sussurrou com aquela voz que derreteria um coração mais duro do que pedra.

Eduardo nem precisou ouvir o resto da frase. Ergueu a plaquinha com um gesto decidido e sua voz cortou o silêncio do salão:

— Dois milhões!

Um sorriso triunfante floresceu nos lábios de Cláudia, ela aparentava ser como um pavão exibindo suas penas mais bonitas. Não conseguiu resistir à tentação de se virar para Sabrina, com os olhos faiscando numa provocação descarada que gritava silenciosamente sobre o quanto Eduardo a mimava.

Mas Sabrina permanecia imóvel como uma estátua de mármore, com o rosto sereno e os olhos distantes, como se estivesse contemplando algo muito mais interessante do que aquela exibição infantil.

A provocação da Cláudia passou batido por ela, sem nem arranhar.

Como era de se esperar, o martelo do leiloeiro desceu com força e mais uma vez Eduardo saiu vitorioso.

Cláudia abraçou o colar recém-conquistado contra o peito, se deliciando com sua pequena vitória enquanto lançava olhares cada vez mais presunçosos na direção de Sabrina.
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