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Capítulo 2

작가: Isis Rocha
Mas o leilão estava longe de acabar.

Depois de uma pausa rápida, os funcionários voltaram ao palco carregando um expositor enorme com a planta detalhada de um terreno que fez os olhos de vários empresários brilharem de cobiça.

O leiloeiro pigarreou e gritou o lance inicial, mas antes mesmo que alguém pudesse processar a informação direito, Sabrina já tinha erguido a plaquinha com uma tranquilidade desconcertante.

— Quinze milhões! — Sua voz cortou o silêncio como uma lâmina afiada.

Cláudia quase engasgou com a própria saliva quando ouviu aquele número absurdo. Como aquela mulher tinha coragem de apostar tanto dinheiro assim, do nada?

— Dezoito milhões! — Gritou alguém do fundo do salão.

— Dezenove milhões! — Outro competidor entrou na briga sem hesitar.

— Vinte e um milhões! — Um terceiro não quis ficar para trás.

O ambiente pegou fogo com aquela guerra de lances que fazia até os milionários mais experientes suarem frio, mas quando o martelo estava quase batendo para fechar negócio, Sabrina ergueu a placa de novo com uma calma que gelou a espinha de todo mundo.

— Vinte e cinco milhões!

Foi como se uma bomba tivesse explodido no meio do salão. Os competidores, que estavam disputando feito loucos alguns segundos antes, agora pareciam ter virado estátuas, se entreolhando com aquela cara de quem acabava de ver um fantasma.

As plaquinhas foram baixando uma por uma numa rendição silenciosa, porque todo mundo sabia que a brincadeira tinha fugido completamente do controle.

Aquele terreno era a joia da coroa que todos os empresários espertos da cidade queriam desde que o Sr. Gustavo anunciou que ia se mudar para o exterior e precisava vender tudo correndo.

A família Soares tinha babado no imóvel, mas quando descobriram que Eduardo estava de olho na mesma propriedade, acabaram desistindo da disputa numa boa. Afinal, com o casamento dos dois, não fazia diferença quem comprasse.

Só que Sabrina não estava nem um pouco disposta a deixar uma oportunidade daquelas cair de graça no colo do marido.

— A Sra. Pereira oferece vinte e cinco milhões! Mais alguém? — O leiloeiro berrou com aquela empolgação típica de quem sabia que estava presenciando algo histórico.

O martelo ficou suspenso no ar que nem uma guilhotina esperando para cair, mas o silêncio era tão absoluto que dava para ouvir uma agulha caindo no chão.

Sabrina se levantou devagar com aquele sorrisinho maroto brincando nos lábios, e quando falou, sua voz ecoou pelo salão inteiro:

— Perdão, mas hoje eu não estou aqui como a Sra. Pereira. Estou representando a família Soares.

A bomba explodiu.

O salão virou um verdadeiro formigueiro, com todo mundo cochichando e especulando sobre o que diabos estava acontecendo entre aquele casal.

Uns franziam a testa tentando entender a jogada, outros esticavam o pescoço procurando alguma pista, e tinha gente que mal conseguia disfarçar o prazer de estar assistindo àquele barraco ao vivo e a cores.

Eduardo sentiu o sangue subir à cabeça quando ouviu aquela provocação descarada da esposa. Como ela tinha coragem de fazer um vexame daqueles na frente de todo mundo?

Cláudia, que estava praticamente grudada nele, aproveitou para sussurrar no ouvido dele com aquela voz de falsa preocupação.

— Sr. Eduardo, sua esposa não está fazendo isso só para provocar o senhor, está? Vinte e cinco milhões não é brincadeira. Será que ela quer mesmo usar seu dinheiro para comprar esse terreno para a família dela? — Ela murmurou enquanto observava cada reação dele.

Eduardo virou para encarar Sabrina, que continuava ali plantada feito uma rainha no trono, irradiando uma confiança que deixava claro que não ia recuar nem meio centímetro. Algo gelado atravessou seu peito quando percebeu que ela estava falando sério.

No último segundo antes do martelo bater, ele ergueu a placa num movimento brusco que fez todo mundo segurar a respiração.

— Vinte e seis milhões!

O salão explodiu. Gente gritando, comentando, rindo, numa algazarra total que parecia ter saído de um estádio de futebol.

— Gente, que loucura é essa? Esse pessoal está queimando dinheiro? — Alguém comentou, incrédulo.

— Nunca vi um casal brigar gastando milhões! O que diabos aconteceu? — Outro respondeu, balançando a cabeça.

A plateia se dividiu entre quem estava tentando entender o que estava acontecendo e quem já tinha puxado a cadeirinha para assistir àquela novela em tempo real.

Sabrina cerrou os dentes quando percebeu que Eduardo tinha topado entrar na guerra. Se era briga que ele queria, então ia ter briga, porque ela não ia dar o braço a torcer nem que fosse a última coisa que fizesse na vida.

Lá no segundo andar, numa sala VIP com janelões que davam vista completa para o salão, um cara de roupas despojadas observava tudo de braços cruzados.

O rosto era daqueles que chamavam atenção, com traços marcados e um olhar que parecia atravessar as pessoas.

O assistente dele, percebendo que o chefe estava interessado no drama lá embaixo, resolveu dar uma ajudinha com as informações.

— Sr. Leandro, aquele ali é Eduardo Pereira, do Grupo Pereira. A mulher sentada atrás é a esposa dele, Sabrina, filha da família Soares. — Explicou, apontando discretamente.

— Engraçado. Quem não conhece vai pensar que a grudenta ali do lado é que é a esposa. — Leandro comentou com um sorriso irônico, claramente se divertindo com a situação.

Depois de tanto tempo fora, ele não esperava encontrar entretenimento tão interessante logo de cara em Areal.

— A que está grudada no Eduardo é a secretária dele, mas pelo que corre por aí, os dois têm um caso meio óbvio. — O assistente completou, olhando para Cláudia, que estava praticamente pendurada no braço do patrão dela.

A intimidade entre eles era tão descarada que chegava a ser constrangedora, especialmente com a esposa legítima sentada bem ali atrás.

— Secretária bem dedicada mesmo. — Leandro murmurou com desprezo.

Para ele, estava claro que a Sra. Pereira tinha decidido que havia chegado a hora de botar as cartas na mesa, ainda mais com a assistente se comportando tão à vontade em público.

O assistente acompanhou o olhar de Leandro e murmurou com um leve revirar de olhos:

— Ter coragem de agir assim na frente da esposa dele só confirma os boatos.

O assistente balançou a cabeça e comentou, incrédulo:

— Esse cara tem que estar cego para trocar uma mulher daquelas por essa aí. Não faz o menor sentido.

— Vamos descer para ver esse circo de perto! — Leandro falou com aquele brilho malicioso nos olhos de quem farejava diversão garantida.

Saiu da sala a passos largos, deixando o assistente correndo atrás para acompanhar o ritmo acelerado do chefe.
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