No momento em que a secretária de Eduardo enviou o resultado do exame de gravidez, Sabrina já soube que aquele homem não era mais seu. Uma amizade que durava mais de dez anos simplesmente não resistiu à intensidade daquela noite com a secretária dele. — Eduardo, eu não te quero mais! — Ela disparou, decidida. Depois do divórcio, Sabrina não estava disposta a ser mais um passarinho preso numa gaiola de luxo. Ela queria recuperar tudo aquilo de que abriu mão por causa dele. ... Leandro queria fugir da pressão da família para se casar, por isso resolveu vir para a cidade de Areal em busca de um pouco de paz. Mas, mal colocou os pés ali, ele se viu envolvido numa confusão de divórcio que nem era dele, e, para piorar, chegou a ser confundido com o amante da mulher envolvida na história. Enquanto observava aquela mulher brilhando como sol, Leandro sorriu de um jeito malicioso, quase em segredo, dizendo: — Sabe, até que ser amante não é tão ruim assim!
View More— Você não quer se divorciar do Eduardo mesmo? Posso te ajudar a resolver isso, mas se ele queimar a cabeça de vez com essa febre, aí você nunca mais vai se livrar dele. — Disse Cláudia, segurando o telefone enquanto um sorriso malicioso se desenhava em seus lábios.Sabrina apertou o celular com força porque, mesmo odiando admitir, as palavras cruéis de Cláudia faziam todo sentido. Se Eduardo realmente ficasse com sequelas por causa da febre alta, suas chances de escapar daquele casamento evaporariam completamente.— Onde vocês estão?— Na Vila Mil Montanhas. — Respondeu Cláudia, com indiferença, mas com uma pontada de provocação que não conseguiu disfarçar.Ao ouvir isso, o coração de Sabrina se contraiu violentamente, como se uma mão invisível o tivesse espremido sem dó. Jamais imaginou que Eduardo já tivesse levado Cláudia para a casa onde eles construíram tantas lembranças juntos.Sabrina desligou sem mais delongas, correu para se trocar e saiu disparada de casa. Ligou o carro, faz
Mas Ivan logo se recompôs, estampou um sorriso forçado no rosto e caminhou rapidamente em direção ao carro.— Sr. Leandro, como foi que o senhor acabou trazendo minha irmã? — Perguntou Ivan, com uma ponta de desconfiança disfarçada por um sorriso meio artificial.— Nos encontramos por acaso. — Respondeu Leandro, acenando discretamente, com o tom conciso e neutro, sem revelar qualquer emoção nos olhos profundos.Ele virou ligeiramente a cabeça para olhar Sabrina ao lado com um olhar que parecia carregar preocupação quase imperceptível.— Muito obrigada por me trazer em casa, Sr. Leandro. — Disse Sabrina, erguendo a cabeça e encarando-o sinceramente com um sorriso suave.— Espero que a Sra. Sabrina honre nossa parceria. — Respondeu Leandro, acenando com a voz grave e magnética.Depois disso, ele se virou com elegância e entrou no carro com passos firmes. O veículo partiu devagar com as lanternas traseiras piscando na escuridão até desaparecer completamente no final da rua.Ivan acompanho
"Antes de tudo, você é você mesma, depois vem qualquer outro papel."Ninguém nunca tinha dito algo assim para ela antes, porque durante todos aqueles anos ela viveu completamente obcecada por Eduardo, abandonando seus próprios gostos e sonhos só para agradar aos caprichos dele.Pensando bem, ela não tinha sido como um passarinho que Eduardo mantinha preso numa gaiola dourada?— Obrigada, Sr. Leandro. — Disse Sabrina, erguendo a cabeça devagar e olhando sinceramente para ele, sentindo uma emoção estranha e reconfortante brotando no peito.— Então, você não quer experimentar esse suco? — Perguntou Leandro, se inclinando ligeiramente e apontando com dedos elegantes para o copo colorido sobre a mesa, com o olhar expectante.Ele admirava genuinamente essa capacidade que Sabrina tinha de manter a calma e se proteger mesmo nas situações mais difíceis.Sabrina soltou um sorriso delicado, aproximou devagar o copo dos lábios e tomou um gole pequeno. O líquido desceu refrescante e doce pela garga
Sabrina levou um susto com aquela voz que surgiu do nada, tremendo antes de se virar rapidamente e encontrar Leandro parado a poucos metros atrás dela.Ficou meio surpresa por um instante antes de soltar um sorriso radiante que, mesmo sendo forçado, continuava encantador:— Jamais jogaria minha vida fora por causa de um homem!— Pelo seu jeito, alguma coisa está te incomodando, que tal tomarmos alguma coisa? — Sugeriu Leandro, inclinando ligeiramente a cabeça com olhar curioso.Como Sabrina estava realmente chateada, ao ouvir o convite, quase não hesitou, abriu um sorriso e respondeu com suavidade:— Como eu recusaria uma gentileza dessas?Ao entrarem no bar Cinco Cores, uma atmosfera intensa e hipnotizante os envolveu por completo. As luzes estroboscópicas no teto dançavam como duendes luminosos, pulsando rapidamente e criando feixes brilhantes que cortavam o ar enfumaçado, dando ao ambiente um clima quase surreal.A música eletrônica parecia viva, bombardeando de todos os lados com b
Pedro levantou a mão fazendo um gesto para parar.— Desde que você saiba qual é o seu lugar, a gente naturalmente vai dar comida na sua mesa.O tom saiu indiferente, como se estivesse deixando claro para Cláudia que tudo o que ela poderia conseguir na família Pereira dependia exclusivamente da boa vontade deles.Cláudia cerrou os punhos com tanta força que as unhas se cravaram nas palmas, sentindo a dor latejante enquanto a raiva e a revolta ferviam por dentro sem que ela percebesse mais nada. Jurou silenciosamente que um dia pisaria em todos eles e assumiria o posto de dona da família Pereira com toda glória.Eduardo saiu de casa e olhou desesperadamente para a rua, mas o carro de Sabrina já tinha sumido há tempos. Por instinto, quis correr atrás, porém, parou no meio do caminho porque pensou em todos os mal-entendidos daquele dia e acabou desistindo da ideia, sabendo que Sabrina estava fervendo de raiva e qualquer conversa só resultaria em mais briga.Entrou devagar no próprio carro
Eduardo explodiu de raiva e, após lançar um olhar furioso para Janete, se virou irritado e saiu dali com passos largos, ignorando completamente Cláudia, que ficou para trás toda arrasada e de olhos vermelhos.— Sr. Pedro, dona Janete, o Eduardo realmente vai me largar? — Perguntou Cláudia, com os ombros finos tremendo enquanto chorava de olhos inchados, as lágrimas descendo sem parar.Ela ficou ali parada, toda frágil e com a cabeça baixa, parecendo uma flor delicada sendo derrubada pela tempestade.Janete olhou para Cláudia e, mesmo sentindo raiva daquela mulher que destruiu a família do filho, pensando na criança que ela esperava, fez um esforço para suavizar a voz.— Fique tranquila, enquanto eu estiver viva, você não vai sair daqui para o exterior, então pode ter o bebê aqui mesmo sossegada. — Disse ela, examinando Cláudia com um olhar calculista misturado com expectativa. — Se você me der um netinho, vai ser uma heroína da família Pereira.Ao ouvir isso, os olhos baixos de Cláudia
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