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Capítulo 7

Penulis: Laranja Rica
Ao ver aquele nome, Clarissa apertou os dedos com força. Seu olhar desceu devagar até a foto de perfil dele no WhatsApp. Era uma garotinha de uns cinco anos estava sentada ao lado de um boneco de pelúcia, comendo melancia com um sorriso radiante no rosto.

Ao perceber quem era a menina na foto, a respiração de Clarissa falhou. Hesitou por alguns segundos, mas acabou ampliando a imagem sem conseguir se controlar. A garotinha tinha um penteado fofo com dois coques, e os traços do rosto lembravam muito os de Renato. Quando sorria, os olhos ficavam curvados, e duas covinhas apareciam nos cantos da boca, dando um ar doce ao sorriso dela.

Só de olhar para a foto, dava para perceber que a menina era o tipo de criança que cativava todo mundo. O coração de Clarissa foi tomado por uma onda de calor que fez a respiração dela ficar mais suave, sem perceber. Os olhos ficaram presos naquela imagem, incapazes de se desviar nem por um segundo.

Como ela demorou muito sem responder, Renato enviou outra mensagem de solicitação: [Quero conversar com você sobre a Daniela.]

Clarissa voltou a si, olhou para o pedido de amizade dele e, sem hesitar, apertou o botão de recusar. Ele não mandou mais nenhuma mensagem depois disso, e Clarissa não ficou surpresa. Afinal, Renato era orgulhoso demais para insistir.

Ouvindo o som da chuva fina batendo na janela, Clarissa se encolheu na cadeira, e os pensamentos dela voltaram para aquela noite dolorosa e aterrorizante. Desde que aquilo havia acontecido, ela passou a ter medo de dias chuvosos e evitava eles a todo custo.

Porque sempre que ouvia o som da chuva, lembrava daquela noite em que Renato a abandonou sem hesitar para proteger outra mulher, deixando ela sem ar. Aquela noite havia sido o último exame pré-natal dela, faltava pouco para o parto, e ao ouvir a chuva caindo lá fora, ela ficou inquieta e ansiosa sem motivo aparente.

Principalmente depois de ouvir aquela mulher ligando para Renato de novo e escutar a voz dele acalmando ela do outro lado da linha. Clarissa se segurou o máximo que pôde, tentando não começar uma briga com ele. Mas quando viu Renato vestindo o casaco e se preparando para sair, a raiva que ela havia reprimido por tanto tempo finalmente explodiu. Com a barriga enorme, ela bloqueou a porta de entrada, decidida a não deixá-lo ir embora.

— Renato, se você sair hoje à noite, a gente termina!

Ela sabia que aquele tipo de ameaça não funcionaria com ele, porque já tinha ouvido sem querer a conversa entre ele e aquela mulher.

— Estou com a Clarissa por responsabilidade, não por amor. — A voz de Renato havia sido fria e definitiva.

Foi naquele dia que ela descobriu que o relacionamento deles era um fardo para ele. Mas mesmo tendo ouvido aquelas palavras com os próprios ouvidos, ela ainda não conseguia deixar de ter esperança. Achava que, depois que o bebê nascesse, conseguiria aos poucos conquistar o coração dele.

Só que as coisas não saíram como ela imaginava. Diante da ameaça dela, Renato ficou calmo:

— Clarissa, ela está em perigo agora e está com medo. Como amigo, eu preciso dar segurança para ela.

Talvez por causa dos hormônios da gravidez, as emoções de Clarissa explodiram de uma vez. Ela chorou e disse:

— Ela está te enganando! Você sabe muito bem que ela só quer que você fique com ela!

Já tinha acontecido isso várias vezes antes, e ela havia brigado com Renato por causa daquilo em diversas ocasiões. Mas toda vez que aquela mulher ligava, Renato saía sem pensar duas vezes. Dessa vez não foi diferente. Ele a encarou com frieza enquanto ela desmoronava e disse com a voz neutra:

— Clarissa, para de fazer drama.

Ao ouvir aquelas palavras, Clarissa perdeu todas as forças de uma vez. Não conseguiu dizer mais nada e só pôde assistir ele indo embora. O apartamento enorme ficou em silêncio absoluto.

Com os olhos cheios de lágrimas, Clarissa soluçou enquanto olhava para a chuva que não parava lá fora. Ficou ali parada por muito tempo, mas no fim enxugou as lágrimas sozinha. Mesmo sabendo que ele provavelmente não voltaria naquela noite, ainda deixou a luz do corredor acesa para ele e ficou encolhida no sofá, esperando.

Naquele meio tempo, viu uma postagem que aquela mulher havia feito nas redes sociais de propósito. Era uma foto das costas de um homem preparando macarrão. A legenda dizia: [Quando você está aqui, não tenho medo de nada.]

Clarissa reconheceu na hora. Aquelas eram as costas de Renato. Ficou olhando para aquela foto por muito tempo, segurando a sensação amarga que subia pelo nariz, e deu um sorriso irônico.

Ouvindo o som da chuva lá fora, ela não sabia como havia conseguido adormecer. Só foi acordada por um trovão ensurdecedor, seguido de batidas insistentes e estridentes na porta. Clarissa fez um esforço para controlar o medo, caminhou até a porta e tentou ver quem estava do outro lado pelo monitor, mas a câmera estava sendo bloqueada por quem estava lá fora.

Aquela sensação de perigo fez ela querer procurar Renato por instinto. Reprimindo o pânico, foi até o quarto e ligou para ele.

— Renato, volta logo, por favor? Tem alguém batendo na porta sem parar, estou com medo...

A voz dela estava embargada, impossível de esconder. Do outro lado, Renato ficou em silêncio por alguns segundos antes de dizer de forma vaga:

— Relaxa, vou voltar o mais rápido possível.

Clarissa percebeu o descaso na resposta dele e soube que ele achava que ela estava mentindo. Estava prestes a dizer algo entre soluços quando ouviu de repente o grito de uma mulher do outro lado:

— Renato!

Logo em seguida, Renato desligou o telefone. Quando ela tentou ligar de novo, o celular dele já estava desligado. O corpo de Clarissa ficou todo tenso. Quando se recuperou, ligou para Rodrigo e explicou a situação.

Pela voz dele, dava para perceber que estava em uma reunião, mas assim que ouviu ela chorando, largou tudo na hora e a acalmou:

— Clarissa, não fica com medo. Já estou indo para aí.

— Tá. — Respondeu Clarissa. Com aquelas palavras, o coração dela se acalmou um pouco, mas as batidas insanas na porta continuavam sem parar. Parecia que a pessoa estava usando alguma ferramenta para forçar a fechadura.

Ela ficou encolhida no canto do quarto, sem ousar fazer o menor som. Quando o barulho lá fora começou a diminuir e ela achou que a pessoa tinha ido embora, estava prestes a se levantar e dar passos leves para verificar, mas ouviu de repente passos apressados vindo de fora do quarto.

Com a voz ameaçadora de um homem desconhecido:

— Onde você está? Sai daí agora!

O coração de Clarissa disparou. Correu para trancar a porta do quarto, mas foi tarde demais. A porta foi empurrada com força pelo homem. Ela se virou para fugir, mas ele agarrou os cabelos dela com violência e a jogou no chão.

Sem dar a ela nenhuma chance de resistir, o homem começou a atacá-la com uma faca afiada, desferindo golpes sem padrão, claramente com a intenção de matá-la. Ela não tinha como se defender.

— O Renato roubou minha namorada, então vou matar a mulher e o filho dele! Se você morrer, a culpa é do Renato! Foi ele que fez isso com você!

Naquela noite, Clarissa não sabia quantas facadas havia levado. Só sabia que estava caída numa poça de sangue, e a última coisa que viu foi Rodrigo... Até perder a consciência, não viu Renato aparecer.

Quando estava na mesa de cirurgia fria, a única coisa que ouvia era o choro de Rodrigo, implorando para ela não dormir. Era a primeira vez na vida que ela via Rodrigo chorando daquele jeito, completamente desesperado.

Ela queria confortá-lo, pedir para ele não chorar, mas por causa da perda de sangue, só conseguiu abrir os lábios sem dizer nada. A sensação de estar à beira da morte tomou conta dela. Naquele momento, ela se arrependeu tanto!

Prometeu a si em silêncio que, se conseguisse sobreviver, passaria o resto da vida longe de Renato e nunca mais teria nenhum tipo de contato com ele.

Naquela noite, Clarissa teve de novo o pesadelo daquela noite terrível. A sensação de terror tomou conta dela, mas não importava o quanto tentasse, não conseguia acordar. Só podia se debater em desespero.

Foi só quando ouviu a voz de Rodrigo chamando ela sem parar que finalmente acordou de um susto. Por instinto, o abraçou com força:

— Rodrigo, sonhei com aquilo de novo...
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