All Chapters of Casada com o CEO: Quando o jogo saiu de controle: Chapter 201 - Chapter 210

Uma única frase atingiu Patrícia bem no coração.Talvez os outros pensassem que ela havia se dado bem na vida, que finalmente tinha voado alto ao conquistar Roberto, um homem tão cobiçado.Mas quantos realmente sabiam que, entre ela e Roberto, a relação sempre foi profundamente desigual?Na verdade, aquele noivado não passava de um contrato assinado.E era exatamente por isso que ela nunca quis torná-lo público.Ser a esposa dele não a fazia sentir-se orgulhosa. Pelo contrário, ela se sentia como um rato vivendo nos esgotos, sempre à beira de um naufrágio.Respirando fundo, Patrícia se esforçou para manter a calma e falou num tom contido:— É, você viu com seus próprios olhos. Então não vou mais esconder. Aquela moça lá dentro, a Srta. Pereira, tem uma ligação de vida ou morte com o Sr. Roberto. Ele faz tudo por ela. Não lhe nega nada. Já eu, para ele, não passo de um passatempo descartável.Ela encarou Lúcia e continuou:— Então é melhor você se controlar. Ter conseguido te trazer de

— Mas que merda de inútil você é! — Rugiu o chefe, a voz ecoando pela sala. — E eu achando que ia vir alguém competente da sede! Nem uma coisa simples você consegue fazer direito. Quer saber? Era melhor pedir as contas e ir embora logo! O quê, tá com cara de quem não gostou? Então se demite, pô! Aqui é empresa pequena, não dá pra sustentar estrela caída não!O rosto de André ficou completamente vermelho de vergonha e raiva.No final, o chefe atirou um maço de documentos contra ele e saiu pisando duro, sem nem olhar para trás.André amaldiçoou em voz baixa, os dentes cerrados de ódio. Ao virar-se, deu de cara com Patrícia parada na porta. Aquela visão só aumentou seu mau humor.Ele se aproximou com passos duros e, em tom autoritário, disparou:— E aí, por que chegou tão tarde?Patrícia respondeu, já um pouco irritada:— Acabei de sair do expediente.— Ah, ótimo... Então você tá livre, né? Que tal ficar comigo aqui e fazer um extra, Paty? — Disse ele, assumindo aquele velho tom nojento e

Em um piscar de olhos, Patrícia sentiu o ar ao redor mudar.A frieza que emanava de Roberto era cortante.Aqueles olhos negros... Pareciam mais escuros do que a própria noite.Havia algo neles, um gelo sufocante, como se ela estivesse trancada em uma câmara fria.— Patrícia... Você tem noção do que acabou de dizer?Ela mal conseguia reagir. Inquieta, esfregava as próprias mãos, tentando organizar os pensamentos:— Eu só... Não consigo mais correr. Exercício físico tem que ser progressivo, não dá pra forçar assim de cara...— Patrícia! — A voz de Roberto soou como uma rajada gélida. — As pernas da Bia ficaram assim por minha culpa! Eu já te avisei. E, pelo visto... Você simplesmente não consegue controlar a sua língua!No início, quando Beatriz disse que Patrícia havia feito comentários maldosos sobre suas pernas, ele achou que fosse só um mal-entendido.Mas agora... Tudo fazia sentido. Patrícia realmente tinha falado aquilo.Ela... Tinha mesmo coragem de ser tão cruel?Patrícia congelo

— Paty, é aquela ali, né? A famosa Srta. Pereira? Dizem que ela é o grande amor do Sr. Roberto, tipo... A musa intocável. Você deve ter visto ela várias vezes, né? Quando levava documentos pra ele...Patrícia não queria puxar assunto sobre isso. Respondeu apenas com um murmúrio vago:— Sim...— Mas... Ela é ou não é a esposa dele? — Clara já estava mergulhada na fofoca, fazendo suposições empolgadas. — Falam por aí que o Sr. Roberto já é casado, mas que a esposa vive doente e, por isso, ninguém sabe quem é... Então... Deve ser essa aí, né?Ainda não.Mas provavelmente, em breve... A esposa oficial do Sr. Roberto será Beatriz.— Não faço ideia. — Respondeu Patrícia, desviando o olhar.Ela, afinal... Era uma das partes diretamente envolvidas.Ela era, no papel, a tal esposa do Roberto.Uma tontura mais forte subiu à cabeça. Patrícia apertou os olhos e apressou o passo até a recepção. Pegou um envelope com documentos, mas, ao se virar para sair, esbarrou em algo, ou alguém.Antes que pude

— Desculpa...A voz de Patrícia mal saía.Ela sentia como se estivesse num túnel, tudo girando. A mente enevoada, o corpo prestes a desabar.Mesmo assim, aquela silhueta ainda dançava diante dos olhos dela, mas só para continuar... A culpando.— E outra coisa, Patrícia! — A voz de Roberto era como gelo seco roçando a pele. — Hoje você quase bateu na Bia. Você sabe que as pernas dela estão comprometidas. Ontem mesmo ela teve uma recaída. Se você não gosta dela, fique longe. Não precisa ficar se fazendo de vítima.Então…Tudo isso era culpa dela?O caso com André... O incidente com Beatriz...Ela só estava tentando fazer seu trabalho. Sempre esteve.E mesmo assim, ninguém, ninguém, estava disposto a acreditar nela.Só viam erro, culpa... Só apontavam o dedo.A dor, a mágoa, o nó na garganta... Tudo explodiu de uma vez.O coração disparou. A cabeça latejou.O mundo girou... E, de repente, tudo escureceu.Patrícia caiu no chão, inconsciente.— Patrícia! — Gritou Roberto, finalmente rompend