Semua Bab Casada com o CEO: Quando o jogo saiu de controle: Bab 211 - Bab 220

Mas o homem continuava com aquela cara fechada, e o jeito desajeitado e tenso de falar só fazia parecer que estava brigando com ela.Patrícia não aguentou e desabou de vez. As lágrimas caíam com mais força.— Me desculpa, eu... Eu só não consegui me segurar. — Disse ela.Ela parecia um gatinho ferido, tão triste e vulnerável que até o tom de voz de Roberto mudou, agora cheio de resignação.— Patrícia, você só sabe pedir desculpa?— Eu sei chorar também, né? — Ela rebateu no automático.Assim que falou, congelou por um segundo. Virou o rosto, sem saber onde enfiar a cara.Logo ouviu um riso baixo, escapando da garganta de Roberto.— É, eu percebi. — Murmurou ele.Aquele choramingo suave dela não tinha força nenhuma. Na verdade, soava mais como um mimo, um jeitinho manhoso de se queixar.Patrícia sentiu até as orelhas esquentarem. Tomou o remédio devagar e voltou a prometer:— Enfim, eu juro que não vou mais te dar trabalho. Daqui pra frente, vou me exercitar, ficar mais forte.— Tá bom.

Patrícia pegou um banquinho, sentou e atendeu a ligação no viva-voz.— Não acredito! Faz quanto tempo que a gente não se fala e já aconteceu tudo isso aí? Paty, pelo amor de Deus, você ainda não percebeu? A Beatriz é uma falsa sonsa do caramba! Tá claramente tentando tirar o Roberto de você! — Exclamou Laura.O coração de Patrícia já andava pesado, e agora, ouvindo a voz da amiga, toda a mágoa que estava engolindo veio à tona. Começou a contar tudo, cada detalhe das últimas semanas, num desabafo quase choroso.Laura era sua melhor amiga. E naquele momento, ela só queria alguém que pudesse escutá-la de verdade.— Calma... Também não é assim. — Tentou argumentar Patrícia, a voz baixa. — Tecnicamente, eles sempre foram um casal. Se não fosse o acidente da Beatriz, anos atrás...— O acidente da Beatriz foi culpa do Roberto, não sua! — Rebateu Laura, sem paciência.Patrícia tinha muitas qualidades, mas o coração mole era o maior problema. Principalmente quando se tratava de sentimentos. Ant

Depois de dizer isso, Patrícia ainda lançou um último olhar para a gravata e comentou com indiferença:— Essa gravata... Pode ficar com a Srta. Pereira.E então virou as costas e saiu sem hesitar.Depois de andar um pouco pelos andares inferiores do shopping, Patrícia só ficou com uma sensação cada vez mais clara: ela não pertencia ao mundo do Roberto.Porque, naquele lugar, ela tinha visto o valor do próprio salário... Estampado na etiqueta de uma toalha de banho.Aquele era o shopping mais luxuoso da cidade. Se você não tivesse algumas centenas de milhares na conta, nem valia a pena entrar ali.No início, ela até pensou que, com o cartão do Roberto, não importava o preço de nada. Mas o que Beatriz dissera... Fazia algum sentido.Afinal, ela estava comendo, morando e até aprendendo muito na casa de Roberto. Nada mais justo do que dar algo em retribuição.Mesmo que fosse simples.Suspirando, Patrícia deixou o shopping e foi para um centro comercial mais popular, com preços dentro da re

— Eu não preciso do seu dinheiro. Posso ganhar o meu. — Disse Patrícia, balançando a cabeça.Ela não queria ser dependente de ninguém. E, além disso, a relação entre eles sempre foi baseada em um contrato.Se aceitasse dinheiro, aquilo só reforçaria a sensação de estar sendo mantida.— Tem personalidade, hein. — Comentou Roberto, os olhos fixos nos dela, o canto da boca se curvando com leve ironia. — Espero que continue tão firme assim… Daqui a pouco.“Daqui a pouco...?”Patrícia ficou paralisada, sem entender direito.Mas logo sentiu a mão dele deslizar por debaixo de sua blusa.Eles já tinham ficado juntos tantas vezes... E Roberto sabia exatamente como tocar nos pontos certos dela.Em segundos, todo o autocontrole de Patrícia desmoronou. Só conseguia sentir os lábios dele percorrendo seu pescoço, cada vez mais próximos de sua cintura, aquele ponto sensível que ele conhecia tão bem.— Não... Assim não... — Balbuciou Patrícia, estremecendo.Antes que os lábios dele tocassem sua pele,

O tom mandão de Lúcia incomodou Patrícia de imediato.Ela largou a pasta de lado, sem sequer olhar diretamente para ela, e respondeu com frieza:— Eu tenho minhas próprias tarefas pra resolver. Quando terminar, vejo isso pra você.Lúcia se irritou na hora:— Patrícia! Se você continuar enrolando, vai atrasar todo o meu cronograma!Agora ela se preocupava com prazos? Onde estava essa responsabilidade quando deveria estar aprendendo direito?Patrícia nem se deu ao trabalho de responder. Ultimamente, não tinha energia pra lidar com o drama de Lúcia. Que ela se virasse.— Ainda hoje eu te dou um retorno. Por enquanto, vai escrever o relatório da semana passada. — Disse Patrícia, já voltando sua atenção ao computador.Lúcia rangeu os dentes, visivelmente frustrada:— Escrever aquele relatório inútil? Você só pode estar inventando coisa pra me ocupar. E a agenda do Sr. Roberto, onde está? Eu sou parte da equipe de secretariado dele também, tenho direito de ver a programação!Patrícia franziu