Semua Bab Casada com o CEO: Quando o jogo saiu de controle: Bab 251 - Bab 260

O coração de Patrícia quase saiu pela boca.“Será que Juliana já sabia de tudo?”As palmas das mãos começaram a suar. Patrícia temia que Juliana revelasse a relação entre ela e Fabiano.Mesmo que quem tivesse traído fosse o Fabiano, quem tivesse errado primeiro fosse ele... Do jeito que Juliana armou o terreno, era fácil imaginar a família Santana toda se voltando contra ela.— Eu conheço mesmo? — Liz ficou ainda mais empolgada, perguntando com pressa. — Ju, conta pra mim, quem é essa mulher sem vergonha?O corpo de Patrícia se retesou. O olhar dela ficou cravado em Juliana, tenso, alerta.Nos olhos de Juliana brilhou um leve sarcasmo. Ela deu uma volta no assunto e, depois, sorriu de forma sutil:— Ah, tia... Roupa suja se lava em casa, né? Essa mulher aí, no fundo, deve só estar de olho no nosso Fabi porque ele é incrível mesmo. Mas olha, pode se jogar no colo dele que ele não vai querer, não. Vamos parar de falar dela... Já deu azar demais pra noite!— Ai, ai, nossa Ju é mesmo uma m

Roberto manteve o rosto impassível. Cada palavra sua atingia Raul como uma lâmina no nervo exposto.Aquele casamento arranjado? Raul e a mulher escolhida pela família nunca passaram de dois estranhos sob o mesmo teto.Era um típico arranjo empresarial. E, depois de tantos anos, o único fruto dessa união foi uma filha.mbora o relacionamento entre os dois nunca tenha sido dos melhores, a esposa de Raul vinha de uma família poderosa. E justamente por isso, tinha um temperamento explosivo.Quase tudo o que Raul aprontava fora de casa acabava chegando aos ouvidos dela e, invariavelmente, virava um escândalo daqueles. Era sempre um rastro de gritos, humilhações e caos.— Roberto, você tá se metendo demais. — Rosnou Raul, irritado por ter sido exposto. — Vai querer bancar o certinho na minha frente agora? Qual é a de vocês dois? Você e a Patrícia não têm esse amor todo, não. Eu só tava dando um conselho pra ela: engravidar é o melhor jeito de garantir lugar nessa família. Igualzinho sua mãe

Por um instante, o setor de secretariado inteiro ficou em silêncio absoluto, tão quieto que seria possível ouvir uma agulha caindo no chão.Patrícia também se levantou devagar, em silêncio. Seu olhar, sem querer, se fixou no casal à porta. O coração apertou no peito, amargando uma sensação difícil de ignorar.— Beto, então esse é o setor de secretariado? Parece bem-organizado.Beatriz comentou com aquela voz suave que soava como uma brisa leve acariciando a copa das árvores: gentil, agradável, quase hipnótica.Se Patrícia nunca tivesse visto o lado manipulador e calunioso de Beatriz, talvez ela mesma acreditasse naquela pose doce e elegante.— Sim. São oito no total. Cuidam de todas as demandas administrativas. — Respondeu Roberto com um tom neutro, profissional. — Quer visitar outro setor?— Claro que sim! Faz tanto tempo que não volto ao país... E nunca tive a chance de conhecer o Grupo Santana como ele é hoje. — Beatriz sorriu com um toque de leveza e piscou com charme. — Mas, Beto,

O rosto de Patrícia empalideceu na hora.Beatriz não queria só que ela a ajudasse queria que a carregasse nos braços, como se fosse fácil erguer uma mulher com quase o mesmo peso que o seu!E, pior, agora ainda a estava acusando de tê-la desprezado por causa da deficiência.— Eu… Eu não disse isso, Sr. Roberto. Eu jamais trataria a Srta. Pereira com desprezo. — Balbuciou Patrícia, tentando se explicar, a voz embargada pela injustiça.Do outro lado da linha, Patrícia não sabia exatamente o que Roberto dizia. Mas viu com os próprios olhos os olhos de Beatriz, antes propositalmente marejados, voltarem a brilhar. Apesar disso, ela manteve o tom de vítima, com a voz trêmula:— Beto, eu entendo... Você não precisa me consolar. Por você, eu faria tudo de novo. Mas eu não quero ser um peso pra ninguém. Se você também se cansou de mim, eu entendo. Posso simplesmente desaparecer da sua vida…O sangue de Patrícia gelou.Ela ouvia cada palavra de propósito. Beatriz mantinha o celular com o viva-vo

Beatriz havia feito reserva em um restaurante sofisticado dentro do shopping.Patrícia conhecia bem o lugar, era um restaurante famoso, sempre com a agenda lotada e preços absurdamente altos, frequentado por um público mais elitizado.Qualquer prato ali custava, facilmente, o equivalente ao salário inteiro de um mês dela.— Secretária Patrícia, aproveite. Não é sempre que você tem a chance de comer em um lugar desses. Peça o que quiser, tá? Afinal... Essas oportunidades não são tão comuns pra você. — Beatriz disse isso calmamente, enquanto tomava um gole de água quente. Mas suas palavras vinham carregadas de veneno e desprezo.Na visão dela, Patrícia era só uma garota pobre, sem nenhum tipo de influência ou pedigree, totalmente deslocada num ambiente tão requintado.Patrícia percebeu bem o tom de deboche, mas seu rosto permaneceu sereno. Já estava acostumada. Beatriz sempre fora assim, um poço de falsidade e superioridade velada.Discretamente, Patrícia conferiu as horas no celular.O