Semua Bab Casada com o CEO: Quando o jogo saiu de controle: Bab 31 - Bab 40

Antes de adormecer, Patrícia se pegou pensando em uma coisa.Durante o dia, precisava aguentar o inferno de trabalhar com Sarah, que vivia implicando com ela. À noite, ainda tinha que virar plantão com Roberto, sendo explorada sem piedade. Seu corpinho frágil já estava começando a dar sinais de esgotamento.E, para piorar, Roberto tinha uma energia que parecia não acabar nunca.“Se isso continuar por muito tempo... O que vai ser de mim?”Pela primeira vez na vida, estava torcendo para que sua menstruação chegasse logo. Pelo menos assim ganharia uns dias de folga para respirar e recarregar as forças.Quanto ao problema com Sarah, ela não tinha a menor intenção de contar para Roberto.Depois do que aconteceu da última vez, estava claro que Sarah já vinha preparada. Se fosse se queixar com ele de novo, Sarah com certeza saberia como se defender, com argumentos, desculpas ensaiadas, justificativas convincentes. Não adiantaria de nada.Além disso, Patrícia sabia muito bem: ela não estava em

Patrícia ainda estava meio zonza com a aproximação de Roberto, quando uma figura chamativa passou correndo ao seu lado e foi direto até ele.E não era outra pessoa senão Lúcia que, até segundos atrás, estava ao seu lado.— Sr. Roberto! — Exclamou ela, com uma voz doce e melosa, como se já houvesse uma intimidade entre os dois. — Muito obrigada, Sr. Roberto. Muito obrigada ao Grupo Santana por me contratar! Eu prometo me dedicar muito ao trabalho. Não vou decepcionar o senhor!Lúcia parecia perfeitamente ensaiada.Seu corpo, naturalmente voluptuoso, estava ainda mais em evidência naquele suéter de tricô justo. Os botões começavam só a partir do terceiro, deixando generosamente à mostra o que ela sabia que chamava atenção.Só de olhar, já era o suficiente para provocar todo tipo de pensamento.Desde o ensino médio, Lúcia sempre tivera uma fila de admiradores. Estava acostumada a ser desejada, especialmente por causa do corpo escultural, no qual ela apostava todas as fichas.Sabia que, co

— Quer dizer que ele ainda não se declarou? — Perguntou Clara, surpresa, os olhos arregalados.— Bom, também... Né? — Continuou ela, como se já estivesse analisando tudo. — O Enzo vive atolado de trabalho, sempre fazendo hora extra. Vai ver ainda nem teve tempo de te chamar pra sair.Patrícia quase soltou uma risada nervosa.Nunca imaginou que Clara teria entendido tudo... Completamente errado.Mas até que fazia sentido. Enzo realmente tinha demonstrado uma preocupação incomum durante o almoço. E, considerando o jeito dele, um verdadeiro robô hiper produtivo, workaholic de carteirinha, era estranho vê-lo demonstrar qualquer afeto ou interesse por alguém da equipe.— Clara, acho que você tá viajando... Ele só fez uma pergunta educada, só isso. — Tentou desconversar, lançando um olhar de leve desespero.Mas Clara a interrompeu de imediato:— Ah, para! Claro que não foi só isso! Quando é que você viu o Enzo agir assim com alguém? Ele tá na sua, sim! — Clara estava toda animada, convencida

A respiração quente dele tocava a pele do seu pescoço, provocando arrepios.Patrícia sentiu como se tivesse sido queimada. Instintivamente, levantou as mãos e o empurrou para longe.Foi então que se deparou com aquele olhar.Frio. Descontente.— O que foi? — Perguntou Roberto, a voz carregada de incômodo.A reação inesperada dela só aumentava sua irritação.Patrícia, por sua vez, estava completamente confusa com a situação.“Mas... Ele não queria rescindir o contrato? Ele não estava interessado na Lúcia?”— Sr. Roberto, eu... — Começou, mas as palavras morreram em sua garganta.Não sabia nem por onde começar.Mas, estranhamente, Roberto não demonstrou raiva. Apenas a fitava com aqueles olhos escuros como obsidianas, firmes, atentos, como se quisessem penetrar seus pensamentos.Ele sabia que ela estava dispersa o dia inteiro.— Quer dizer alguma coisa? — Perguntou, em um tom mais calmo.Ele queria que ela se abrisse, que dissesse o que estava passando por sua cabeça.Um dos motivos pelo

O sorriso no rosto de Lúcia congelou por dois segundos.Mas logo ela voltou ao tom bajulador, insistindo com doçura:— Sr. Roberto… O senhor vai trabalhar até tarde hoje?Ela parecia realmente acreditar que a recusa dele não tinha sido definitiva, apenas fruto do excesso de trabalho.Debaixo da mesa, Patrícia mal conseguia respirar. Seu coração estava preso na garganta.Se Lúcia a descobrisse ali... Seria um desastre completo.Mas Roberto não respondeu à pergunta.Em vez disso, sua voz fria e cortante ecoou pela sala:— Você não deveria estar aqui.A frase caiu como um balde de água fria.Só então Lúcia sentiu um calafrio percorrer o corpo.Será que tinha se precipitado demais?Será que estava sendo... Inconveniente?“Talvez Roberto estivesse apenas tentando manter a discrição sobre o relacionamento. Talvez eu devesse ter esperado ele tomar a iniciativa, e não me jogar dessa forma... Talvez...”Mas, antes que pudesse reorganizar os pensamentos, Roberto soltou um rugido baixo e irritado