All Chapters of Brindou a Outra, Enterrei o Passado: Chapter 441 - Chapter 450

O coração de Isadora apertou.O que Almir estava fazendo naquela clínica? Será que tinha algo para tratar com o Dr. Antônio?Uma sensação de desconforto tomou conta dela. A presença dele tornava seu plano muito mais complicado e arriscado.O assistente logo saiu da sala, um pouco constrangido:— Sinto muito, senhora, mas a agenda do Dr. Antônio para esta tarde já está totalmente cheia. Ele realmente não tem como atender. Talvez a senhora possa considerar outro médico?Isadora deixou escapar um suspiro decepcionado, a voz carregada de frustração:— Entendo... que pena. Pelo visto, meu marido não vai conseguir se encontrar com o Dr. Antônio hoje.O assistente tentou acalmá-la:— Não precisa se preocupar tanto. Todos os nossos médicos são muito capacitados. Podemos agendar uma consulta comum para um primeiro diagnóstico e, se for necessário, depois marcamos uma consulta especializada com o Dr. Antônio.Hesitou, pensativa, como se realmente estivesse avaliando a sugestão.Nesse momento, Al

O Dr. Antônio franziu a testa por um instante, mas acabou desistindo de continuar vasculhando a sala de arquivos.Lançou um último olhar para o quarto cheio de pastas, se virou e saiu, fechando a porta atrás de si.Isadora esperou até ouvir os passos se afastarem completamente. Só então saiu devagar de trás do armário.Soltou um longo suspiro, sentindo as costas molhadas de suor frio.Foi por pouco... se tivesse sido descoberta, teria sido um desastre!Sem tempo para comemorar, precisava sair dali o quanto antes.Reorganizou os prontuários que havia mexido, devolvendo cada pasta ao lugar certo, garantindo que tudo ficasse como antes.Verificou novamente a fechadura, verificando que estava trancada, antes de abrir a porta com cuidado e sair.No corredor, algumas enfermeiras corriam apressadas em direção à emergência, sem notar a saída de Isadora da sala de arquivos.Ela controlou a tensão no corpo, fingindo naturalidade, e caminhou em direção à porta da clínica.Seus passos eram calmos,

Isadora respirou fundo, tentando acalmar a excitação que a consumia.— Rafa, precisamos garantir que tudo saia perfeito. Não podemos dar a eles nenhuma chance de escapar.Rafael olhou para Isadora, com um olhar ao mesmo tempo suave e firme:— Pode ficar tranquila, Isinha. Eu não vou deixar que eles escapem da justiça. Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para garantir que essa investigação siga adiante sem falhas. Não vamos dar moleza.Isadora piscou, um pouco surpresa, e o encarou, intrigada.— Como você vai fazer isso? Nada de se arriscar!Se lembrou das situações de perigo que já viveram e segurou quase instintivamente o braço dele.Rafael sorriu, apertando a mão dela com a outra, o olhar carregado de uma intenção sutil:— Relaxa, Isinha. Eu não me coloco em perigo desnecessário. Com alguns métodos discretos, tudo pode sair mais eficiente.Zyan, ao lado, piscou, parecendo perceber algo, mas não comentou.Isadora ainda ficou em dúvida, mas o mais importante agora era lutar por A

— O conteúdo da mensagem vai ser esse aqui.Rafael disse, apontando para a tela do celular com o rascunho pronto:— As palavras precisam ser sutis, sem entregar tudo, só o suficiente para que ele mesmo comece a ligar os pontos.Isadora leu a mensagem com atenção e assentiu:— Certo. Com esse tom, conhecendo o Olavo é, ele vai ficar matutando nisso por dias.O texto dizia:[Sr. Olavo, como tem passado? Soube que está tomando alguns medicamentos. Já conferiu os componentes e possíveis efeitos colaterais? Alguns remédios, se usados por muito tempo, podem causar reações inesperadas. É bom se informar mais, pela sua saúde.]Zyan, que acompanhava a conversa, elogiou:— Genial! Isso é ir pelas sombras. Muito mais eficiente do que ir gritando na cara da Tereza. Isadora riu de leve:— Espero que o Sr. Olavo perceba que é para o ‘bem’ dele.Rafael olhou para ela e perguntou:— E o Marcos?— Já falei com ele. Sabe exatamente o que deve fazer.— Ótimo. Agora é esperar o retorno.No início da noite

Marcos sabia que já tinha dito tudo o que podia; o resto dependia de Olavo e de como ele decidiria agir.O clima no escritório era sufocante, pesado.Olavo ficou em silêncio por um longo tempo antes de finalmente falar, com a voz rouca:— Marcos, você pode sair agora... quero ficar sozinho por um momento.— Sim, Senhor. — Respondeu Marcos, aliviado, saindo imediatamente da sala.Ficou apenas Olavo sentado à mesa, o olhar trêmulo de incerteza.As palavras de Marcos foram como um estopim, acendendo todas as dúvidas em sua mente.A mensagem anônima, o alerta de Marcos e sua saúde cada vez mais frágil apontavam para uma verdade assustadora.Tereza... estava realmente enganando-o!O pensamento trouxe uma dor intensa, maior que qualquer dor física.Ele sempre amou Tereza profundamente, confiou nela cegamente, considerando-a a pessoa mais importante da sua vida.Mas se ela estava realmente o enganando, lhe dando remédios às escondidas... então toda a confiança e amor que depositou nela se red