— Beatriz, a Lari tá sozinha nessa cidade, sem ninguém! O que tem levar ela pra passar o Ano Novo fora? Ou você prefere que eu leve ela pra nossa casa? Vai gostar disso? Se gostar, beleza! A gente vai os três juntos. Vamos ver quem vai ficar mais constrangido na hora da ceia, você ou eu?As palavras dele caíam como marteladas, me deixando tonta.Olhei, sem entender, para o homem à minha frente, o rosto dele cheio de desprezo e para a mulher ao lado dele, com uma expressão de falsa inocência.A tal mulher puxou a manga da camisa de Murilo e murmurou num tom forçado de humildade:— Muri… Não fala assim com a Bia, vai. Se ela não quiser, a gente não vai, tudo bem? Já passei tantos anos sozinha… Mais um não vai fazer diferença.Ela tentou sorrir como se não ligasse, mas a expressão no rosto dela doía mais do que um choro.Murilo fechou a cara, segurou a mão dela com delicadeza e tentou consolar. Mas, quando viu que eu não reagia, ficou ainda mais impaciente.— Fala logo, Beatriz, tá maquin
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