Luana levou outro choque, ainda mais forte. Ficou toda dura, e gaguejou:— Não é possível, né?Dante, da cabeça aos pés, transbordava satisfação. Murmurou baixinho:— Raro de ver.E ainda acrescentou de propósito:— Desde que chegou em casa, tá cada vez mais grudada.Luana acompanhou o raciocínio dele e lembrou, depois que voltaram, ficou abraçada nele, colada como se fosse um siamesinho. Parecia, parecia mesmo que…Ah!De repente ficou sem chão, o rosto em chamas, e negou até a morte:— Eu não sou grudada!Só que, quanto mais dizia isso, menos firmeza sentia.O que aparecia por fora como grude, na verdade era dependência.Normalmente, Luana jamais seria assim. Sempre era ela que cedia, porque Dante gostava de estar perto, de beijá-la, de sentir o corpo dela.Então… isso não era, de certa forma, culpa do Joaquim? O pensamento a deixou de mau humor, a derrubou. Mas, no instante em que se aproximava de Dante, o humor dela melhorava sem que percebesse. Ele era o remédio dela. Era instinto
Read more