No fim das contas, David ainda teve a ousadia de revidar, ainda se atreveu a ser insolente, sem se submeter a que ela descontasse a raiva. Para Júlia, ele não passava de um cão selvagem, difícil de domar. Mas, por mais rebelde que fosse, no fim continuava sendo um cão, e deveria baixar a cabeça diante dela. Isso sim era o certo.Na verdade, Júlia não teria se machucado. Foi no instante em que caiu que ela mesma, de propósito, esticou discretamente o braço e acabou cortando a pele. Do contrário, hoje só teria ficado com o azar, sem nenhuma desculpa para esmagar David. Doeu, doeu muito. Mas mais doloroso era não ter conseguido extravasar em cima dele e ainda sair perdendo.Se ferir um pouco não tinha problema.O resultado era simples, David não teria coragem de se impor, Luana apareceria, e ambos teriam que se curvar, bajulá-la e arranjar um jeito de acalmá-la.Um tiro e duas aves.Claro, se soubesse antes que David sabia lutar, Júlia teria levado seguranças e não passaria por isso.Mas,
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