Eu entendi suas palavras, e mais ainda o que o olhar dele dizia: uma admiração que transbordava. Mas eu não podia corresponder a isso. Fingi que nada tinha acontecido, desviei os olhos e continuei tirando fotos do mar de nuvens e do nascer do sol. Só que, por dentro, eu sabia a verdade. Naquele instante, meu coração estava disparado, batendo tão rápido que parecia querer sair do peito. Meu rosto, quente como brasa, denunciava o turbilhão que eu tentava esconder. Eu não era ingênua. Lorenzo tinha vindo de Alvorama até Cidade C, oficialmente a trabalho, mas, na realidade, ele estava aqui por mim. Ele era intenso e sincero, mas eu não merecia isso. E, por mais que doesse, eu sabia que não podia me aproximar mais dele. Depois de descermos a montanha, decidi que precisava ir embora o mais rápido possível. Planejava comprar uma passagem e sair da cidade no mesmo dia. Eu temia que, se continuasse ao lado dele, acabaria perdendo o controle dos meus sentimentos. Lorenzo caminhou ao me
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