— Você está bem? — Lilian perguntou, preocupada. — Eu estou, sim. Luiza tomou o copo de leite de uma vez só e levantou-se para voltar ao quarto. Na verdade, se fosse para explicar o que estava sentindo, ela nem saberia por onde começar. Quando estava no carro, achou que Gustavo só queria forçá-la a ceder e chamá-lo de “irmão”. Mas, ao se deitar e pensar sobre aquilo, algo parecia fora do lugar. Uma ideia começou a surgir em sua mente, crescendo como ervas daninhas, tomando espaço onde não deveria. Mas ele era o “irmão”... Luiza não sabia se estava exagerando ou se estava apenas presa em sua própria confusão. Desde pequena, ela se lembrava de todas as vezes em que entregou cartas de amor destinadas a Gustavo. Não eram poucas, talvez não chegassem a uma centena, mas eram dezenas, com certeza. Eram enviadas por garotas populares, as mais bonitas da escola, ou por moças de famílias tradicionais e influentes. Se Gustavo quisesse, poderia ter qualquer mulher. Não havia a menor
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