Luiza balançou a cabeça sem nem pensar duas vezes: — Não dói, não. Era só um arranhão superficial. Quando tratou o machucado, ela nem sequer sentiu dor. Agora, a ferida já estava quase cicatrizada. Desde que ninguém a apertasse com força, como Gustavo havia feito, não doía nada. No instante em que Luiza negou, Gustavo, de repente, lembrou-se da Luiza de quando era criança. Naquela época, ela não suportava sentir dor. Bastava pegar um resfriado ou ter febre, e o médico da família aparecer para aplicar soro intravenoso, que ela já começava a chorar antes mesmo de a medicação ser preparada. As lágrimas dela caíam como pérolas de um colar arrebentado, uma após a outra. Enquanto uma das mãos era controlada pelo médico, a outra sempre se agarrava à mão de Gustavo, e ela não parava de dar ordens, aos soluços: — Gustavo, cobre meus olhos, rápido! Naquele tempo, ela não conseguia nem olhar para a agulha sem entrar em pânico, de tão mimada que era. Gustavo costumava cobrir os olh
Read more