Luiza não gostava muito daquela penumbra que tomava conta da casa quando acordava. Aquela atmosfera apagada fazia com que ela sentisse uma inquietação difícil de explicar. Ela sempre preferiu luzes acesas, cada canto bem iluminado, cheio de vida. Mas, no fim das contas, aquele lugar nem era sua casa. Ela apressou o passo enquanto descia as escadas. — Luiza. Quando estava no último degrau, a voz de Ethan, baixa e incrivelmente suave, veio da direção da sala. No entanto, Luiza percebeu algo diferente no tom dele. Não era a mesma serenidade de sempre. Havia algo ali, uma emoção que ela não conseguia definir. Ao olhar para ele, viu o homem sentado calmamente no sofá, com os olhos de um âmbar apagado, quase partidos, como se refletissem uma solidão que ele não conseguia esconder. A postura dele parecia abatida, desolada. Mas, quando os olhos dele encontraram os dela, aquele brilho de melancolia desapareceu, dando lugar a uma luz tênue e quase terna. Ethan se levantou, caminhando
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