Inês nunca imaginou que Marcus realmente ficaria a noite inteira parado na neve.No final da madrugada, a nevasca ficou ainda mais intensa. Inês olhava pela janela repetidas vezes, inquieta, e Virgínia, percebendo, acabou dando uma olhada também.Quando Marcus viu o rosto familiar de Virgínia surgir na janela, mesmo com os lábios rachados pelo frio e o corpo congelado, ele ainda conseguiu forçar um sorriso.— Srta. Virgínia, isso não pode acabar mal? E se ele morrer? — Perguntou Inês, preocupada.Virgínia, no entanto, puxou as cobertas, fechou os olhos e respondeu com indiferença:— Não vai morrer. E mesmo que aconteça, isso não tem nada a ver com a gente. Vá dormir.Inês ficou impressionada com a frieza de Virgínia, mas ao lembrar de tudo o que ela já havia sofrido, ela sentiu um misto de indignação e alívio. Como se quisesse descarregar sua raiva por tudo o que Marcus havia causado, ela puxou as cortinas com força, bloqueando a visão da janela.Naquela longa noite na neve, Marcus não
Magbasa pa