All Chapters of Três Anos Depois, Ele Voltou de Joelhos: Chapter 31 - Chapter 40

O médico disse que era uma inflamação e aumentou a dose dos remédios.No momento em que ela mais sofria, chegaram várias mensagens de cobrança, eram as faturas do tratamento médico que a mãe lhe enviava.Dessa vez, não era do pai, mas sim das despesas médicas da mãe e do irmão.Juntas, somavam duzentos mil reais.Logo depois, a mãe ligou.Sem uma saudação, sem uma palavra de preocupação, só reclamações e mágoa.— Heloísa, se você não vivesse brigando com o Simão, ele teria batido em mim e no seu irmão? Essas despesas médicas você vai pagar, querendo ou não. Se não pagar, eu vou até a casa dos Franco fazer escândalo!Heloísa não queria responder, mas tinha medo de que a mãe realmente fosse até a mansão.Tinha medo de perder até o último traço de dignidade.Ela conferiu o saldo do cartão.Apenas trinta mil.Era o dinheiro que ela tinha reservado para o tratamento do pai no mês seguinte.Se não pagasse a continuação do tratamento, o remédio seria suspenso, e isso colocaria a vida dele em

— Você empurrou a Heloísa no chão por causa dessa sonsa, fez o ouvido dela sangrar e nem perguntou se ela estava bem. Já essa sonsa só torceu o pé, e você quase morre de pena dela, ainda quer que eu peça desculpas? Você acha que isso é justo com a Heloísa?Yara foi se exaltando: — Simão, a Heloísa é sua esposa! Tratar ela bem vai te matar, é?— Ouvido sangrando. — Simão soltou uma risada curta e fria. — Sempre essa história do ouvido sangrando. Lembro bem da última vez, ela também tava com o ouvido sangrando e mesmo assim ficou de risadinhas com o Miguel até tarde.— O que você quer dizer com isso?— Que drama se faz uma vez só. Repetir demais, ninguém acredita.— Você...! Sua esposa tá internada há dias e você acha que é encenação? Quer que eu te mostre o prontuário médico dela?Yara começou a procurar o celular, mas como tinha se debatido muito quando foi sequestrada, nem sabia onde ele tinha caído.Simão se recostou na cadeira com um ar relaxado, como se estivesse só esperando ela

País com leis? Heloísa deu um sorriso amargo.Quando o dinheiro fala mais alto, a verdade se cala, e a justiça também.A prima não guardava rancor?E a mãe e o irmão dela, não odiavam?Mas odiar adiantava o quê?Diante do poder e da fortuna da família Franco, ninguém tinha coragem de levantar a voz da lei pra se defender.— Yara, eu posso beber. — Disse ela, segurando a garrafa e sorrindo de leve. — Mas quero que lembre de uma coisa, eu já não amo mais o Simão, e não me importo com o que ele faz com a Srta. Isadora. Você não precisa mais brigar por mim. Não vale a pena.Ignorou o olhar sombrio de Simão.Ergueu a garrafa, levando-a à boca.— Não! — Yara se soltou dos seguranças e, desesperada, arrancou a garrafa das mãos dela.— Heloísa, o médico disse que você não pode beber! Seu ouvido pode ficar completamente surdo! Vai virar uma surda de verdade!Ela caiu de joelhos ao lado da amiga, encarando o homem à frente com ódio.— Simão, para de pressionar ela! Eu bebo, eu peço desculpas, t

Yara se recuperava rápido, em dois dias de hospital já estava bem.O ouvido de Heloísa, por outro lado, melhorava e piorava o tempo todo, e ela também não podia ficar internada gastando dinheiro sem parar.Além disso, o estúdio estava cheio de trabalho.As duas acabaram tendo alta cedo.Yara voltou a cuidar dos pedidos da loja virtual.Heloísa, por sua vez, mergulhou nos preparativos para a licitação com o Grupo Gonçalves.No horário de almoço, Yara perguntou de repente:— Heloísa, cadê o Sr. Miguel? Tá tão quieto esses dias... vocês brigaram?Antes, Miguel aparecia no estúdio três vezes por dia, levava doces, frutas, ou inventava alguma desculpa.Mas naquele dia, nem sinal dele.Enquanto comia, Heloísa respondeu distraída:— Brigado por quê? Deve ter viajado a trabalho.— Ah... — Yara assentiu, mas logo depois arregalou os olhos olhando o celular.— O quê?! O Grupo Gonçalves acabou de publicar um comunicado dizendo que o Miguel pediu demissão!— O quê? — Heloísa se levantou, surpresa,

Enquanto esperava a vez no jogo, Simão inclinou-se e mordeu de leve o lóbulo avermelhado da orelha dela. A voz dele soou rouca:— São só cem mil. Você pode pagar.Cem mil?!Heloísa se assustou, o corpo tremendo por instinto.De onde ela tiraria cem mil?Começou a desconfiar de que Simão fazia aquilo de propósito, apenas pra se vingar dela.Sentou-se inquieta, como se estivesse sobre agulhas, até o jogo finalmente terminar.Simão ganhou.Um dos amigos resmungou:— Ah, qual é, Simão! Nem um pingo de misericórdia! Jogou aquela carta voando!— E o que queria que eu fizesse? Que minha esposa pagasse os cem mil pra vocês? — Respondeu ele, impassível, empurrando as cartas para o centro da mesa.— Sem vergonha! — Xingou outro, enquanto entregava o dinheiro. — O Grupo Franco tá falindo, é? Ganha toda rodada e ainda finge que é sorte!Cartões de crédito premium começaram a voar sobre a mesa.Simão sorriu de canto e apontou com o queixo:— Heloísa, são todos seus.Heloísa deu uma olhada rápida, c