All Chapters of Nosso Casamento de Mentira: Chapter 11 - Chapter 20

Daniel viu o nome de Renata no visor do celular. Elisa também percebeu, e aproveitou a distração para se afastar, empurrando Daniel com firmeza até encostar no canto do banco.Ao atender o telefone, Daniel ficou em silêncio, mas não era preciso ouvir Renata do outro lado para entender, pois o rosto dele ficou tenso na mesma hora, mostrando que algo grave havia acontecido.Daniel passou a mão no rosto, respirou fundo e ordenou ao motorista, com voz firme:— Vira o carro. Vamos direto para o hospital.O olhar que lançou para Elisa era cortante, frio como uma lâmina, e ele avisou:— É melhor que você torça para a Renata estar bem.Elisa sentiu o estômago despencar lá dentro.— O quê? Não me diz que ela tentou se matar?Daniel respondeu sem hesitar:— Ela comeu a comida que você preparou. Agora está com intoxicação alimentar.A indignação de Elisa foi imediata, e rebateu:— Isso é impossível! Preparo cada prato da Botica do Sabor pessoalmente, experimento todos antes de servir. Se houvesse

— Renata, por que está pedindo desculpa? — Teresa explodiu, a voz já quase descambando para o escândalo. — A culpa é dela! Você acha que entregar um papel com aviso resolve alguma coisa? Senhor policial, exijo que o restaurante dessa mulher seja fechado imediatamente. Um lugar assim não deveria estar funcionando, pode matar alguém a qualquer momento!O policial manteve a calma, respondendo com firmeza:— Senhora, isso é assunto para o departamento de vigilância sanitária. Viemos para investigar os fatos e, pelo que foi esclarecido até agora, só falta confirmar os exames com o médico. Se o laudo bater com o que foi relatado aqui, a senhora Elisa não terá qualquer responsabilidade.Naquele momento, a porta se abriu e o médico entrou, dando um leve sobressalto ao perceber tantos policiais na sala.— Fique tranquilo, doutor. — Disse o policial, tentando acalmar. — Já ouvimos quase tudo, só precisamos dos resultados dos exames.— Estão aqui. — Respondeu o médico, entregando a pasta, visivel

Elisa não fez questão de esconder nada. Levantou a mão, abriu todos os dedos com um sorriso quase divertido.— Acabei de te vender por cinco milhões.— O quê? — Daniel ficou confuso, franzindo o cenho.— Teresa me perguntou quanto eu queria para me divorciar de você. Eu disse cinco milhões. — Explicou Elisa, como se estivesse contando algo trivial.O rosto de Daniel endureceu, a mandíbula contraída.— Então é isso que valho para você? Cinco milhões?— Claro que vale mais. — Respondeu Elisa, com um suspiro levemente decepcionado. — Mas a irmã da sua namorada é mão de vaca. Pedi cinquenta milhões e ela não topou.Daniel a encarou com desprezo, o tom ainda mais áspero:— Para você só existe dinheiro, não é?— Você sabe que não. — Rebateu Elisa, dando um passo à frente e parando bem diante dele. — Olha para mim, Daniel. Vê se enxerga além disso.O perfume sutil de ervas que sempre rodeava Elisa fez Daniel parar. Era o mesmo aroma que, no início, ele achava incômodo toda vez que ela dormia

Elisa se virou de lado na cama, murmurando:— Dormir é o que eu mais quero agora.A sonolência já a dominava quando, de repente, lembrou da história da gravidez de Renata. Curiosa, apoiou o queixo na mão e perguntou:— Daniel, posso te fazer uma pergunta? Você gosta de criança?Do outro lado da cama, Daniel respondeu seco, sem tirar o tom frio da voz:— Só falta me dizer que você está grávida.Elisa imediatamente se ofendeu:— Até parece!— Melhor assim. — Reagiu Daniel, impassível. — Eu não gosto de criança.— Não gosta de criança ou não gosta da ideia de eu ter um filho seu? — Provocou Elisa, encarando-o.— Nem um, nem outro. — Respondeu ele, sem hesitar.Elisa ficou calada por um instante, só tornando a virar de costas e murmurando para si:— Como se eu quisesse ter um filho seu.Daniel captou o tom azedo, mas não se preocupou em responder. Desde que Paloma morreu, Elisa não fazia mais a menor questão de respeitá-lo. Se ele continuasse cedendo, logo ela mandaria em tudo.Minutos dep

Elisa digitou sem pensar, provocando no celular: [Por que você não vai roubar, então?]Daniel não demorou para responder: [Roubar é crime.]Elisa riu com ironia e logo retrucou: [E se for roubo de mim, não conta?][Você me vendeu e ainda quer ficar com tudo? Metade do dinheiro é minha, nada mais justo.]Ela sabia que era justo, sim, mas dividir aquele dinheiro era algo para o qual Elisa não estava nem um pouco disposta. Sorrindo, respondeu de maneira fingidamente doce: [Sr. Daniel, o senhor vale bilhões. Se eu te der dois milhões e meio, isso não vai ser uma humilhação?]Daniel rebateu, já tentando fechar o valor ali mesmo: [2,49 milhões, porque aceito ficar com o prejuízo.] Elisa revirou os olhos. Ele era bonito, mas na hora de falar de dinheiro, parecia que vivia em outro planeta. Nem duzentos e quarenta e nove reais ele tiraria dela.Como ela ficou em silêncio, outra mensagem chegou rapidamente: [Se não quiser me dar o dinheiro, tudo bem. Mas vai ter que concordar comigo em uma coi