Às duas e quarenta da tarde, Elisa já estava sentada na sala de espera do cartório, as mãos entrelaçadas no colo. Às três horas em ponto, horário marcado, Daniel ainda não havia aparecido. Ela pensou que fosse o trânsito pesado da cidade.Às três e meia, nada. Ligou para ele várias vezes, mas não obteve resposta alguma.Às quatro horas, Elisa desistiu de esperar. Saiu do prédio com passos firmes, chamou um táxi e foi direto para a sede do Grupo Carvalho.Aquele lugar lhe era familiar demais. Durante os últimos três anos, sempre que Daniel estava no escritório, ela aparecia sem falta, chuva ou sol, levando sopa quente para ele. Mas, dessa vez, foi barrada logo na recepção do térreo.— A senhora tem horário marcado com alguém? — Perguntou a recepcionista, uma moça jovem que ela nunca havia visto antes.Elisa piscou, surpresa com a pergunta. Desde que Daniel assumiu o comando do grupo após a morte de Paloma, até as recepcionistas que a tia dele havia escolhido haviam sido substituídas. E
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