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Capítulo 2

Author: Uma Beterraba
Em 26 anos de vida, nunca tinha visto alguém tão arrogante na minha presença.

— Repita, o que eu devo dizer?

— Surda? Sou uma idiota, eu errei! Não entende essas palavras?

Sorri:

— Entendi. Já que sabe que é uma idiota, sai da minha frente antes que eu perca a paciência!

Isabela percebeu que estava sendo enganada e avançou, com braços levantados.

Rindo, pensei: sou faixa-preta de taekwondo, não tenho medo de brincadeira de criança.

Dei um chute lateral e ela caiu no chão, gritando.

As pessoas ao redor olharam com medo:

— Meu Deus! Como ela ousa tratar Isabela assim?

— Se o Eduardo souber, vai cortar ela em pedaços!

— Agora acabou, ninguém vai salvá-la.

Ao ouvir a conversa deles, não senti a menor emoção. A família Monteiro deve sua posição inteiramente ao patrocínio de minha mãe. Na cidade, não há realmente ninguém que eu tema.

Bati meu Cartão Black na mesa novamente:

— Pague a conta!

A atendente, assustada e tremendo, fez a operação e embrulhou o vestido.

Peguei o vestido e me preparei para sair.

Isabela levantou-se e bloqueou meu caminho:

— Não vai sair!

Levantei a mão na frente dela:

— Vai encarar meu chute também?

Ela recuou instintivamente, e eu bufei com desdém enquanto saía.

Nesse momento, um Maybach preto parou na frente da loja. Primeiro desceu um pé com sapato fino.

A sensação de surpresa que senti ao ver isso não dá pra explicar.

Olhei para cima e vi um homem alto, cerca de 1,90 m, com ombros largos, pernas longas e rosto impecável. Perfeito.

Isabela correu chorando para reclamar:

— Mano Eduardo, ela roubou o vestido que eu queria e ainda me bateu…

Era o meu noivo!

Sempre admirei os homens bonitos, mas fiquei encantada pelo rosto de Eduardo, e por isso, decidi perdoar a grosseria que ele fez comigo por telefone.

Eu esbocei o que considerava um sorriso encantador.

— Oi, sou Camila Andrade, sua noiva.

Logo, eu pensei: “Não é à toa que minha mãe disse que eu ficaria encantada com o noivo que ela havia encontrado para mim desta vez. Ela realmente me conhece muito bem!”

O público em volta exclamou:

— O quê?! Ela é a noiva do Eduardo?!

— Noiva é mais importante que irmã de consideração, por isso ela é tão arrogante!

— Não necessariamente, depende de quem ele prefere.

Eduardo olhou para mim, com expressão séria:

— Para de se achar. Esse noivado foi decidido pelo meu pai, eu não concordei.

Isabela, abraçando o braço dele, provocou:

— Com esse rosto feio, Eduardo nunca vai se casar com você!

Alguém concordou:

— Certo, ele vai se casar com alguém da família grande, não com essa caipira.

— Ela não serve nem pra limpar os banheiros do Grupo Monteiro!

Não sou muito bonita, mas eu não me acho feia. Por que estão falando isso de mim?

A natureza humana é assim: adora se aproveitar do fraco.

— Eduardo, diga ao seu pai que eu cancelarei esse noivado. Você não é digno de mim!
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