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Capítulo 3

Author: Uma Beterraba
Minha mãe me disse que, para conseguir se aproximar da nossa família, o pai dele teve que se esforçar muito. Com certeza, ele não sairia ileso se soubesse que o filho estragou o noivado.

Pensando nisso, eu me senti um pouco aliviada e decidi que não valia a pena discutir mais com aquelas idiotas. Virei-me para sair.

Apesar de tudo, Isabela persistiu. Confiando no apoio que tinha, ela bloqueou meu caminho mais uma vez..

— Sua idiota, nem pense em fugir! Você roubou meu vestido e ainda me bateu, ainda não acertei as contas com você!

Olhei para ela com desprezo:

— E como você quer acertar essas contas?

Isabela achou que eu tinha medo e levantou a mão para me bater:

— Claro que vou bater até ficar satisfeita!

Segurei seu pulso com uma mão e, com a outra, dei um tapa seco nela.

Ela olhou para mim incredulamente e gritou:

— Sua idiota! Você ousa me bater…

Rebati com outro tapa, e perguntei friamente:

— Agora está satisfeita?

Dois tapas foram suficientes para destruir a arrogância de Isabela, que, com os olhos cheios de lágrimas, se escondeu atrás de Eduardo.

— Eduardo, você tem que me defender!

Ele a segurou no colo, e me advertiu friamente:

— Você agrediu ela e agora, vai sofrer as consequências… — Ele fez sinal para os seguranças atrás dele me imobilizarem.

Eu derrubei um deles, mas não consegui com o segundo.

Levei alguns golpes e caí no chão, até que dois seguranças me pegaram e me arrastaram para frente de Isabela e Eduardo.

Incentivando Isabela, ele disse:— Isabela, hoje você pode fazer o que quiser com ela, eu assumo a responsabilidade!

Com isso, Isabela ganhou coragem e me deu dois tapas, cuspindo em seguida no meu rosto:

— Sua idiota! Antes você era tão atrevida, agora veja!

Ela ainda me chutou no abdômen.

Segurando minha barriga dolorida, olhei para ela e Eduardo:

— Vocês vão se arrepender!

Isabela riu com arrogância:

— A Família Monteiro é uma das três maiores fortunas de São Paulo. Uma pobretona como você quer me enfrentar?

— Hoje você vai aprender o que acontece com quem me desafia!

Ela tirou um cortador de unhas da bolsa e arranhou meu rosto.

Senti uma dor ardente, a pele inchou e sangrou.

Alguém comentou:

— Já disse para não mexer com a família Monteiro, mas ela não ouviu…

— Vai deixar cicatriz nesse belo rostinho.

— Cidadãos normais como nós não devem desafiar pessoas tão poderosas.

Isabela tentou fazer mais arranhões no meu rosto. Apavorada com a ideia de ficar desfigurada, implorei:

— Eu errei, fique com o vestido. Eu não deveria ter disputado com você.

A vingança de um cavalheiro pode esperar uma década; por enquanto, o mais urgente é preservar a aparência.

Mas ela arranhou novamente:

— Sua idiota! Agora que percebeu, já é tarde. Hoje não vou deixar barato, você não vai escapar!

Gritei, olhando para Eduardo:

— Eduardo, você não se importa com minha posição? Se continuar permitindo que ela me humilhe, vai se arrepender!

Ele me olhou desprezivelmente:

— Que posição você tem? A sua mãe seduziu o meu pai só para que ele me obrigasse a aceitar esse noivado.

Com um brilho cruel nos olhos, Isabela ofendeu:— Sua mãe é uma vadia, então você deve ser uma vadia também. Hoje vou te despir e acabar com seu cheiro de vagabunda!

— Não!

Nesse momento, o meu celular tocou dentro da minha bolsa. Lutei para atender, mas Isabela foi mais rápida e pegou antes.

Ela atendeu e a voz da minha mãe soou:

— Camila, como está a escolha do vestido?

Gritei desesperada:

— Mãe, venha me salvar! Estou sendo espancada e ela quer me despir!

Minha mãe se alterou:

— O quê?! Quem fez isso?!

Isabela respondeu com arrogância:

— Sou a Isabella Farias e estou dando uma lição nessa vadia que você chama de filha!

Minha mãe gritou:

— Não me importa quem é você! Solte minha filha agora ou vai se arrepender!

— Se tiver coragem, venha! Vou despir ela agora mesmo!

O telefone caiu e quebrou em vários pedaços.

Isabela me deu outro tapa no rosto:

— Sua mãe e você são farinha do mesmo saco. Quando sua mãe chegar, vou despir as duas!

O tempo parecia interminável, embora só tivessem se passado cinco minutos.

Finalmente, uma Limousine Lincoln familiar entrou no meu campo de visão.

Minha mãe desceu do carro:

— Vamos ver quem ousa mexer comigo!
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